Projeto DOSVOX Pontos de Vista sobre o Dia dos Pais


Textos em homenagem aos pais


   Carta aos pais
   OS PAIS MAIS CHATOS DO MUNDO
   Diário de um adolescente Divirta-se com seus filhos nas ferias
   MEU PAI: MEU AMIGO, MEU HERÓI
   Os dez mandamentos dos pais
   Pai de todo jeito...
   Pais Maus
   Pais que gostam de ser pais
   TOQUES DE TERNURA
   Ser Pai
   Pais felizes
   Meu filho, perdoe o papai
   Quanto vale uma hora de seu tempo
   Pai e futebol
   Um conto sobre os pais
   A TIGELA DE MADEIRA


TOQUES DE TERNURa


SER PAI É MELHOR DO QUE UM CURSO DE TEOLOGIA.


"Papai."


A voz vinha do outro mundo - o mundo do despertar. Eu a ignorei e continuei no mundo do dormitar.


"Papai", a voz insistiu.


Abri os olhos. Andrea, nossa filha de três anos, estava à beira da minha cama, a poucos centímetros do meu rosto.


"Papai, eu estou com medo!"


Abri o olho. Eram três horas da manhã.


"O que está acontecendo?"


"Preciso de uma lanterna no meu quarto."


"O quê?"


"Preciso de uma lanterna no meu quarto!"


"Por quê?"


"Porque está escuro."


Disse-lhe que as luzes do corredor estavam acesas. "Mas papai", objetou, "o que acontece se eu abrir os meus olhos e não enxergar nada?"


"Diga de novo."


"O que acontece se eu abrir os meus olhos e não enxergar nada?"


Quando eu estava para dizer a Andrea que aquela não era uma hora apropriada para esse tipo de pergunta, minha mulher interrompeu a conversa. Ela me explicou que por volta de meia-noite faltou energia e que Andrea deve ter acordado naquela hora, notando que estava escuro. Não havia luz no abajur da cabeceira. Não havia luz no corredor. Ela havia aberto os olhos e não vira nada. Somente escuridão.


Mesmo os corações mais empedernidos seriam tocados pela idéia de uma criança acordar no escuro e não poder encontrar a saída de seu quarto.


Pulei da cama, peguei Andrea nos braços, apanhei uma lanterna e a levei para sua cama. Ao mesmo tempo, disse-lhe que papai e mamãe estavam ali e que não precisava ter medo. Eu a coloquei na cama e lhe dei um beijo.


E isso foi o suficiente para Andrea.


O sentimento de minha filha é ferido. Eu lhe digo que ela é especial.


Minha filha está com medo. Não vou dormir até que ela se sinta segura.


Não sou nenhum herói. Não sou um super-homem. Não sou diferente de ninguém. Sou um pai. Quando uma criança se fere, o pai faz o que é natural. Ele ajuda.


E depois que ajudo, não cobro pelos serviços prestados. Não peço um favor sequer como recompensa. Quando minha filha chora, não lhe digo para calar a boca, ser forte e conservar os lábios cerrados. Também não consulto uma lista de coisas que lhe aconteceram e pergunto por que continua a ferir-se no mesmo lugar e a me acordar de novo.


Não sou brilhante, mas ninguém precisa me dizer que uma criança não é um adulto. Você não precisa ser psicólogo infantil para saber que uma criança está em processo de crescimento.


Não sou profeta, nem filho de profeta, mas algo me diz que, no esquema geral das coisas, os momentos de ternura acima citados são infinitamente mais valiosos do que qualquer coisa que faça diante de uma tela de computador ou uma congregação. Algo me diz que os momentos de conforto que dou a meus filhos são um preço muito pequeno pela alegria de algum dia ver minha filha fazer por sua filha o que seu pai fez por ela.


Momentos do conforto proporcionados por um pai. Como pai, posso lhe dizer que são os momentos mais agradáveis do meu cotidiano. Eles correm naturalmente. São feitos com boa vontade. Trazem sempre muita alegria.


Se tudo isso é verdade, se reconheço que um dos privilégios da paternidade é confortar um filho, por que, então, hesito em permitir que o Pai celeste me conforte?


Por que penso que Ele não quer me ouvir falar em meus problemas? (Eles são insignificantes se comparados com as populações famintas da Índia.)


Por que penso que Ele não tem tempo para mim? (Ele tem o universo inteiro para cuidar.)


Por que acho que Ele está cansado de ouvir sempre as mesmas coisas?


Por que penso que resmunga quando nota que estou chegando perto dele?


Por que acho que consulta uma lista quando lhe peço perdão e me pergunta: "Você não acha que está caindo no mesmo buraco com muita freqüência?"


Por que acho que tenho que usar com Ele uma linguagem sagrada que não uso com ninguém mais?


Por que acho que Ele não pensa em relação ao pai da mentira o que eu pensei em fazer com os pais daqueles meninos arruaceiros que ameaçaram minha filha no ônibus?


Penso que estava sendo apenas poético quando me perguntou se as aves do céu e a erva do campo têm preocupações? (Não, senhor.) E se eles não têm preocupações, por que eu devo ter?


Por que não levo à sério quando Ele pergunta: "Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está no céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?"


Por que não permitir que meu Pai faça por mim o que estou mais do que desejoso de fazer por meus próprios filhos?


Estou aprendendo, entretanto. Ser pai é melhor do que um curso de teologia. Ser pai me ensina que, quando sou criticado, ferido, amedrontado, há um Pai pronto a me confortar. Há um Pai que me sustenta nos braços até eu me sentir melhor, que me ajuda até que eu possa viver com o ferimento, e que não dormirá quando estou com medo de acordar e ver a escuridão.


Sempre.


E isso é o bastante.


(Autor desconhecido)


   
Pais que gostam de ser pais


Pais que gostam de ser pais




Há um novo tipo de homem na praça.


O homem paterno.


Sonha ser pai, vibra quando sabe que vai ser pai e adora brincar com o fruto de seu amor. Não viu quem não quis, não vê quem não quer.


São jovens, às vezes nem tanto, desfilando garbosos com seu menino ou sua menina, ocupando-se do ofício de criar um ser humano que nasceu dele.


Também são vistos em shopping centers, supermercados, no carro, na rua ou nos estádios com seus filhos adolescentes.


Aqui e acolá pode-se vê-los empinando pipas, empurrando bicicletas, rolando na grama com seus pequenos. Se preciso, cozinham, dão banho, trocam fraldas e, como suas esposas, enfrentam tudo o que um bebê costuma exigir dos seus pais.


Acabou o tempo do pai distante.


