Jéssica Lara: Quem me despertou um amor de pai: Será que seria possível amarmos uma pessoa como se fosse parte de nossa família, como se fosse uma filha, mesmo sem ter uma, sem conhecer como seria este tipo de amor, e mesmo sendo tão jovem e a filha em questão ter quase a idade de quem seria o seu pai? A Jéssica me mostrou que sim, isto é possível. Conheci a Jéssica quando ainda estava na oitava série, e logo nos tornamos amigos. Ela sempre gostava de me ditar a lição e de conversar bastante. No início parecia uma aluna tímida, mas depois foi se revelando uma menina bem alegre e descontraída. Ao mesmo tempo que ela ia se libertando da timidez, ganhava a turma da bagunça da sala e isto acabava sendo divertido e legal. Apesar de não fazer parte da bagunça e de conversar apenas com os professores e com poucas pessoas que me cercavam em classe, eu sempre admirava e queria entender, o que os alunos da turma da bagunça viam de tão divertido em bagunçar, um mistério que eu nunca desvendei. Logo a Jéssica e a Aline na época uma das melhores amigas dela, se aproximaram ainda mais de mim e nos tornamos íntimos elas trocavam confidências comigo e respectivamente. Logo eu que sempre fui uma pessoa que ama escrever e mudar nomes de pessoas que eu conheço de acordo com a forma delas serem, e agirem, acabei por renomear a Jéssica e a partir daquele dia, para mim, ela seria para sempre a Lara, minha filha. A história de filha começou com uma brincadeira que eu fiz com ela e com a Aline, onde as duas eram as minhas bebês, logo começaram a brincar me chamando de pai, e passamos a levar isto ao pé da letra. Quando a Jéssica começou a namorar, o namorado antes de falar com o pai dela, falou comigo para pedir e foi divertido aquilo. Logo o que começou como uma brincadeira foi ganhando força, e a Lara, já não me chamava de outra forma a não ser de pai. Com o passar do tempo mesmo mudando de sala e ganhando novos amigos, ela nunca me esqueceu e para sempre que nos encontrávamos dentro ou fora da escola ela me chamava sempre dessa forma carinhosa e aos poucos eu fui percebendo que o carinho que eu sentia por ela realmente já era como o de um pai poderia sentir pela filha. A vontade de aconselhar, proteger contra os tropeços da vida, os alertas e claro, todas as broncas merecidas e as vezes sem merecimento eu dava, e com isto ela foi se destacando ao longo do tempo de todos os anos em que teve presente em minha vida diariamente no meu convívio escolar. Ainda hoje fora da escola, nas poucas vezes que nos vemos, ou quando nos falamos por meio da internet, ainda sou tratado de seu pai, e a trato como se fosse minha filha, e esta experiência maravilhosa me fez entender um pouco mais de como poderia ser um pai de verdade, e aumentou ainda mais o meu sonho de ter um filho/filha um dia. Não apenas por uma brincadeira que se tornou tão importante depois, mais por diversos motivos, a Jéssica/Lara não poderia ser deixada de citar neste link, e eu não poderia deixar de agradecer e nem de homenagear com este texto, aquela que não só é destaque de minha vida, mas que me fez aprender a amar alguém, como um pai pode amar uma filha, me mostrando que nem sempre os laços de sangue podem falar ou fazer um efeito tão grande, quanto fazem os laços unidos pelo coração. Kalel Airis. Site Onnekalel RG.