Projeto CAP Amilton Garai e Lusia Almeida


Nossas homenagens

Este site é dedicado à memória desses queridos amigos e seus familiares, que pereceram no trágico acidente ocorrido em 22/1/2003.

Notas de falecimento

Airton Simille Marques
Marilza Matos
Antonio Borges, organizando esta homepage


Índice das pessoas que enviaram mensagem

Marilza Matos
Marta Gil
Moisés Bauer
Elizabet Dias de Sá
Mary da Silva Profeta
Joana Belarmino


Notícias de jornais

Correio da Paraíba
Diário da Borborema



Mensagens

Nota de falecimentos Enviada por: Airton Simille Marques as.marques@cwb.terra.com.br

É com o coração apertado e com lágrimas nos olhos que dou a notícia do falecimento de: Amilton Garai da Silva, Nazaré sua espoza e seus filhos em acidente automobilistico. Faleceu no mesmo acidente também: Luzia Almeida e seu marido Lucas.


Falecimento Enviada por: Marilza Matos marilza@cpunet.com.br Olá, amigos!

É com grande pesar que comunico aos amigos da lista que faleceu ontem (22) os amigos: Luzia Almeida da Paraíba, Amilton Garai de Campo grande e o atual presidente da ABEDEV. Os referidos amigos estavam acompanhados de seus familiares que também faleceram. Isso aconteceu numa rodovia entre Natal e João Pessoa, onde o carro onde eles estavam, foi colhido por outro (segundo informações, uma carreta).

Abraços,

Marilza


Falecimento Enviada por: Jose Antonio Borges antonio2@intervox.nce.ufrj.br

Queridos amigos,

Amilton Garai e Lusia eram pessoas muito especiais, com muitos amigos. Acho que muitos de nós queremos prestar nossa homenagem especial a eles, seja lá onde estiverem. Para isso, foi criada um e-mail chamado lugarai@intervox.nce.ufrj.br que receberá durante esta semana as mensagens e textos em que expressaremos o nosso sentimento. Estes textos serão, uma vez por dia, colhidos e disponibilizados no site http://intervox.nce.ufrj.br/lugarai A conta de e-mail estará aberta durante os próximos 7 dias.

Antonio


Luzia Almeida Enviada por: Marilza Matos marilza@cpunet.com.br

Para Lu Almeida...

As gotas do orvalho de hoje e de sempre, npo terpo o mesmo cheiro, a mesma suavidade e a mesma cor... A doçura do mel, não terá, nunca mais, o doce que levaste... A vida, que continuará o seu curso, terá sempre um vazio, um espaço, um rumo sem um pedaço.... A lua, essa não reLUZIrá na noite escura das suas fases, como antes reLUZIA... Os quatro cantos, os quatro ventos, os quatro prantos sentirão a tua falta para sempre... A tua LUZ, o teu RELUZir, a tua presença em outro mundo, apagou um pouco o brilho das estrelas, o calor do sol e a suavidade da brisa da manhã... Onde estiveres, LU, sei que o teu reluzir será o de sempre: com a tua força, a tua coragem e a tua douçura, iluminarás o teu caminho e a tua nova morada...


Re: Falecimento Enviada por: Marta Gil marta@saci.org.br

Marilza e amigos,

Graças à atenção e delicadeza do Anderson, soube desta notícia tão triste e ainda estou desnorteada.

Perdemos muito, nem dá para avaliar, pois eram seres humanos maravilhosos e profissionais competentes e dedicados.

Um forte abraço a todos,

Marta Gil


mensagem Enviada por: Moisés Bauer mbauer@mp.rs.gov.br


   Prezados amigos


   É com grande pesar e dor no coração, que partilho estas palavras com vocês.
   Aproveito esta oportunidade para expressar os meus sentimentos pelo falecimento desses amigos tão queridos como são o Professor Amilton, Nazaré e Lusia. Ainda há pouco mais de hum mês, estive com o Professor Amilton e a Nazaré. Pessoas fantásticas, pelas quais tenho muito carinho e admiração.
   O Professor Amilton, sempre com sua sabedoria e serenidade, demonstrou para todos nós seres humanos o exemplo de caráter e humanidade que devemos ter.
   No movimento das pessoas cegas sempre foi um líder, que com muita fé e honestidade soube conduzir de forma exuberante a Associação Brasileira dos Educadores de Deficientes Visuais, lutando sempre pelo interesse de todos nós.
   Estamos muito tristes com sua partida, mas estou certo que o Professor Amilto está vibrando por nós, pois com a sua fé e sua grandeza de espírito, sem dúvida ele encontrou um lugar muito próximo de Deus, de onde estará intercedendo por nós.
   A Nazaré é, e sempre foi sua companheira inseparável, tanto que partiram juntos. Acredito que Deus chamou nossos amigos porque ele estava precisando deles lá no céu.
   Ao Professor Amilton, à Nazaré e à Lusia, desejo que estejam bem! E a todos nós, desejo que saibamos aproveitar todos os ensinamentos que esses amigos queridos nos passaram com as suas existências aqui na terra.
   Com muita Fé, do amigo Moisés.


um adeus especial Enviada por: Elizabet Dias de Sá elizabetds@uol.com.br

UM ADEUS ESPECIAL

Atônita e consternada, lamento a inexorável fatalidade que levou para sempre a família Garai e a companheira Luzia Almeida. Não sei o que dizer, nem como dizer e não consigo assimilar o trágico desfecho. Sinto estranheza, nostalgia e um profundo desconcerto diante da vida. Ou seria diante da morte?

