Última Chance: Capítulo 3. Depois do beijo nós conversamos muito e finalmente ele me pediu em namoro e quase que imediatamente eu aceitei. Ali eu via uma nova chance para ser feliz, e mesmo que eu soubesse que não seria por muito tempo, era tudo que eu precisava para me sentir bem e importante na vida. O Lucas no segundo dia de namoro, me trouxe uma aliança de compromisso e fomos até a igreja da cidade onde o padre a abençoou e colocamos no dedo, selando nosso namoro. Nossos dias estavam muito felizes, e eu estava me sentindo bem, apesar das crises de dores terem aumentado e os desmaios terem se tornado frequentes, minhas idas na doutora Patrícia, me faziam acreditar que eu ficaria bem, e tudo que eu queria era ficar bem, para passar o resto da minha vida ao lado do Lucas. O tempo foi passando, e aquela última chance de ser feliz que havia me aparecido antes, agora se fazia mais presente e a felicidade tomava conta de mim. Ao terceiro mês de namoro, eu e o Lucas nos entregamos a uma paixão fulminante e vivemos a melhor noite que eu poderia ter vivido em toda a minha vida. As ferias escolares chegaram e minha prima foi para a casa de minha tia mãe dela, e eu fui junto, mas agora o Lucas que quase nunca me deixava sozinha, estava comigo na casa de minha tia passeando e me fazendo mais feliz. Eu me encontrei com a minha irmã, que invejou meu namorado, mesmo sem saber o que eu tinha, ela tentava contar vantagem das coisas que tinha conseguido para tentar me atingir, e o Lucas ia me ensinando a não dar bola para o que ela me falava. Minha mãe foi até a casa da minha tia, e ao conhecer o Lucas, desfez dele, disse coisas horríveis que nem gosto de lembrar, e ainda me disse que ele me deixaria grávida doente morrendo em uma cama de hospital sozinha, porque ele não era alguém descente e ele iria me matar. O Lucas ficou triste com as palavras dela, e a tia Carla acabou por por ela pra fora de casa. O Lucas ficou durante uma semana com as palavras maléficas da minha mãe na cabeça e de repente eu comecei a me preocupar, quando meu ciclo menstrual parou de vez. Passei mal ao retornar para a cidade em que morava com a Cecília e ao chegar fui para o hospital. O médico que me atendeu me diagnosticou realizando as primeiras palavras da minha mãe, e aquela maravilhosa noite que eu passei com o Lucas agora estava resultando em um filho. Eu não sabia como dizer ao Lucas que eu estava grávida, pensei em abortar, mas depois pensando bem, vi que não tinha este direito, se Deus havia me escolhido para ser mãe, eu não era ninguém para rejeitar o dom. Com o apoio da tia Carla e da Cecília eu chamei o Lucas em casa e contei a ele o que estava acontecendo. De imediato ele começou a chorar muito, depois me abraçou forte e me disse que cuidaríamos juntos dessa criança, que eu ficaria bem, e que ele não iria me abandonar, como havia dito a minha mãe. Fomos na doutora Patrícia e eu expliquei a situação para ela, ela me fez compreender que eu estava tendo uma gravidez de alto risco, mas eu estava disposta a ir até o fim, para dar o filho ao Lucas, tanto eu quanto ele, já tinha-mos sonhado com este momento, e sonhávamos com este filho muito, e eu daria isto a ele, e mais uma vez pesava o fato, que aquela poderia ser a primeira e a última chance que eu teria para ser mãe. A minha mãe ficou sabendo da gravidez e foi para a cidade, ela começou a transformar a minha vida em um inferno, ia para a porta da escola, dizia palavras de baixo calão, profetizava coisas horríveis e sempre dizia que eu morreria sozinha que ele não ficaria comigo. A minha irmã passou a ir para a cidade também, e enquanto eu ficava na escola, ela passou a sondar o Lucas. Ela foi até o trabalho dele, e começou a descaradamente dar em cima dele, e ao que parecia ele começou a ceder as vontades dela. Ela o chamava para ir com ela para um lugar para que pudessem ficar sozinhos, mas ele dizia que marcaria mas que não poderia ser naquela hora, ele sempre dava a entender que caia na provocação dela, e ela ficava feliz e dizia a minha mãe, que logo, logo ela iria o pegar de mim. O Lucas era era muito bonito, e talvez por isto ela me invejava, ela sempre teve de tudo, menos uma pessoa que a amasse de verdade, como o Lucas dizia me amar. Os meses foram