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Wagner Alves Ribeiro Maia
Formado professor, técnico de informática, REIKI, Controle Mental, Hipnose, Massoterapia, Chiatsu, Bio-energética e cursando pedagogia.
Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada
Nascido em 02 de agosto de 1980, adquiri retinose pigmentar ainda criança, degeneração na retina que leva a cegueira, aos 12 anos, soube que em Cuba havia tratamento para esta e consegui patrocínio da XUXA para realizar este tratamento, que me devolveu 50% da visão.
Aos 15 anos, numa queda de bicicleta, praticando esporte, tive um
traumatismo craneano que quebrou o lado esquerdo do meu rosto, cortando
o cérebro e me deixando em coma por quase uma semana.
Fato este que novamente me deixou cego, sem possibilidade de
recuperação desta vez.
Minha família me ajudou a fazer curso de datilografia, mobilidade e
braille, e descobriu um programa que faz o computador falar e
possibilita seu uso por pessoas cegas e adaptou nosso computador.
Fiz meu segundo grau em braille e em 1997 comecei a dar aula de
informática no Colégio de Cegos de Campos, cidade em que moro.
Onde em 1999 instalei e trabalhei em sua imprensa Braille.
Em 2000 iniciei o mesmo trabalho, concomitante, na Associação de Cegos
de Macaé, onde dentre outros alunos, conheci o Prof. Walter Boschiglia,
de 82 anos, cego, foi diretor da imprensa braille do Instituto Benjamin
Constant durante 15 anos, ele viajava 2 horas para ir e 2 para voltar, ao dia, para fazer aulas de
informática comigo, o qual presentiei com um computador por seu exemplo
de vida para mim.
Ainda neste ano, instalei também na AMAC a imprensa Braille de Macaé.
Em 2001, nasceu minha filha Jéssica, que Deus me deu cega para eu cuidar, e foi neste momento que entendi porque Deus havia preparado este caminho para mim.
Em 2002, fui convidado pelo CEFET de Belém do Pará, a ministrar um curso de informática para deficientes visuais no ambiente Windows e MicroSoft Office. Uma cidade linda, com muitas mangueiras, onde chove muito, onde fiz amigos inesquecíveis.
Ainda em 2002, preparei o curso de informática para deficientes do CVI, Centro de Vida Independente da cidade de Macaé, onde não cheguei a dar as aulas por incompatibilidade de horários, ficando a minha amiga Joyce, conhecida como Jobis, a pessoa que deu continuidade a este curso.
Em seguida, julho de 2002, ministrei no CEFET CAMPOS, o mesmo curso de informática dado em Belém do Pará.
Em setembro de 2002, entrei para a coordenação da educação especial do município de Campos, onde estou até o presente momento, fazendo o que eu gosto, trabalhando junto aos professores que tem alunos portadores de necessidades educativas especiais em suas classes de ensino regular.
E seja por eu ter percorrido este caminho até aqui, tendo uma filha que só é cega, para criar, é que percebo a cada dia o quanto preciso fazer, cada vez mais, pelo menos a minha parte, para tentar contribuir para um mundo melhor.
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