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Convidados AtoRede 2019


Realizado em 29 e 30/11/2019 no Instituto de Psicologia da UFRJ

Organização: Grupo Necso & alunos do HCTE/UFRJ


Eduardo Diniz

Formado em Engenharia Elétrica, com ênfase em eletrônica, na Escola de Engenharia de São Carlos USP (1983) Mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (1994) e Ph.D. em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (2000) Visiting Scholar na University of California, Berkeley (1996-98), na HEC Montréal (2007) e na Erasmus University (2016-17). É Bellagio Fellow, indicado pela Fundação Rockefeller desde 2014, e pesquisador do Centro de Microfinanças e Inclusão Financeira pela FGV, GVcemif desde 2007. Foi coordenador do ADI divisão acadêmica da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Anpad) de 2005 a 2006 e coordenador do tema Tecnologia da Informação no governo, Comunidades e Organizações Não-Governamentais na Anpad (2007 a 2009). Professor da Escola de Administração do Estado da Fundação de São Paulo Getulio Vargas (EAESP-FGV) desde 1999, foi editor-chefe da RAE, Revista de Administração de Empresas, GVexecutivo e GVcasos, de janeiro de 2009 a dezembro 2015. Atualmente é Chefe do departamento de Tecnologia e Ciência de Dados (TDS) da EAESP-FGV. Tem pesquisado sobre aplicações de tecnologia e impactos em bancos, governo e sociedade desde 1991 e publicou inúmeros trabalhos acadêmicos sobre a inclusão financeira em conferências internacionais (ICIS, EGOS, Academy of Management, AMCIS, etc) e periódicos MISQuarterly, Journal of Global Information Management, Public Administration, Innovations MIT, Information Technology and International Development, Information Development e Electronic Commerce Research and Applications, The European Financial Review. Suas pesquisas foram financiadas por agências internacionais como National Science Foundation, International Development Research Centre, Banco Mundial, Fundação Gates e Fundação Rockefeller.

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Luiz Rufino

Luiz Rufino é doutor em Educação pelo PROPED/UERJ. Pesquisador, escritor, educador nos campos da Educação, Crítica Decolonial e Antirracismo. Atua nos processos de formação em diferentes contextos educativos, outras epistemologias e pedagogias propondo outros tratamentos no que abrange a política, conhecimento e cultura . Sua Tese de Doutorado em Educação ("Exu e a Pedagogia das Encruzilhadas"), pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2017) virou um livro:

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Uma fala de Luiz Rufino apresenta algumas das suas idéias:
“É chegado o momento de lançarmos em cruzo as sabedorias ancestrais que ao longo de séculos foram produzidas como descredibilidade, desvio e esquecimento. Porém, antes, cabe ressaltar que essas sabedorias de fresta, encarnadas e enunciadas pelos corpos transgressores e resilientes, sempre estiveram a favor daqueles que as souberam reivindicar. Assim, me inspiro nas lições passadas por aqueles que foram aprisionados nas margens da história para aqui firmar como verso de encante a defesa de que a condição do Ser é primordial à manifestação do Saber. Os conhecimentos vagueiam mundo para baixar nos corpos e avivar os seres. Os conhecimentos são como orixás, forças cósmicas que montam nos suportes corporais, que são feitos cavalos de santo; os saberes, uma vez incorporados, narram o mundo através da poesia, reinventando a vida enquanto possibilidade. Assim, ato meu ponto: a problemática do saber é imanente à vida, às existências em sua diversidade. A vida é o que importa e é por isso que reivindico nos caminhos aqui cruzados outro senso ético. A raça é a invenção que precede a noção de humanidade no curso da empreitada ocidental, o estatuto de humanidade empregado ao longo do processo civilizatório colonial europeu no mundo é fundamentado na destruição dos seres não brancos. Sigamos em frente sem recuar nenhum instante. A perspectiva agora não é mais a saída do mato a que fomos lançados para nos revelar como seres em vias de civilidade. Não assumiremos o repertório dos senhores colonizadores para sermos aceitos de forma subordinada em seus mundos; o desafio agora é cruzá-los, “imacumbá-los”, avivar o mundo com o axé (força vital) de nossas presenças”.


Produzido pelo Grupo NECSO - HCTE - UFRJ - 2019