Revivo lembranças, gestos, encontros e eventos. Guardo na memória a cumplicidade de um casal e cenas de seus filhos jovens e vibrantes. Recordo as deferências de um Amiltom amável, formal, contemporizador e religioso. Lembro-me de uma Nazaré, esposa dedicada, companheira solidária e solícita, sempre presente e prestimosa.

Guardo, também, a imagem de Luzia, mulher de fibra, nordestina valente, afável e hospitaleira.

Fico grata pelo breve convívio e triste com a súbita partida. Que a dor nos purifique; que o tempo não leve as boas lembranças!

Pesarosamente,

Elizabet


Enviada por Mary da Silva Profeta Presidente do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência; docente do Departamento de Educação Especial da UNESP Marília e membro da Associação dos deficientes visuais de Marília - ADEVIMAR Para a Rede Saci - www.saci.org.br

O Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência de Marília , a ADEVIMAR- Associação dos deficientes visuais de Marília externam à família da ABEDEV, pesar pelo falecimento do Dr. Amiltom Garai e seus familiares, além da Luzia.

É lamentável essa perda de seres humanos tão representativos principalmente para a promoção e reconhecimento das pessoas com deficiência visual deste país.

Dr Amilton foi um grande lutador, que com seu jeito tranqüilo de ser exigente fez muitas conquistas para a área da deficiência visual, como chamamos. O Brasil perde importantes pessoas, seres humanos como Amilton, Nazaré, Luzia, além dos filhos e um amigo, que sempre estiveram irmanados, enfrentando correntes contrárias, adversidades, em buca de um mundo melhor para tantos.

Nossos corações estão em luto, sofridos com tal perda e o que ela representa para todos ligados às famílias e à ABEDEV. Acreditamos entretanto, que ele deixa sementes bem plantadas e que porque ele sempre quis e continuará querendo de onde estiver, essas sementes frutificarão e a vida das pessoas por quem ele tanto lutou não ficará no desamparo.

Que todos tenhamos essas pessoas em nossos corações.


Carta para Lu Almeida Enviada por: Joana Belarmino pandora00@uol.com.br

Carta para Lu Almeida

João Pessoa, 26 de janeiro de 2003

Oi minha flor!

Sabe aquela colisão? Àquela hora, naquela chuva? Aquela colisão foi um jeito esquisito que a vida engendrou para te levar daqui. Eu só soube depois de algumas horas e foi como se tudo novamente se repetisse. Fiquei esquisita neguinha, procurando o chão, desmantelando o mundo à minha volta com o brandir de uma dor nova que crescia e ganhava força dentro de mim. Uma dor nova que foi abrindo as comportas do que eu sou, esfarelando os diques de areia da pouca resistência que ainda guardava as portas de dentro. Dor que já se fazia posseira do solo do meu coração, revolvendo com fúria a terra de dentro, onde germinavam todos os meus jardins. Terra revolvida neguinha, e no meio de tudo, uma coisa que brilhava, brilhava. O que seria aquilo que brilhava apesar do entulho molhado de um pranto de rio selvagem? Cheguei perto e segurei aquilo nas mãos que tremiam. Fui retirando o excesso de terra molhada e percebi que por debaixo de tudo havia um calor suave; por entre os dedos, uma forma difícil de descrever; um brilho calmo que se insinuava por entre os rios do meu pranto. Aquilo era uma espécie de flor, neguinha, uma espécie rara de flor. Era a flor da nossa amizade. A colisão não tinha destruído uma se quer das suas pétalas. o caule, forte, estava intacto. todas as gotas de carinho e afeto continuavam íntegras, no centro daquela flor. A flor era uma cápsula de tudo que havíamos vivido, de tudo que havíamos aprendido. Cada dia, todos os dias, encontro um tempinho para tocar a minha flor e ela me conta coisas novas em cada uma dessas vezes. Hoje descobri que ela tem em volta do caule, finíssimos fios invisíveis, pontos de condução para algum lugar onde o tempo não persegue dias, onde não se arrancam folhas de calendários, onde os relógios não abocanham as horas, na sua gula compulsiva de máquinas de contar, onde nenhuma colisão ameaça um presente que se tece na eternidade. O gesto interrompido, nem vou mais ligar praquele teu telefone de todas as noites. Minha flor me diz que você tem uma flor igual neguinha. Você tem uma flor igual neguinha, e eu te amo!