Jovens pais chegam hoje ao trabalho com cara de quem cuidou do filho para que a mãe dormisse um pouco.


Os tempos estão mudando. Nisso, para melhor.


Não conheço as estatísticas e nem sei se foram feitas, mas sou capaz de apostar que hoje a maioria dos pais investe pelo menos 50% do tempo em que estão em casa no ofício de cuidar dos filhos.


O macho da espécie descobriu que filho é tarefa dos dois e que se quiser uma esposa mais descansada precisa ajudá-la a cuidar do fruto que nasceu de ambos.


Deixou de ser pachá e rei, para ser pai com tempo integral.


E é bonito ver que muitos divertem-se com isso.


Gostam de estar com seus filhos, brincam, incentivam, querem deixar sua marca amiga no pequeno ser humano que Deus lhes deu de presente.


Quem nunca ouviu que ouça: milhões de rapazes na casa dos vinte anos respondem positivamente sobre a idéia de ter um filho. Querem ser pais e acham que isso é realização. Gostariam de tê-lo com a mulher certa porque ficaria mais tranqüilo criar aquele filho.


Os pais estão mudando.


Não é que os pais de ontem fossem menos pais. Os tempos eram outros e a sociedade educava o pai para ter uma certa distância dos filhos.


Hoje eles estão convencidos que a distância machuca o filho.


Os pais estão muito mais presentes.


É bom para os filhos, bom para as mães, bom para os próprios pais e bom para a sociedade. Benditos os pais que gostam de ser pais.


Os filhos agradecem.



Fonte: Pe Zezinho - scj


   
Pais Maus


Pais Maus



Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes: " Eu os amei o suficiente para ter perguntado: onde vão, com quem vão e a que horas regressarão? Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia. Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram da mercearia e os fazer dizer ao dono: "Nós roubamos isto ontem e queríamos pagar". Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês 2 horas, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria realizado em 15 minutos. Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos. Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso. Essas eram as mais difíceis
    batalhas de todas. Estou contente, venci... porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má:


"Sim... Nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo. As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos de comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comerem vendo televisão. Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos que íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos. Tinham de subir, bater à porta para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16. Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa dela. Agora que já saímos de casa, nós somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "pais maus", tal como a nossa mãe foi.


Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: Não há suficientes Mães más...


Autor Desconhecido


   
Pai de todo jeito...


Pai de todo jeito...


Tem pai que ama,


Tem pai que esquece do amor.


Tem pai que adota,


Tem pai que abandona,


Tem pai que não sabe que é pai,


Tem filho que não sabe do pai.


Tem pai ...


Tem pai que dá amor.


Tem pai que dá presente,


Tem pai por amor,


Tem pai por acaso,


Tem pai que se preocupa com os problemas do filho,


Tem pai que não sabe dos problemas do filho...


Tem pai ...


Tem pai que ensina,


Tem pai que não tem tempo,


Tem pai que sofre com o sofrimento do filho,


Tem pai que deixa o filho esquecido.


Tem pai de todo jeito


Tem pai que encaminha o filho,


Tem pai que o deixa no caminho,


Tem pai que assume,


Tem pai que rejeita,


Tem pai que acaricia,


Tem pai que não sabe onde está o filho que precisa de carinho.


Tem pai que afaga,


Tem pai que só pensa em negócios.


Tem...


Tem pai de todo jeito.


E você???


Que tipo de pai você é?


Eu quero um pai, apenas um pai que esteja consciente do amor que tem para dividir...


Eu quero um pai, apenas um pai que seja AMIGO!


A todos os Pais, um carinhoso abraço! Deus Pai os abençoe!


(autor desconhecido)



   
Os dez mandamentos dos pais


Os dez mandamentos dos pais


Diga o que a criança deve fazer, em vez de dizer "não faça isso"


Educar é corrigir. Corrigir é substituir uma forma de reação inconveniente por uma adequada. Dizer apenas "não faça isso" é dar uma ordem negativa. A criança tem prazer na ação. Para desviá-la da ação inconveniente é preciso sugerir-lhe a ação conveniente, a fim de não privá-la do prazer de agir.


Não diga que uma coisa é má apenas porque lhe aborrece


A qualificação de uma coisa em boa ou má é importante para a criança na formação da capacidade de julgamento. Não deve ser feita com fundamento apenas na tendência afetiva momentânea de quem faz. Se é má, cumpre dar a razão de modo compreensível para a criança, e esta razão deve estar na coisa em si e não no agrado que nos causa.


Não fale da criança em sua presença, nem pense que ela não escuta, não observa, nem compreende


A criança se sente objetivo da atenção dos adultos, quer quando a elogiam, quer quando a censuram, desenvolve uma excessiva estima de si mesma, que a levará a procurar essa atenção de qualquer maneira, e a sofrer quando não a
   consegue.


Não interrompa o que uma criança está fazendo, sem avisá-la previamente


A criança tem prazer na ação. Interrompe-la subitamente é causar-lhe violenta emoção de natureza inibidora. Se é necessário interrompê-la proceda de modo que se evite a emoção de surpresa.


Não manifeste inquietação quando a criança cai, ou não quer comer, etc. Faça o que for necessário sem se agitar e alarmar-se


A inquietação alarmada em torno de qualquer episódio da vida de uma criança serve, apenas, para ampliar o tom emocional do acontecimento. Cumpre, ao contrário, considerar as coisas com naturalidade, para que nela se desenvolva a capacidade de dominar suas próprias emoções.


Ocupe-se dos interesses e necessidades da criança, em vez de somente demonstrar amor acariciando-a constantemente.


O carinho físico é agradável para quem o dá e recebe, mas pode não corresponder aos interesses e necessidades reais da criança: Deus, amor, aceitação, significado, apreciação, segurança, pertencer, ensino, elogios, disciplina e etc.


Vá passear com a criança, em vez de levá-la para passear.


A criança, por suas deficiências naturais, é uma dependente. Quanto mais cedo se anular em seu espírito tal sentimento de dependência tanto mais rapidamente se completará o sentimento de que se basta a si mesma. "Levá-la para passear" é colocá-la na dependência da iniciativa alheia. "Ir com ela passear" é associa-la à iniciativa e à ação, o que lhe dará mais prazer.


Não faça sermões morais à criança pequena


As expressões de conteúdo moral são incompreensíveis para a criança pequena, porque são abstratas. Os "discursos" e "sermões" que as contenham valem somente como expressão inteligível de um estado de espírito que ela não compreende e que a alarma.


Sempre cumpra as suas promessas.


Para a criança, prometer é começar a realizar. Se a promessa não se cumprir, haverá uma frustração como se a criança houvesse sido privada de alguma coisa, o que dá em seu espírito origem à descrença.


