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ALTURA DO BEBÊ:
ATUALIZADA EM 13 DE OUTUBRO DE 2002:
O equilíbrio de uma complexa rede de hormônios, herança
genética e qualidade de vida respondem pelos centímetros
que seu filho ganha a cada ano.
Ter que renovar o guarda-roupa da criançada, porque as
roupas e sapatos do ano anterior estão pequenos e
apertados, é ótimo sinal. Em compensação, se eles
continuam na medida, fique alerta. Este pode ser o primeiro sinal
de problemas no crescimento. Preocupe-se também com o inverso, quando
a criança dispara a crescer muito além dos colegas de sua idade.
Lembre: mais do que a estatura, é o ritmo de crescimento que dá
a medida de um desenvolvimento saudável.
O que entra na conta
Conhecer e acompanhar esse ritmo é um cuidado que começa
bem antes do que os pais imaginam. Em nenhum momento o
crescimento é tão acelerado quanto na fase intra-uterina,
e os problemas já podem surgir aí. Filhos de fumantes e
hipertensas, por exemplo, correm o risco de apresentar um
déficit nessa etapa. Em geral, os centímetros que faltam são
conquistados ainda nos primeiros anos. Mas se o problema tem
origem nos três primeiros meses de gestação, pode haver uma
alteração no número de células do organismo e a recuperação, então,
será quase impossível.
Este é o primeiro dos muitos fatores que, combinados,
determinam o potencial de crescimento da criança. O
importante é que ela nasça com altura compatível com sua
idade gestacional, mesmo sendo prematura. Daí para frente,
a genética, os hormônios e a qualidade de vida é que vão
assegurar a seu filho um crescimento perfeito.
A herança genética é determinante. Filhos de pais
baixinhos dificilmente se tornam altos. O inverso pode
ocorrer, como resultado de doenças ou carências
nutricionais. Quanto aos hormônios, é um verdadeiro
coquetel deles que atua no processo. O GH, hormônio de crescimento,
é responsável pelo desenvolvimento de ossos e células. Os hormônios
da puberdade reforçam essa função e regulam o fechamento ósseo,
que acontece quando o espaço entre cartilagens e ossos, devido ao
crescimento destes, fica enfim preenchido. E cabe aos hormônios
tireoidianos regular esse metabolismo. Para completar, entram boa
alimentação, sono e atividade física, indispensáveis para a criança
atingir seu potencial genético de crescimento. Doenças crônicas
e o uso contínuo de certos medicamentos, como corticóides, atrapalham.
Asma, cardiopatias e problemas renais são os piores inimigos.
Estica, estica, estica...
Consultas periódicas ao pediatra revelam-se
insubstituíveis no controle de crescimento da criança. É
importante saber se o ritmo com que ela ganha altura
corresponde aos padrões da idade. Nos dois primeiros anos
ele é mais rápido - o bebê cresce cerca de 36 cm. Depois, há
uma desaceleração gradual. O apetite da criança diminui e ela passa
a ganhar centímetros lentamente. Segue assim até a puberdade, quando
há um estirão. Nas meninas, começa antes dos 12 anos e as faz ganhar
de 7 a 8 cm por ano, até por volta dos 16 anos. Nos garotos, inicia-se
cerca de dois anos depois do começo da puberdade e os faz aumentar
de 8 a 10 cm por ano, até os 18 anos.
Problemas nessas etapas precisam ser detectados
rapidamente: quanto antes se inicia o tratamento, menor o
risco de a criança acumular déficits irrecuperáveis. O
primeiro passo para identificar distúrbios de crescimento
é o chamado exame de idade óssea. Trata-se de uma
radiografia da mão e do punho, pela qual o médico analisa a proximidade
e o tamanho dos ossos. Quanto mais "fechados" eles estiverem, menores
as chances de crescimento. Outros exames, geralmente hormonais,
completam a investigação do problema.
A natureza é o limite
Se o seu filho é baixinho ou alto demais para a idade, mas
não tem nenhum distúrbio, relaxe. E descarte saídas
milagrosas. O uso de hormônios, para bloquear a puberdade e
adiar o fechamento ósseo, ou o uso de hormônio de
crescimento sintético em crianças normais, apenas
baixinhas, não tem resultado comprovado e aumenta o risco de
diabete e hiperglicemias. As terapias de superdoses de vitaminas
também não contribuem em nada. Se a criança não tiver uma carência
desse tipo, o excesso é eliminado pelo organismo. Nesse caso, respeitar
o limite imposto pela natureza é a melhor atitude para preservar
o desenvolvimento saudável da sua criança.
Trio maravilha
O que é preciso para garantir que seu filho cresça e se desenvolva
com saúde.
1. Alimentação rica em proteínas e sais minerais. As proteínas -
presentes em carnes, ovos e laticínios - são matéria-prima
dos ossos. Os sais minerais fortalecem sua estrutura e
previnem deformidades. Os indispensáveis são cálcio, zinco
e fósforo, en contrados, respectivamente, em laticínios,
verduras e peixes.
2. Sono tranqüilo, para o organismo secretar adequadamente o hormônio de
crescimento - ou GH -, o que acontece principalmente
à noite, enquanto a criança dorme.
3. Atividade física para boa oxigenação dos tecidos e melhor
funcionamento do organismo. As simples brincadeiras de
infância já garantem o movimento necessário.
PRIMEIRO TRIMESTRE
SEGUNDO TRIMESTRE
TERCEIRO TRIMESTRE
DESCONFORTOS DA GRAVIDEZ
SEXO DURANTE A GESTAÇÃO
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