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TERCEIRO TRIMESTRE:
ATUALIZADA EM 13 DE OUTUBRO DE 2002:
O bebê começa a acumular gordura e a mamãe se sente
mais pesada do que nunca.
1. Com 28 semanas, o bebê
está bem parecido com o que será ao nascer, falta só
ficar mais cheinho.
2. Com 40 semanas, ele já perdeu boa parte da penugem
que o protegia.
É nessa época que se acentua o chamado "andar de pato" da
grávida, resultado da postura que precisa manter por causa
do peso da barriga. Bom período para freqüentar cursos de
gestantes, onde, além de informações sobre os primeiros
cuidados com o bebê, a mãe estreante poderá dividir com
outras mulheres os seus medos e dúvidas em relação ao ritual
que envolve o nascimento. Essa troca de "figurinhas" é uma boa maneira
de lidar com a ansiedade e as angústias comuns nesse momento.
O QUE OCORRE COM A MULHER NESSE PERÍODO:
Nos três meses finais, você deve ganhar em
torno de 4 quilos. Se manteve um controle adequado de peso
ao longo dos nove meses, terminará a gestação com 8 a 12
quilos a mais do que tinha antes de engravidar.
O bebê, já crescido, vai pressionar seus
órgãos internos e você terá de suportar uma série de
desconfortos típicos dessa fase, como azia, conseqüência da
pressão do útero sobre o estômago. Também por isso, mesmo
que não coma muito você se sentirá empanturrada. Uma forma de
driblar esses incômodos é se alimentar mais vezes ao dia, mas sempre
em pequenas quantidades. E evitar frituras, temperos muito fortes
e bebidas gasosas, que predispõem à azia.
A falta de ar é causada pela pressão do
ventre desenvolvido sobre o diafragma. À noite, procure
alívio deitando-se de lado com travesseiros extras até a
altura do ombro, o que elevará o tronco. Pela ação da gravidade,
as vísceras e o útero se afastarão um pouco do diafragma. Nas crises
respiratórias provocadas por esforço f'ísico, pare o que está fazendo
e respire lenta e profundamente. Mas se as ocorrências forem muito
freqüentes, consulte seu médico. Em alguns casos, a falta de ar está
associada à anemia ou a problemas cardíacos maternos.
Com a bexiga também pressionada, você poderá
ter perdas involuntárias de pequenas quantidades de urina
sempre que tossir, correr, rir ou fizer algum esforço. A
melhor prevenção, nesse caso, é urinar com maior freqüência.
Fique atenta aos inchaços que atingem
principalmente pernas, tornozelos e mãos. Para evitá-los ou
amenizá-los, fique descansando pelo menos uma hora, pela
manhã e à noite, com as pernas elevadas. Adote essa postura sempre
que puder, ao longo do dia. Se o inchaço persistir, procure o médico.
Quando associado à elevação da pressão arterial ou do peso, o inchaço
indica risco de pré-eclâmpsia, nome que se dá à hipertensão registrada
durante a gravidez em mulheres que não tinham histórico de pressão
alta. Esse quadro precisa de acompanhamento médico, pois pode trazer
complicações, como desaceleração do crescimento do bebê ou descolamento
da placenta. O maior perigo para a mãe é o problema evoluir para uma
eclâmpsia, situação que traz a possibilidade de convulsão e coloca
em risco sua vida.
Cãibras são também comuns nesse período e
podem ser sintoma de falta de cálcio e potássio. Quando for
atacada por elas, massageie a parte do corpo afetada e faça
alongamento do músculo. Após passar o incômodo, caminhe para
estimular a circulação.
É natural que você se sinta, agora, mais
cansada e pesada do que nunca. Que esbarre nas coisas,
esteja desatenta, não encontre posição confortável,
especialmente na hora de dormir. Cada vez mais exigido pelo bebê,
que cresce sem parar, o estoque de energias do organismo tende ao
esgotamento. Procure diminuir o seu ritmo de atividade e dormir pelo
menos oito horas por noite. Para ficar mais bem acomodada na cama,
deite-se de lado e coloque um travesseiro entre as pernas.