Sempre diga a verdade para a criança.


A mentira até pode ser aceita socialmente, mas para a criança é uma desilusão e destrói a autoridade como fonte de conhecimentos e fonte da verdade.


Autor Desconhecido



   
MEU PAI: MEU AMIGO, MEU HERÓI


MEU PAI: MEU AMIGO, MEU HERÓI


Quando eu tinha 7 anos, você era meu herói, sabia tudo.


Quando eu tinha 12 anos, você era legal, sabia algumas coisas.


Quando eu tinha 17 anos, você precisava se reciclar, evoluir um pouco.


Quando eu tinha 22 anos, você não tinha nada a ver comigo, não me entendia.


Quando eu tinha 26 anos, você não estava com nada, estava completamente por fora.


Aos 35 anos verifiquei que você tinha razão em algumas coisas.


Aos 45 anos notei que você conhecia bem a vida.


Aos 55 anos percebi que durante sua vida você me havia ensinado muitas coisas.


Aos 70 anos descobri que você, meu pai, era um sábio.


Que pena ter descoberto isto tão tarde ! Eu poderia ter vivido bem melhor se o tivesse entendido e compreendido bem antes !


Talvez eu consiga isto para os meus filhos e netos.


Divirta-se com seus filhos nas ferias


Divirta-se com seus filhos nas ferias


Certo pai contou que quando os seus filhos eram pequenos eles adoravam ter a "noite da família". Eles traziam seus colchões para o quarto do casal e dormiam no chão. Mas de vez em quando, eles tinham uma "super-noite da família". Esta era a noite em que todos dormiam no chão da sala. Não havia nenhuma razão lógica para que quatro pessoas com ótimas camas dormissem no chão, exceto que fazer isto era divertido.


Certa vez, durante uma palestra sobre vida familiar ele descreveu com mais detalhes a "super-noite da família": "Era fantástico! Nós nos deitávamos no escuro em frente à lareira, ouvindo fitas com histórias e comendo muito chocolate. " Quando ele terminou de falar já sabia que estava em maus lençóis ao ver um a senhora caminhando em sua direção. Ele já havia falado em público o suficiente para reconhecer aquele tipo de olhar a uma quadra de distância. Ela o puxou para o canto e perguntou: "Você acha certo incentivar as crianças a comerem chocolate antes de dormir? Seus dentes não vão se estragar?"


Esta é uma "desmancha-prazeres" em ação. Algumas pessoas não podem "farejar" um pouco de divertimento sem declarar guerra à chamada "imaturidade"! É claro que não foi satisfatória a explicação de que as crianças escovavam os dentes depois da "bagunça".


As crianças adoram as pessoas que tem tempo não apenas para ensiná-las, mas também para divertir-se com elas. Eu gostaria de desafiá-los a surpreender seus filhos! Um pai que queria economizar luz na sua casa já havia ameaçado seus filhos de várias maneiras sem ter sucesso pois eles continuavam deixando as luzes acesas. Até que um dia ele fez um cartaz com o nome de cada membro da família e colou na parede. Cada vez que uma pessoa apagava uma lâmpada que outro deixara acesa, ganhava um "X". Após uma semana quem possuía mais "X" ganhava 5 pontos e o jogo começava de novo. Quando alguém atingia 30 pontos, ganhava um prêmio. Meses depois, bastava deixar uma luz acesa por 5 segundos para que alguém viesse correndo apagá-la. A casa ficou mergulhada na escuridão. Todos estavam com medo de usar a eletricidade. Eu sei o que vocês estão pensando... Que isto durou pouco tempo. É verdade! Mas eu sei que daqui a 10 anos ou mais quando alguém falar sobre economizar energia com estes filhos, eles dirão: "Meu pai era doido - você nunca vai imaginar o que ele nos fazia fazer" . E eles vão rir novamente lembrando daquele tempo.


Raramente o divertimento é uma coisa cara. Divertimento é montar uma barraca no fundo do quintal e dormir lá com os filhos. É ir ao cinema durante a semana de aulas, e dizer quando se está no trânsito: "O próximo carro que nós ultrapassarmos vai estar sendo dirigido pelo tipo de homem com quem a Maria vai casar" (diga aqui o nome de um dos seus filhos) . Ao se aproximar do carro, todos procurarão ver o motorista. As crianças certamente vão gargalhar com histeria e você terá que procurar manter a compostura.


É claro que existem perigos potenciais em todos estes exemplos. Você poderia pegar pneumonia dormindo no quintal; e nós sabemos que dormir tarde durante a semana de atividades escolares não é bom; também aquele homem no carro poderia não gostar da brincadeira e anotar a placa do seu carro... Mas provavelmente vale a pena, pelo menos de vez em quando, só pelas gargalhadas que a família dará junto.


Chegará o dia em que você terá que chorar com eles. Eles poderão ter 13 ou 33 anos e vocês colocarão os braços ao redor um do outro e passarão juntos pelas crises da vida.


Não há lar imune a este tipo de experiência. Mas a vida familiar precisa ser como uma tapeçaria entrelaçando tempos difíceis com momentos de riso incontrolável. Quando eles eram pequenos, você fazia cócegas neles para fazê-los rir... Nunca pare.


Nas próximas férias, faça seus filhos sorrirem não porque ganharam o presente de Natal que desejavam, mas porque vocês viveram juntos uma situação engraçada. Procure alguma outra criança que não teve a benção de ter pais como vocês e riam um pouco com ela!


Deus os abençoe.


Extraído de Rob Parsons por L.R.Silvado



   
Diário de um adolescente


Diário de um adolescente


Meu Diário,


Hoje tentei conversar novamente com meu pai. Acho que não vou falar nunca! Antes de eu conseguir dizer qualquer coisa ele já começa a se queixar do trabalho, é engraçado como as coisas acontecem.


Ele me pergunta como eu estou, me dá um beijo, senta no sofá dizendo estar muito cansado. Minha mãe também não pára um segundo, minha casa é a mais limpa que conheço, e assim mesmo minha mãe tem coisa prá fazer o tempo todo. Não entendo os pais.Será que são todos assim? Acho que eles pensam que está tudo ótimo comigo!


Que bom que pelo menos encontrei amigos bacanas como o Márcio, que ontem até deixou que eu experimentasse um trago do cigarro dele, ele é um cara legal mesmo, até me avisou que maconha faz mal, só que menos que o cigarro comum. Disse que se eu quisesse arranjaria um pouco prá mim, e ainda de graça! Acho que Deus é tão bom que quando não consigo ter amigos em casa, ele me dá amigos tão legais quanto o Márcio.