Notícias de Jornal

Correio da Paraíba

João Pessoa - sexta-feira, 24 de janeiro de 2003

Seis pessoas morrem em acidente na BR-101 Norte
Entre as vítimas estava a ex-diretora do Instituto dos Cegos da Paraíba
Edson Verber

Uma colisão lateral, entre uma Besta (Kia) de transporte escolar, de placa KGF-1159, de João Pessoa, e a carreta Scania BYA-4551, de Lages, município do interior de Santa Catarina, ocorrida às 20h00 de anteontem, no quilômetro 52,7 da BR-101 Norte, próximo da Mamaguape, resultou na morte de seis pessoas e ferimentos graves em outras duas. Uma das vitimas fatais é Luzia Maria de Almeida, 39 anos, que era presidente do Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha.

Segundo Cássia Mendes, assessora de Comunicação da 14ª Superintendência de Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Paraíba, "as evidências iniciais indicam que a Van derrapou na água, em face da chuva forte que caia, o motorista perdeu o controle da direção e bateu na lateral da carreta". A Van ficou totalmente destruída, enquanto a carreta ficou com parte da frente e lateral amassadas.

Morreram no local do acidente seis pessoas, sendo que a PRF só identificou cinco. São as seguintes: Luzia Maria de Almeida; Luiz Gustavo Garai da Silva; Hamilton Garai da Silva; Rogério de Sá; e Nara Silva. Uma das vitimas com ferimento grave, que se encontra no Hospital de Emergência e Trauma, em João Pessoa, é João de Paiva Freire. A outra não foi identificada pela PRF.


Diário da Borborema

Campina Grande, sexta-feira, 24 de janeiro de 2002

Descrição da foto da reportagem:

Nessa reportagem, é mostrada uma foto da carreta e da Van, onde se vê a Van toda amassada no sentido lateral, como se tivessem quase encostados os dois lados ficando esta totalmente destruída.

MORTES NA BR-101

Presidente do Instituto dos Cegos foi uma das vítimas

Seis pessoas morreram e duas ficaram gravemente feridas durante um acidente ocorrido por volta das 20h30 de quarta-feira na BR-101, Km 52, nas proximidades da Usina Miriri, entre os municípios de Santa Rita e Mamanguape. Entre as vítimas fatais está a deficiente visual Luzia Maria de Almeida, 39 anos, que era presidente do Instituto dos Cegos da Paraíba.

Pelos primeiros levantamentos realizados pela Polícia Rodoviária Federal, a pista molhada e a alta velocidade podem ter sido as principais causas da colisão lateral.

A Van de placas KGS-1159/PB, conduzida pelo motorista Ivan de Paiva Pereira, saiu de Natal com oito pessoas. Ao chegar no Km 52, ele perdeu o controle do veículo e invadiu a pista contrária. Uma carreta de cor branca e placas BYA-4551 da cidade de Lajes, em Santa Catarina, que vinha no sentido João Pessoa/Mamanguape, acabou atingido a lateral da Van, que foi arrastada por mais de 20 metros, ficando totalmente destruída.

Muitas das vítimas ficaram presas às ferragens e o Corpo de Bombeiros teve dificuldades para resgatá-las. Motoristas que passavam pelo local socorreram três que estavam com vida, mas uma faleceu a caminho do hospital enquanto as outras duas continuam internadas em estado grave no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.


Acidente provoca 5 horas de engarrafamento na rodovia

O acidente causou um engarrafamento de mais de cinco horas nos dois sentidos da pista, que só foi liberada para o tráfego por volta de 1h da manhã.

Devido à gravidade do acidente, a Polícia Rodoviária teve que solicitar o apoio dos policiais de Bayeux que passaram toda a noite e início de madrugada trabalhando juntamente com o Corpo de Bombeiros para limpar a pista.

Na manhã de ontem, o funcionário público Clóvis de Almeida e a psicóloga Edésia de Almeida foram até o posto da Polícia Rodoviária Federal em Mamanguape onde fizeram o reconhecimento dos objetos pessoais da irmã, a deficiente visual Luzia Maria de Almeida.

Com ajuda deles, os policiais rodoviários federais conseguiram identificar mais quatro vítimas. Morreram no local do acidente Amilton Garai da Silva e Luiz Gustavo Garai, que, segundo a polícia, são pai e filho, Rogério de Sá e Nara da Silva. Estes passageiros vieram do Rio Grande do Sul e na manhã de quarta-feira deixaram o Hotel Ouro Branco, em João Pessoa, onde estavam hospedados, e foram para Natal em viagem de trabalho.

A PRF preferiu não divulgar o nome do motorista da carreta, que não sofreu nada, alegando que ainda está sendo investigado se ele teve ou não culpa no acidente, numa forma de resguardar a sua identidade.


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