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Vercilo prova que veio para ficar

Divulgação
Jorge Vercilo, cantor e compositor carioca, que está em turnê pelo Brasil, divulgando seu terceiro CD


Por Joyce Guerra



Quando criança, o carioca Jorge Luiz Vercilo sonhava em ser jogador de futebol. Estava no vestiário da escola onde treinava quando teve seu primeiro contato marcante com a música, ao descobrir uma fita cassete do Djavan, na qual estava gravado, nada mais, nada menos que o disco LUZ, trabalho que consolidou esse talentosíssimo artista alagoano na música popular brasileira.

Aos dezessete anos, Vercilo iniciou sua carreira, participando de alguns festivais, com ótimos resultados. Em 1993, gravou seu primeiro disco, Encontro das Águas, pela gravadora Continental. Naquele ano, duas de suas canções foram temas de novela: Encontro das Águas, cuja regravação de Maurício Mattar foi tema da novela Mulheres de Areia. Na novela Tropicaliente, a canção Praia Nua foi tema da primeira personagem de Carolina Diekmann na TV, a saber, a jovem Assussena. Desta feita, era o próprio Vercilo quem interpretava.

Mas nem só de trilhas de novelas era o charme desse trabalho pouco divulgado pela sua gravadora. Com um violão formidável, melodias harmoniosas e surpreendentes e variando do samba à músicas de chamar atenção de ouvidos e almas sencíveis, Jorge Vercilo deixou claro a que vinha desde o princípio.

Em 1996, ainda pela Continental, gravou seu segundo disco, Em tudo que é Belo. Nesse trabalho, pode-se notar a utilização da tecnologia para realçar um talento já existente. Podemos observar a suave e poética infinito amor, com um arranjo feito apenas com instrumentos de cordas, bem como a animada olha e não me olha, que quase nos dá a impressão de estar numa pista de dança com músicas estranhamente adornadas de vocais inesperados. Entretanto, a canção que mais se destacou foi Fácil de Entender, que foi, inclusive, regravada por vários artistas presentes na mídia.

Pode-se afirmar que esse segundo cd é uma surpresa do princípio ao fim, concluída com uma canção ideológica e delicada. Em tudo que é belo emociona porque é simples, direta, bem tocada e cantada, remetendo o ouvinte às aspirações mais doces e puras do coração quando diz:
"Eu ainda acredito/
na justiça lá de cima/
Na verdade e na vida/
Como sons de uma rima./
E em tudo que é belo/
E em tudo que é nobre/
Como as cores do arco-íres/
quando a chuva se descobre/
E agradece iluminada/
pelo sol de ouro e cobre./"

Em 2000, Jorge Vercilo lançou Leve, Seu terceiro CD solo e o primeiro totalmente independente. "Saí da gravadora Continental porque eles não estavam divulgando meu trabalho. Recebi outras propostas de outros selos mas não senti firmeza. Por incrível que pareça, é a primeira vez que estou ganhando dinheiro com a venda de discos", afirma o músico. Seu terceiro CD conta com a participação do seu ídolo, Djavan, na primeira faixa, Final Feliz. Essa música teve uma grande aceitação por parte do público dos dois artistas e serviu, indubitavelmente, para trazer um pouco mais à tona o seu potencial. As pessoas queriam saber em qual lançamento do Djavan estava aquela música bonita e ficavam surpresas ao descobrir que constava do terceiro CD de um tal de Jorge Vercilo que, por sinal, tinha muito mais a mostrar que uma voz parecida com a do cantor alaghoano.

Suas músicas continuam sendo variadas e de excelente qualidade em múltiplos aspectos. Os arranjos, a presença da tecnologia avivando-os, a percução, o violão tocado de uma forma que mistura a modernidade do pop com o tom compenetrado da Bossa Nova e os vocais bem harmonizados, fazem do seu terceiro lançamento uma dica imperdível e surpreendente.

Vale a pena reparar na letra de leve, no violão de em órbita, nos vocais de Apesar de Cigano, na melodia incomum de rasa, na temática de Avesso, na regravação irrepreensível de Beatriz (uma composição de Chico Buarque de Olanda e Edu Lobo), e no arranjo, vocais e percução de regressão.

Para os que ainda insistem em dizer que Jorge Vercilo é uma imitação do autor de Meu bem querer, samurai e pétala, ficam as palavras do próprio Vercilo. "Para mim é um orgulho ser comparado ao Djavan, mas me chateava quando usavam isso para vincular. Influência é uma coisa, imitação é outra", diz o músico. "As pessoas buscam sempre referências para algo mais próximo delas. Agora, se elas ainda não desmistificaram essa ligação com o Djavan, eu não me importo mais. Djavan ainda me estimula muito, mas quem conhece meu trabalho sabe que ele não faria uma canção como Avesso, por exemplo."


Joyce Fernanda Martins Guerra, 19 anos, é estudante do 3º período de letras em Macaé (RJ).


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