   
OS PAIS MAIS CHATOS DO MUNDO


OS PAIS MAIS CHATOS DO MUNDO


Enquanto outras crianças comiam doces no café da manhã, eu tinha que engolir um copo de leite. Enquanto os outros bebiam refrigerantes o dia todo, meus pais diziam: " Água ou suco são muito mais saudáveis" . Eles insistiam em saber onde eu estava o tempo todo. Dava até para pensar que eu era seu pequeno escravo. Eles faziam questão de ficar a par de tudo que eu fazia e quem eram meus amigos. Confesso, envergonhado, que, às vezes, até levava uma pequena surra deles. Imaginem só. Bater numa criança só porque ela respondeu mal ou desobedeceu. Meus pais ousaram a quebrar a lei de proteção ao menor.


Verdade! Eles me faziam trabalhar. Eu era obrigado a lavar a louça, arrumar a minha cama e guardar as minhas roupas. Enfim, todas essas coisas horríveis que fazem parte do meu "trabalho doméstico" .


Eles insistiam em que eu deveria falar sempre a verdade e nada mais do que a verdade. E diziam: "Uma mentira leva a outra e cada vez fica mais difícil voltar a verdade". Eles sempre me obrigavam a fazer dever de casa antes de ir brincar e eu só tinha permissão para assistir determinados programas de televisão que eles mesmos escolhiam. E tudo isso sem mencionar que eu tinha que dormir cedo.


Sempre eu tinha aquela sensação de que meus pais eram os mais chatos do mundo. Podia eu fingir que estava doente para faltar à aula? Jamais! E ainda mais, exigia de mim boas notas na escola. Inadmissível um vermelho no boletim.


Às sextas-feiras à noite nós tínhamos reuniões de família (que chatice), enquanto meus amigos iam ao cinema e organizavam festinhas. Quando adolescente poucas coisas mudaram. Enquanto meus amigos ganhavam seus próprios carros, eu tinha que trabalhar para poder comprar o meu. Eles ganhavam mesada, enquanto eu tinha que prestar conta de meus gastos. E sempre com meus pais atrás, consegui terminar o colegial. E em seguida a faculdade. Mas meus pais jamais me perdiam de vista, vigiando-me para que eu sempre enfrentasse a realidade, sem jamais poder me esquivar de alguma situação mais difícil; e, é claro sempre falar unicamente a verdade.


Meus pais obrigaram-me a crescer como adulto honesto e educado, temente a Deus e com um amor que só hoje posso compreender. Os pais mais chatos do mundo foram as pessoas que me tornaram o homem respeitado de hoje. Hoje enquanto vejo a dificuldade de alguns que obtinham tudo sem qualquer esforço e tinham os pais bacanas e por isso dou ainda muito mais valor aos meus pais. Eles me ensinaram a dar valor as coisas, com eles aprendi a pensar não somente em mim, mas também na família e nos amigos, a lutar pelos meus ideais a dizer somente a verdade. Agora quando meus filhos chamam a mim e a minha esposa de chatos, pelas mesmas razões, fico tranqüilo e tenho certeza de que, algum dia, eles compreenderão.


Carta aos pais


Rubem Alves


Também sou pai e portanto compreendo. Vocês querem o melhor para
   o filho, para a filha. A melhor escola, os melhores professores, os
   melhores colegas.


Vocês querem que filhos e filhas fiquem bem preparados para a vida. A vida é dura e só sobrevivem os mais aptos. É preciso ter uma boa educação.


Compreendo, portanto, que vocês tenham torcido o nariz ao saber que a escola ia adotar uma política estranha: colocar crianças deficientes nas mesmas classes das crianças normais. Os seus narizes torcidos disseram o seguinte:

- Não gostamos. Não deveria ser assim! O problema começa com o fato de as crianças deficientes serem fisicamente diferentes das outras, chegando mesmo, por vezes, a ter uma aparência esquisita. E isso cria, de saída, um mal-estar... digamos... estético. Vê-las não é uma experiência agradável. É preciso se acostumar... Para complicar há o fato de as crianças deficientes serem mais lerdas: elas aprendem devagar. As professoras vão ser forçadas a diminuir o ritmo do programa para que elas não fiquem para trás. E isso, evidentemente, trará prejuízos para nossos filhos e filhas, normais, bonitos, inteligentes. É preciso ser realista; a escola é uma maratona para se passar no vestibular. É para isso que elas existem. Quem fica para trás não entra... O certo mesmo seria ter escolas especializadas, separadas, onde os deficientes aprenderiam o que podem aprender, sem atrapalhar os outros.


Se é assim que vocês pensam eu lhes digo: Tratem de mudar sua maneira de pensar rapidamente porque, caso contrário, vocês irão colher frutos muito amargos no futuro. Porque, quer vocês queiram
   quer não, o tempo se encarregará de fazê-los deficientes.


É possível que na sua casa, num lugar de destaque, em meio às peças de decoração, esteja um exemplar das Escrituras Sagradas. Em regra a Bíblia está lá por superstição. As pessoas acreditam que Deus vai proteger. Se assim fosse, melhor que seguro de vida seria levar uma Bíblia sempre no bolso. Não sei se vocês a lêem. Deveriam. E sugiro um poema sombrio, triste e verdadeiro do livro de Eclesiastes. O autor, já velho, aconselha os moços a pensar na velhice. Lembra-te do Criador na tua mocidade, antes que cheguem os dias das dores e se aproximem os anos dos quais dirás: "Não tenho mais alegrias..." Antes que se escureça a luz do sol, da lua e das estrelas e voltem as nuvens depois da chuva... Antes que os guardas da casa comecem a tremer e os homens fortes a ficar curvados... Antes que as mós sejam poucas e pararem de moer... Antes que a escuridão envolva os que olham pelas janelas... Antes que as pessoas se levantem com o canto dos pássaros... Antes que cessem todas as canções... Então se terá medo das alturas e se terá medo de andar nos caminhos planos... Quando a amendoeira florescer com suas flores brancas, quando um simples gafanhoto ficar pesado e as alcaparras não tiverem mais gosto... Antes que se rompa o fio de prata e se despedace a taça de ouro e se quebre o cântaro junto à fonte e se parta a roldana do poço e o pó volte à terra... Brumas, brumas, tudo são brumas... (Eclesiastes 12: 1-8)