Você pode começar a sentir a barriga
endurecer de repente, sem dor. Mas não considere isso como
parte das contrações que indicam o início do trabalho de
parto, que são mais regulares (a cada dez minutos, por exemplo)
e intensas (a sensação de dor é fraca no início mas vai ficando mais
forte, e assim permanece por 50 a 60 segundos).
A partir do oitavo mês, você precisará ir ao
obstetra uma vez a cada duas semanas. No nono mês, as
consultas passam a ser semanais.
O QUE ACONTECE COM O BEBÊ:
No começo do sétimo mês, ele já está bem
parecido com o pequeno ser que você verá depois de dar à
luz, apenas um pouco mais magro. É a partir de agora que o
bebê começará a ganhar gordurinhas, em função da multiplicação
das células adiposas.
O sistema nervoso, embora já concluído, faz
os últimos ajustes: passa a transmitir as mensagens
cerebrais por meio de impulsos elétricos. É com esse
mecanismo que a criança estará apta a fazer as sinapses, uma complexa
rede de ligação entre os neurônios, que será o motor do desenvolvimento
intelectual do pequeno em seus primeiros anos de vida.
Por volta do oitavo mês, unhas fininhas
crescem nos dedos dos pés e das mãos. Os cabelos têm em
torno de 5 centímetros de comprimento e o corpo ainda está
coberto por uma camada de vérnix caseosa - uma espécie de
manteiga, cuja finalidade é proteger o bebê, e que costuma desprender-se
nas semanas que antecedem o nascimento.
Ele está, agora, praticamente pronto: seu
organismo executa quase todas as funções - apenas fígado e
pulmões não estão suficientemente maduros. O fígado ainda
não produz algumas enzimas necessárias para eliminar do sangue
determinados resíduos, e os alvéolos do pulmão estão preenchidos por
uma substância gordurosa chamada surfactante, que os mantêm abertos
e prontos para a troca de ar quando a criança nascer.
Ao ingressar no nono mês de gestação, o bebê
já terá perdido a maior parte da lanugem - pêlos fininhos
que protegiam seu corpo. O vérnix caseosa começa a se
desprender, ficando apenas sobras nas dobrinhas da pele.
Nessa etapa, uma substância escura - o
mecônio - acumula-se nos intestinos do bebê e será eliminada
com as primeiras fezes, após o nascimento.
Como o espaço dentro da barriga da mamãe
está cada vez mais apertado, o bebê começa a se mexer menos.
Mas deve continuar realizando pelo menos dez movimentos por
hora. Se isso não acontecer, corra para o médico: pode ser
indício de sofrimento fetal.
Na reta final ele engorda cerca de 100
gramas por semana e terá, em média, 51 centímetros e 3,4
quilos ao nascer.
A escolha do pediatra
Procure escolher o
médico de seu bebê antes mesmo de ele nascer,
levando em conta essas dicas.
Peça indicação de um
pediatra ao seu obstetra, parentes ou amigos.
Como no primeiro ano
de vida do bebê as visitas ao pediatra serão
freqüentes, leve em conta a distância entre o consultório
e sua casa.
O pediatra precisa
ser de fácil trato e não se aborrecer se você
ligar para sua casa de madrugada.
Também deve ter disponibilidade de tempo.
Não adianta optar por
um médico famoso que está sempre em congressos
quando você precisa dele.
Outra qualidade é
ter paciência para explicar, didaticamente, tudo
o que você não entende, e esclarecer suas dúvidas
sobre cuidados e medicamentos.
Dê preferência a um
profissional que esteja ligado a alguma
instituição de ensino médico ou hospital conceituado,
como garantia de que ele estará sempre atualizado.
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