passando e as visitas dela e da minha mãe ficaram mais frequentes, a minha mãe de longe, começou a filmar os encontros dos dois no trabalho dele, e sempre que ia dizer as asneiras dela, me dizia que em breve eu teria uma surpresa que ela jamais iria me permitir esquecer, e que eu conheceria o verdadeiro Lucas, e o quanto ele me amava. Eu comecei a ficar preocupada com aquilo, por mais que eu tentasse não conseguia guardar, comecei a complicar a gravidez e o tumor, e a médica me aconselhou conversar com meu namorado. O Lucas chegou em casa para jantar, e eu o chamei em um canto. Enquanto a Cecília fazia a janta, sentamos no sofá e passamos a conversar, disse tudo a ele que precisava dizer e ele retirou do bolso um DVD e colocou na TV. Ali, eu assisti a todas as armações da minha irmã, desde quando ela foi o provocar pela primeira vez, ele também gravou tudo, escondeu para se defender na hora certa. Eu agora sabia que eu poderia confiar nele, mas o pedi para que não falasse mais com ela. No dia seguinte, ele deu o maior fora nela e isto a deixou revoltada. A minha irmã foi para a minha casa e quando eu cheguei ela me pegou pelos cabelos e começou a gritar um monte de coisas, parecia que estava louca, me deferiu diversos tapas sobre o rosto me jogou no chão, e disse que mataria meu bebê. O Lucas chegou na hora certa e a tirou de perto de mim, a Cecília também chegou e enquanto o Lucas me levava para o hospital, a Cecília e ela discutiam esperando a chegada da polícia que o Lucas já havia chamado. A minha irmã foi presa e o Lucas registrou a queixa e a minha mãe alegou que ele tinha tentado seduzir a minha irmã, mostrou ao delegado as filmagens que ela tinha feito, e o Lucas mostrou o que ele havia gravado o que complicou ainda mais a situação da querida filha da minha mãe. No hospital eu tive que ser operada as pressas, e meu filho veio a nascer. Era um lindo menino no entanto havia nascido com um problema devido ao meu nervosismo sofrido e as pancadas que a minha barriga recebeu. Meu filho havia nascido com um problema visual, e agora por culpa da minha irmã, ele não enxergava de nem um dos olhinhos. O Lucas decidiu processar a minha mãe e a minha irmã, e também marcou ainda comigo no hospital a data de nosso casamento. Ele chegou no quarto e pegou nosso filho, ele me disse que aquele seria um presente de DEus para nós, e que nós iríamos cuidar muito bem dele, ele seria nosso anjinho e nos ajudaria quando mais precisássemos. Eu sempre acreditei em tudo que o Lucas me disse, ele nunca tinha falhado antes, não seria agora que começaria a falhar. Ele trocou nossas alianças, retirou a de prata levou o padre no hospital para que abençoasse as de ouro, e ficamos noivos ali mesmo. Apesar de muitas dores de cabeça, eu ainda não poderia operar, mas o tumor estava causando uma hemorragia no cérebro e segundo a médica, eu teria que realizar mais uma vez uma arriscada cirurgia. Aos meus 16 anos, já havia sofrido tanto, que eu passei a deixar de acreditar na capacidade das pessoas amarem. No fim do ano, eu e o Lucas nos casamos e viajamos em lua de mel levando nosso pequeno junto. Passamos na praia de Copa Cabana, dias maravilhosos e no início do ano retornamos para casa. Fomos recebidos pela tia Carla e pela Cecília e a irmã dela, a Clara, que também sempre me ajudava em tudo, que era a minha outra prima que eu citei no começo da história. As famílias se uniram minha tia e primas, e a família do Lucas, apesar de não gostarem muito de mim, acabaram por aceitar nosso filho como ele veio ao mundo. Eles realizaram uma grande festa para nossa chegada, e foi muito bom. A minha irmã ficou sabendo de tudo que tinha acontecido e ela não iria descansar enquanto não acabasse comigo. A minha mãe contratou uns caras que sequestraram o meu filho e retiraram a minha irmã da cadeia. Ela me ligou e me disse que ela mataria meu bebê, eu desesperei liguei para o Lucas e desmaiei novamente. Levada ao hospital a doutora Patrícia constatou que eu estava tendo perca de massa encefálica e as coisas começaram a se complicar ainda mais. Agora, eu lutava contra o tempo para sobreviver, embora os médicos desacreditassem nisso, e enquanto isto, minha irmã estava em algum lugar, pronta a assassinar friamente o meu filho. Continua