Os semitas eram poetas. Escreviam por meio de metáforas. Metáfora é uma palavra que sugere uma outra. Tudo o que está escrito nesse poema se refere a você, a mim, a todos. Antes que se escureça a luz do sol... Sim, chegará o momento em que os seus olhos não verão como viam na mocidade. Os seus braços ficarão fracos e tremerão no seu corpo curvo. As mós - seus dentes - não mais moerão por serem poucos. E a cama pela manhã, tão gostosa no tempo da mocidade, ficará incômoda. Você se levantará tão cedo quanto os pássaros e terá medo de andar por não ver direito o caminho. É preciso ser prudente porque os velhos caem com facilidade por causa de suas pernas bambas e podem quebrar a cabeça do fêmur. Pode até ser que você venha a precisar de uma bengala. Por acaso os moinhos pararão de moer? Não, os moinhos não param de moer. Mas você parará de ouvir. Você está surdo. Seu mundo ficará cada vez mais silencioso. E conversar ficará penoso. Você verá que todos estão rindo. Alguém disse uma coisa engraçada. Mas você não ouviu. Você rirá, não por ter achado graça, mas para que os outros não percebam que você está surdo. Você imaginou uma velhice gostosa. E até comprou um sítio com piscina e árvores. Ah! Que coisa boa, os netos todos reunidos no "Sítio do Vovô", nos fins de semana! Esqueça. Os interesses dos netos são outros. Eles não gostam de conviver com deficientes. Eles não aprenderam a conviver com deficientes. Poderiam ter aprendido na escola mas não aprenderam porque houve pais que protestaram contra a presença dos deficientes.


A primeira tarefa da educação é ensinar as crianças a serem elas mesmas. Isso é extremamente difícil. Fernando Pessoa diz: Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim. Frequentemente as escolas esmagam os desejos das crianças com os desejos dos outros que lhes são impostos. O programa da escola, aquela série de saberes que as professoras tentam ensinar, representa os desejos de um outro, que não a criança. Talvez um burocrata que pouco entende dos desejos das crianças. É preciso que as escolas ensinem as crianças a tomar consciência dos seus sonhos!


A segunda tarefa da educação é ensinar a conviver. A vida é convivência com uma fantástica variedade de seres, seres humanos, velhos, adultos, crianças, das mais variadas raças, das mais variadas culturas, das mais variadas línguas, animais, plantas, estrelas... Conviver é viver bem em meio a essa diversidade. E parte dessa diversidade são as pessoas portadores de alguma deficiência ou diferença. Elas fazem parte do nosso mundo. Elas têm o direito de estar aqui. Elas têm direito à felicidade. Sugiro que vocês leiam um livrinho que escrevi para crianças, faz muito tempo: Como nasceu a alegria. É sobre uma flor num jardim de flores maravilhosas que, ao desabrochar, teve uma de suas pétalas cortada por um espinho. Se o seu filho ou sua filha não aprender a conviver com a diferença, com os portadores de deficiência, e a ser seus companheiros e amigos, garanto-lhes: eles serão pessoas empobrecidas e vazias de sentimentos nobres. Assim, de que vale passar no vestibular?


Li, numa cartilha de curso primário, a seguinte estória: Viviam juntos o pai, a mãe, um filho de 5 anos, e o avô, velhinho, vista curta, mãos trêmulas. Às refeições, por causa de suas mãos fracas e trêmulas, ele começou a deixar cair peças de porcelana em que a comida era servida. A mãe ficou muito aborrecida com isso, porque ela gostava muito do seu jogo de porcelana. Assim, discretamente, disse ao marido: Seu pai não está mais em condições de usar pratos de porcelana. Veja quantos ele já quebrou! Isso precisa parar... O marido, triste com a condição do seu pai mas, ao mesmo tempo, sem desejar contrariar a mulher, resolveu tomar uma providência que resolveria a situação. Foi a uma feira de artesanato e comprou uma gamela de madeira e talheres de bambu para substituir a porcelana. Na primeira refeição em que o avô comeu na gamela de madeira com garfo e colher da bambu o netinho estranhou. O pai explicou e o menino se calou. A partir desse dia ele começou a manifestar um interesse por artesanato que não tinha antes. Passava o dia tentando fazer um buraco no meio de uma peça de madeira com um martelo e um formão. O pai, entusiasmado com a revelação da vocação artística do filho, lhe perguntou: O que é que você está fazendo, filhinho? O menino, sem tirar os olhos da madeira, respondeu: Estou fazendo uma gamela para quando você ficar velho...


Pois é isso que pode acontecer: se os seus filhos não aprenderem a conviver numa boa com crianças e adolescentes portadores de deficiências eles não saberão conviver com vocês quando vocês ficarem deficientes. Para poupar trabalho ao seu filho ou filha sugiro que visitem uma feira de artesanato. Lá encontrarão maravilhosas peças de madeira...


(Correio Popular,


09/02/03)


A TIGELA DE MADEIRA


A TIGELA DE MADEIRA


Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade.


As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.


A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer.


Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa.


O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.

- "Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho.

- "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão."


Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.


Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.


Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.


O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio.


Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira.


Ele perguntou delicadamente à criança:

- "O que você está fazendo?"


O menino respondeu docemente:


- "Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer."


O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.


Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família.


Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.


   
Quanto vale uma hora de seu tempo


Quanto vale uma hora de seu tempo


- Um menino, com voz timida e os olhos cheios de admiração, pergunta ao pai , quando este retorna do trabalho:
- Pai, quanto o senhor ganha por hora?
- O pai, num gesto severo, responde: Escuta aqui meu filho, isto nem a sua mãe sabe. Não me amole, estou cansado!
- Mas o filho insiste: Mas papai, por favor, diga quanto o senhor ganha por hora?
- A reação do pai foi menos severa e respondeu: Três reais por hora.
- Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real?
- O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu: Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me amole mais!
- Já era noite quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o filho precisasse comprar algo. Querendo descarregar sua consciência doida, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou: Filho, está dormindo?
- Não, papai! - o garotorespondeu sonolento e choroso.
- Olha, aqui está o dinheiro que me pediu: Um real.
- Muito obrigado papai! - disse o filho, levantando-se e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama. Agora já completei, papai! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora de seu tempo?


(Autor desconhecido)


TOQUES DE TERNURA


SER PAI É MELHOR DO QUE UM CURSO DE TEOLOGIA.


"Papai."


A voz vinha do outro mundo - o mundo do despertar. Eu a ignorei e continuei no mundo do dormitar.


"Papai", a voz insistiu.


Abri os olhos. Andrea, nossa filha de três anos, estava à beira da minha cama, a poucos centímetros do meu rosto.


"Papai, eu estou com medo!"


Abri o olho. Eram três horas da manhã.


"O que está acontecendo?"


"Preciso de uma lanterna no meu quarto."


"O quê?"


"Preciso de uma lanterna no meu quarto!"


"Por quê?"


"Porque está escuro."


Disse-lhe que as luzes do corredor estavam acesas. "Mas papai", objetou, "o que acontece se eu abrir os meus olhos e não enxergar nada?"


"Diga de novo."


"O que acontece se eu abrir os meus olhos e não enxergar nada?"


Quando eu estava para dizer a Andrea que aquela não era uma hora apropriada para esse tipo de pergunta, minha mulher interrompeu a conversa. Ela me explicou que por volta de meia-noite faltou energia e que Andrea deve ter acordado naquela hora, notando que estava escuro. Não havia luz no abajur da cabeceira. Não havia luz no corredor. Ela havia aberto os olhos e não vira nada. Somente escuridão.


Mesmo os corações mais empedernidos seriam tocados pela idéia de uma criança acordar no escuro e não poder encontrar a saída de seu quarto.


Pulei da cama, peguei Andrea nos braços, apanhei uma lanterna e a levei para sua cama. Ao mesmo tempo, disse-lhe que papai e mamãe estavam ali e que não precisava ter medo. Eu a coloquei na cama e lhe dei um beijo.


E isso foi o suficiente para Andrea.


O sentimento de minha filha é ferido. Eu lhe digo que ela é especial.


Minha filha está com medo. Não vou dormir até que ela se sinta segura.


Não sou nenhum herói. Não sou um super-homem. Não sou diferente de ninguém. Sou um pai. Quando uma criança se fere, o pai faz o que é natural. Ele ajuda.


E depois que ajudo, não cobro pelos serviços prestados. Não peço um favor sequer como recompensa. Quando minha filha chora, não lhe digo para calar a boca, ser forte e conservar os lábios cerrados. Também não consulto uma lista de coisas que lhe aconteceram e pergunto por que continua a ferir-se no mesmo lugar e a me acordar de novo.


Não sou brilhante, mas ninguém precisa me dizer que uma criança não é um adulto. Você não precisa ser psicólogo infantil para saber que uma criança está em processo de crescimento.


Não sou profeta, nem filho de profeta, mas algo me diz que, no esquema geral das coisas, os momentos de ternura acima citados são infinitamente mais valiosos do que qualquer coisa que faça diante de uma tela de computador ou uma congregação. Algo me diz que os momentos de conforto que dou a meus filhos são um preço muito pequeno pela alegria de algum dia ver minha filha fazer por sua filha o que seu pai fez por ela.


Momentos do conforto proporcionados por um pai. Como pai, posso lhe dizer que são os momentos mais agradáveis do meu cotidiano. Eles correm naturalmente. São feitos com boa vontade. Trazem sempre muita alegria.


Se tudo isso é verdade, se reconheço que um dos privilégios da paternidade é confortar um filho, por que, então, hesito em permitir que o Pai celeste me conforte?


Por que penso que Ele não quer me ouvir falar em meus problemas? (Eles são insignificantes se comparados com as populações famintas da Índia.)


Por que penso que Ele não tem tempo para mim? (Ele tem o universo inteiro para cuidar.)


Por que acho que Ele está cansado de ouvir sempre as mesmas coisas?


Por que penso que resmunga quando nota que estou chegando perto dele?


Por que acho que consulta uma lista quando lhe peço perdão e me pergunta: "Você não acha que está caindo no mesmo buraco com muita freqüência?"


Por que acho que tenho que usar com Ele uma linguagem sagrada que não uso com ninguém mais?


Por que acho que Ele não pensa em relação ao pai da mentira o que eu pensei em fazer com os pais daqueles meninos arruaceiros que ameaçaram minha filha no ônibus?


Penso que estava sendo apenas poético quando me perguntou se as aves do céu e a erva do campo têm preocupações? (Não, senhor.) E se eles não têm preocupações, por que eu devo ter?


Por que não levo à sério quando Ele pergunta: "Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está no céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?"


Por que não permitir que meu Pai faça por mim o que estou mais do que desejoso de fazer por meus próprios filhos?


Estou aprendendo, entretanto. Ser pai é melhor do que um curso de teologia. Ser pai me ensina que, quando sou criticado, ferido, amedrontado, há um Pai pronto a me confortar. Há um Pai que me sustenta nos braços até eu me sentir melhor, que me ajuda até que eu possa viver com o ferimento, e que não dormirá quando estou com medo de acordar e ver a escuridão.


Sempre.


E isso é o bastante.


(Autor desconhecido)


   
Pai e futebol


Pai e futebol


Pai e futebol. Estas duas palavras sempre combinaram muito bem.


Talvez seja por isso que exista sobre a face da Terra temperamentos de papais que se identificam perfeitamente com o esporte das multidões.


Há aqueles que marcam os filhos bem de perto. Existem outros que deixam seusrebentos em completo impedimento, podando suas mais simples aspirações.


Há os pais técnicos, cheios de estratégias para o futuro dos garotos. Tem aqueles "mascarados" que não dão a mínima bola para seus gurís. Outros, pelo contrário vivem tabelando com a filharada até a boca do gol.


Existem pais que estão sempre na retranca e há aqueles que a toda hora correm para o abraço. Tem os pais goleiros que seguram firme todas as barras e os pais centroavantes que estão sempre driblando os obstáculos do tempo para cumprir seu destino.


No campo de futebol chamado lar tem o pai que divide...o que catimba...o que faz lançamentos(bancários)... o que vive dando cartões amarelos quando a meninada chega de madrugada...e há até o pai gandula que corre feito doido para que o jogo dos filhos não pare.


Quando o dia dos pais chegar, faça de conta que ele acabou de marcar um gol...um gol, não. Um golaço! E comemore com muita alegria.


(Autor desconhecido)


   
Um conto sobre os pais


Um conto sobre os pais


Artur Azevedo foi o melhor autor de com‚dias para teatro do final do s‚culo passado. At‚ sua morte, em 1908, aos 53 anos, arrancava risadas das plat‚ias do Rio de Janeiro, então capital do pa¡s. Irmão de Alu¡sio Azevedo - autor de "O Corti‡o" e um dos maiores romancistas brasileiros - ele escreveu quase 200 pe‡as maliciosas e sarc sticas. H  quem prefira, entretanto, seus textos curtos. No "Plebiscito", publicado em 1894, Artur Azevedo satiriza a atitude dos adultos quando flagrados na sua desinforma‡ão sobre assuntos que dão status, como pol¡tica.


"Plebiscito"


A cena passa-se em 1890. A família est  toda reunida na sala de jantar. O senhor Rodrigues palita os dentes, repimpado numa cadeira de balan‡o. Acabou de comer como um abade. Dona Bernardina, sua esposa, est  muito entretida a limpar a gaiola de um can rio belga. Os pequenos são dois, um menino e uma menina. Ela distrai-se a olhar para o can rio. Ele, encostado … mesa, os p‚s cruzados, lˆ com muita aten‡ão uma das nossas folhas di rias. Silˆncio. De repente, o menino levanta a cabe‡a e pergunta: - Papai, o que ‚ plebiscito? O senhor Rodrigues fecha os olhos imediatamente para fingir que dorme. O pequeno insiste: - Papai? Pausa: - Papai? Dona Bernardina interv‚m: - O seu Rodrigues, Manduca est  lhe chamando. Não durma depois do jantar que lhe faz mal. O senhor Rodrigues não tem rem‚dio senão abrir os olhos. - Que ‚? Que desejam vocˆs? - Eu queria que papai me dissesse o que ‚ plebiscito. - Ora essa, rapaz! Então tu vais fazer doze anos e não sabes ainda o que ‚ plebiscito? - Se soubesse não perguntava. O senhor Rodrigues volta-se para dona Bernardina, que continua muito ocupada com a gaiola: - O senhora, o pequeno não sabe o que ‚ plebiscito! - Não admira que ele não saiba, porque eu tamb‚m não sei. - Que me diz?! Pois a senhora não sabe o que ‚ plebiscito? - Nem eu, nem vocˆ, aqui em casa ningu‚m sabe o que ‚ plebiscito. - Ningu‚m alto l ! Creio que tenho dado provas de não ser nenhum ignorante! - A sua cara não me engana. Vocˆ ‚ muito prosa. Vamos: se sabe, diga o que ‚ plebiscito! Então? A gente est  esperando! Diga! - A senhora o que quer ‚ enfezar-me! - Mas, homem de Deus, para que vocˆ não h  de confessar que não sabe? Não ‚ nenhuma vergonha ignorar qualquer palavra. J  outro dia foi a mesma coisa quando Manduca lhe perguntou o que era prolet rio. Vocˆ falou, e o menino ficou sem saber! - Prolet rio, acudiu o senhor Rodrigues, ‚ o cidadão pobre que vive do trabalho mal remunerado. - Sim, agora sabe porque foi ao dicion rio; mas dou-lhe um doce, se me disser o que ‚ plebiscito sem se arredar dessa cadeira! - Que gostinho tem a senhora em tornar-me rid¡culo na presen‡a destas crian‡as! - Oh! Rid¡culo ‚ vocˆ mesmo quem se faz. Seria tão simples dizer: - Não sei, Manduca, não sei o que ‚ plebiscito; vai buscar o dicion rio, meu filho. O senhor Rodrigues ergue-se de um ¡mpeto e brada: - Mas eu sei! - Pois se sabe, diga! - Não digo para me não humilhar diante de meus filhos! Não dou o bra‡o a torcer! Quero conservar a for‡a moral que devo ter nesta casa! E o senhor Rodrigues, exasperad¡ssimo, nervoso, deixa a sala de jantar e vai para o seu quarto, batendo violentamente a porta. No quarto havia o que ele mais precisava naquela ocasião: algumas gotas de  gua de flor de laranja e um dicion rio... A menina toma a palavra: - Coitado do papai! Zangou-se logo depois do jantar! Dizem que ‚ tão perigoso! - Não fosse tolo - observa D. Bernardina - e confessasse francamente que não sabia o que ‚ plebiscito! - Pois sim - acode Manduca, muito pesaroso por ter sido o causador involunt rio de toda aquela discussão; - pois sim, mamãe; chame papai e fa‡am as pazes. - Sim, sim, fa‡am as pazes! - Diz a menina em tom meigo e suplicante. - Que tolice! Duas pessoas que se estimam tanto zangarem-se por causa do plebiscito! Dona Bernardina d  um beijo na filha, e vai bater … porta do quarto: - Seu Rodrigues, venh  sentar-se; não vale a pena zangar-se por tão pouco. O negociante esperava a deixa. A porta abre-se imediatamente. Ele entra, atravessa a casa, e vai sentar-se na cadeira de balan‡o. - boa - brada o senhor Rodrigues depois de largo silˆncio - muito boa! Eu, eu ignorar a significa‡ão da palavra plebiscito! Eu!.. A mulher e os filhos aproximam-se dele. O homem continua num tom profundamente dogm tico: - Plebiscito... E olha para todos os lados a ver se h  por ali mais algu‚m que possa aproveitar a li‡ão. - Plebiscito ‚ uma lei decretada pelo povo romano, estabelecido em com¡cios. - Ah! - suspiram todos, aliviados. - Uma lei romana, percebem! E querem introduz¡-la no Brasil! mais um estrangeirismo!...


   
Pais felizes


Pais felizes


Alguns tem atribuído a Mark Twain a seguinte frase:


"Quando eu era um garoto de 14 anos, meu pai era tão ignorante que eu não agüentava ficar perto dele. Mas quando eu fiz 21 anos eu fiquei boquiaberto ao constatar o quanto meu velho tinha aprendido em 7 anos."


A atitude das crianças para com seus pais muda à medida que elas crescem. Muitos jovens demonstram pouco ou nenhum respeito por seus pais. É desalentador constatar isto! Mas no processo de amadurecimento muitos deles começam a reconhecer que o pai e a mãe sabiam muito mais do que eles imaginavam.


Por outro lado, alguns jovens se arrependem profundamente ao entenderem que se tivessem seguido o conselho dos pais, eles poderiam ter evitado muito sofrimento, tanto para eles quanto para sua família. A Bíblia nos diz: "Filhos, obedeçam seus pais no Senhor, porque isto é bom. ‘Honra a teu pai e a tua mãe’, é o primeiro mandamento com promessa: para que tudo corra bem para você, e você viva muito tempo na terra." (livro de Efésios capítulo 6 versos 1 a 3). O livro de Provérbios aconselha: "Escute o seu pai, pois você lhe deve a vida! O pai que tem um filho correto e sábio ficará muito feliz e se orgulhará dele" (livro de Provérbios, capítulo 23, versos 22 e 24).


Agora minha palavra é para você que é pai ou mãe: Não desanime! Continue a instruir e corrigir seu filho. A disciplina não é bem entendida, nem aceita no momento, mas os frutos virão depois. Nossa geração tem pecado por querer ser "amiga" de nossos filhos, o que não é totalmente errado. Mas "amigos" eles podem ter muitos, e "pais", só nós. Se nós não desempenharmos nosso papel educando-os, colocando limites, eles vão sofrer mais tarde - serão desajustados e como diz o livro de Provérbios "serão vergonha para nós".


Que Deus nos ajude a sermos bons filhos e bons pais!


Hedy Silvado


   
Meu filho, perdoe o papai


Meu filho, perdoe o papai


W. Livingston Larned


Escute, filho: enquanto falo isso, você está deitado, dormindo, uma mãozinha enfiada debaixo do seu rosto, os cabelinhos molhados de suor grudados na testa. Entrei sozinho e sorrateiramente no seu quarto.


Há minutos atrás, enquanto eu estava sentado lendo meu jornal na sala, fui assaltado por uma onda sufocante de remorso. E, sentido-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama. Andei pensando em algumas coisas, filho: Tenho sido intransigente com você. Na ora em que se trocava para ir à escola, ralhei com você por ter atirado alguns de seus pertences no chão. Durante o café da manhã, também impliquei com alguma coisa. Você derramou o café fora da xícara. Não mastigou a comida. Pôs o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão. E quando começou a brincar e eu estava saindo para trabalhar , você se virou, abanou a mão e disse: "Tchau, papai" e, franzindo o cenho, em resposta lhe disse: "Endireite esses ombros!"


De tardezinha tudo recomeçou. Voltei e quando cheguei perto de casa vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude. Suas meias estavam rasgadas. Humilhei-o diante de seus amiguinhos fazendo-o entrar na minha frente: "As meias são caras - se você as comprasse tomaria mais cuidado com elas!"


Imagine isso, filho, dito por um pai!


Mais tarde, quando eu lia meu jornal, lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa impressa nos seus olhos? Quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a interrupção, você parou à porta: "O que é que você quer?" perguntei, implacável.


Você não disse nada, mas saiu correndo num ímpeto na minha direção, passou seus braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se apertando com uma afeição pura que Deus fazia crescer em seu coração e que nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se, subindo correndo os degraus da escada.


Bom, meu filho, não passou muito tempo e meus dedos se afrouxaram, o jornal escorregou por entre eles, e um medo terrível e nauseante tomou conta de mim. Que estava o hábito fazendo de mim? O hábito de ficar achando erros, de fazer reprimenda - era dessa maneira que eu o vinha recompensando por ser uma criança. Não que não o amasse; o fato é que eu esperava demais da juventude. Eu o avaliava pelos padrões da minha própria vida. E havia tanto de bom, de belo e de verdadeiro no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande quanto o sol que subia por detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto espontâneo de correr e de dar-me um beijo de boa noite. Nada mais me importa nesta noite, filho. Entrei na penumbra do seu quarto e ajoelhei-me ao lado de sua cama, envergonhado!


É uma expiação inútil; sei, se você estivesse acordado, não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um pai de verdade! Serei seu amigo, sofrerei quando você sofrer, rirei quando você rir. Morderei minha língua quando palavras impacientes quiserem sair pela minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse um ritual: "Ele é apenas um menino - um menininho!"


Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora, filho, encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me de que é um bebê. Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi muito de você, exigi muito.


Meu filho, perdoe o papai.


   
Ser Pai


Ser Pai


Átila


Ouvi um amigo falando sobre uma pesquisa que viu na TV. Ela procurava captar as opiniões sobre a pessoa do "pai", entre adolescentes e jovens. O que impressionou foi que as respostas mostraram que o nervosismo parece ser "um gene" dos pais. Quando chegam em casa, começam a implicar e distribuir, aos filhos, nervosismo e comentários negativos sobre o quarto desarrumado, o tênis fora do lugar, a ociosidade que contrasta com a sua aplicação em angariar subsídios financeiros para que o LAR continue funcionando! Parece ser verdade, olhando para minha própria vida familiar! Tenho que ser honesto e confessar isso! A segunda pergunta da pesquisa tentava destacar as qualidades do pai. Respostas como "Muito responsável", "Honesto", "Sério", "Supridor eficaz das nossas necessidades", apareceram na maioria das participações. Somente uma pessoa declarou que a maior qualidade do pai era "ser amigo, meu amigo"...


Nossa tendência natural é querer suprir e suprir e suprir necessidades materiais, enquanto nosso maior tesouro vai se esvaindo com a passagem dos anos: nossa vida , a maior influência que um pai pode ter em seus filhos!


A sociedade tem seu "jogo de sedução" bem definido e flerta descaradamente com cada pai, tentando-o para que busque a aprovação de outros, a admiração de outros, que mostre a todos o quanto foi capaz de conseguir, de possuir, as paredes repletas de diplomas, aval de sua distinção em meio a milhares de pais menos afortunados, as roupas de seus filhos, a quantidade de televisores em sua casa, os celulares, os carros novos, o colégio pago, os presentes caros que outros não podem ofertar aos seus. Porém essa postura o privará de compartilhar a riqueza que não pode ser aferida, o tesouro que se perpetuará por gerações, o legado que nunca deixará o lugar onde as coisas não podem fazer diferença: o coração dos filhos.


Podemos ver nisso uma justificativa plausível para a imaturidade de nossos adolescentes e jovens no que se refere a relacionamentos e valores perenes de vida. Falta-lhes a figura do pai que orienta, que compartilha vida, enquanto opta por menos horas no trabalho se mostra humano para com seus filhos, acessível, ensina como tratar as dificuldades na prática, tem tempo para afagar os seus queridos abrindo um dos lugares mais cobiçados por adolescentes e jovens do Brasil e do mundo: o colo. Sem dúvidas, esses pais que hoje optaram por:
       . um estilo de vida mais simples,
       . afugentar o "canto de sereia" da Sociedade de consumo,
       . viver a vida ao lado dos seus filhos


irão colher resultados maravilhosos e eternos onde uma imensa multidão de bem sucedidos seres sociais têm fracassado: em sua família.


Deixo você pensando nas palavras de Jesus no livro de Lucas, capítulo 12 verso 15.


"... porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui"


Amigo de paternidade, em que está consistindo sua vida?


Ninguém despreza o valor do dinheiro e a importância dos bens, mas para onde essa corrida frenética atrás do vil metal tem levado você em termos de família?


Seus filhos vão lembrar de você pelo quê?


Qual tem sido o legado emocional e espiritual que você tem construído para seus filhos?


Sugestão : Convide seus filhos, mesmo os casados, para um jantar íntimo e um bate-papo e se submeta à avaliação deles. Pode ser difícil para você, mas posso afirmar, por experiência própria, que ninguém se levantará daquela mesa igual! Com a ajuda de Deus (peça a Ele), você poderá reordenar sua vida para que o tempo perdido seja recuperado rapidamente .


Feliz Dia dos Pais!



  
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