Kles: Capítulo 1: O Início. Era mais uma dentre tantas noites chuvosas na pequena ilha de Capool, local pequeno e perdido em meio ao continente americano, onde vigorava uma política parlamentarista, onde a figura do presidente apesar de existir, era mais uma forma de ilustração, pois quem tomava conta do país, era mesmo seu primeiro ministro, Tonerh Kles. Tonerh cresceu em Capool mas nasceu nos Estados Unidos, acabou descobrindo a ilha por acaso, quando se formou em medicina e foi viajar com a turma da faculdade, desde então, gostou do lugar que quando chegou ali, cerca de 21 anos atrás, era completamente esquecido e abandonado, sem um líder fixo, havia falta de comida, de emprego e muitas outras coisas, e ao conhecer a rotina daqueles que ali moravam, cerca de 70000 pessoas, ele decidiu mudar isto. Trouxe seu pai um rico empresário chamado Alvo Kles para Capool, ali, com o dinheiro do pai, ele criou hospitais, clinicas para exames e começou a ministrar saúde de qualidade na população, convenceu a todos, que deveriam ali existir eleições e por isto ao pregar as formas de eleições fora escolhida pelo povo, a parlamentarista, onde existia um presidente eleito pelo povo, e um primeiro ministro, eleito pela câmara parlamentar. O pai de Tonerh foi o primeiro presidente da ilha, e seu irmão, Adolf Kles, o primeiro ministro por 10 anos, e durante todo este tempo, Tonerh que trabalhava sempre na melhoria da saúde publica que ali era muito boa, conheceu Naya e se apaixonou por ela, tendo com a mesma 2 filhos, Felipe e Gabriel, Felipe o mais velho, que hoje tem 21 anos, e Gabriel com 19. A cerca de 5 anos, Tonerh se tornou primeiro ministro de Capool, e investiu pesado no país, com acordos realizados com o Brasil e principalmente com Estados Unidos e Inglaterra, conseguiu levar 6 universidades ao país, e construiu outras 25 escolas desde a educação básica ao colegial, 4 novos hospitais, e agora a população da ilha de Capool chega aos 130000 habitantes e este número ainda vai crescer mais. No país, existem muitos laboratórios medicinais o que gera muitos empregos nessa área, e hoje o presidente do país, é Wesley Fontes, nascido na Espanha mas criado em Capool. Tudo parecia ir de uma forma perfeita, porém vamos agora voltar um pouco no tempo, mais precisamente naquela noite chuvosa inicial, de 8 anos atrás, onde Felipe e sua mãe faziam um passeio, enquanto o pai estaria ocupado demais com as coisas do ministério, bem neste dia um grave acidente aconteceu, Felipe e Naya foram arrastados pela correnteza da chuva forte e Felipe foi encontrado 12 dias depois desacordado e muito fraco, Naya jamais apareceu e foi dada como morta, aquela noite mudou para sempre a vida de todos, principalmente a de Felipe Kles que está em estado de coma desde então, e só não sofreu eutanásia ainda, pois seu avô ainda vivo, porém muito doente, não permite desligarem seus aparelhos, para ele, um dia o neto ainda acordará, porém o primeiro ministro Tonerh Kles, espera apenas o pai falecer, para em fim acabar com o que ele chama de sofrimento do filho, realizando sua eutanásia. Agora voltamos aos dias atuais, em que Felipe deveria estar completando 21 anos de idade, e 8 anos que está em coma. O avô visita o neto no hospital como faz pelo menos 3 vezes na semana mesmo estando muito debilitado, as enfermeiras, observam o carinho que Alvo tem para com o neto, muito maior que o próprio pai tem para com ele, o pai que não vai o ver, já fazem 3 anos, pois para ele, o filho já morreu, e ele prepara Gabriel para assumir seu lugar no ministério, pois na próxima eleição ele pretende se tornar o presidente. Enquanto isto, um grupo de pessoas em uma escola da ilha está fazendo um trabalho, a professora observa que todos na classe escrevem, sorrindo contentes, mas existe uma menina, que está no canto, sozinha, e ela se aproxima dela. "Minha querida, por que não está com seus colegas realizando a atividade?" "Professora, não estou porque não fui convidada para nem um grupo, não me aceitam assim, como sou." Ela é Emily uma jovem de 15 anos, que porta deficiência visual e que leva uma vida difícil, pois ali ainda existe muito o preconceito e as pessoas não aceitam muito bem, nem um tipo de deficiente na sociedade, o governo, construiu uma escola para deficientes, com o número de vagas limitados, e esta já está cheia, e para estudar lá, Emily deveria esperar em uma lista junto com outras pessoas uma vaga, até lá, deveria aguentar a escola publica comum. A professora entende o que acontece, e felizmente ela é uma das poucas pessoas sensatas que existe por ali, se senta ao lado da aluna, e lê para ela o texto que seus colegas estão lendo, depois faz a ela as perguntas que os companheiros de classe respondem, e a pede para fazer uma redação em Braille, o sistema utilizado por deficientes visuais para escreverem. A professora recolhe as provas no fim da aula, e envia a de Emily para ser transcrita pela secretaria de educação da ilha, daqui a 3 dias, ela voltaria pronta escrita a caneta, para a professora poder corrigir, e assim os dias iam se passando e era esta a vida que Emily e tantos outros iam levando. Emily está parada na porta da escola, esperando a mãe a buscar, quando de repente alguém se aproxima dela, ela se assusta e então ele diz: "Não temas menininha linda, não quero te fazer mal, apenas estou vendo você aí triste, e gostaria de te ajudar, não faço nada, não entendo bem o porque, mas estou trancado em um lugar a vários anos, e as vezes saio para as ruas e vejo as pessoas, mas elas parecem não me notar." Emily eleva sua cabeça para a direção de onde escuta a voz e diz: "Meu nome é Emily, e o seu?" "O meu é Kles, me chame sempre assim, eu gosto mais." "Certo Kles, e quantos anos tem? Eu tenho 15." "Acho que um pouco mais que você, estou meio perdido no tempo." "E o que faz?" "Observo as pessoas, todos os dias, procuro compreender o que a humanidade faz, e me assusto ao ver as proporções que este mundo está tomando. E você?" "Eu tento estudar aqui, mas não consigo, não me dão muita atenção, e dizem que não tem vaga na escola de deficientes pra mim, aqui, só uma professora me da aula, as outras me deixam de lado, e me dão 6 de média todo fechamento de mês, pra eu passar de ano." "Você parece inteligente Emily, não entendo por que te tratam assim! Essas pessoas não tem jeito mesmo!" "Sinceramente nem eu entendo nada." Nesse momento a mãe de Emily chega e ela precisa ir. "Filha vamos?" "Sim mãe vamos, mas antes de irmos, quero que conheça o Kles, ele ficou me fazendo companhia até a senhora chegar." "Muito prazer Kles, meu nome é Sara, sou mãe da Emily." "O prazer é todo meu senhora, agora preciso ir, nos vemos em breve Emily, até logo." "Até, nos vemos logo." Eles se vão, e Emily jamais se esquecerá daquele dia, que mudaria para todo o sempre sua vida. Mas o dia não iria parar por ali, algumas pessoas não estavam satisfeitas com o governo atual, por isto, realizavam uma onda de roubos, e assassinatos pelo país pequeno, a policia tentava prender o maior número de pessoas possível, mas eles sempre escapavam da prisão e isto era um problema muito grave de se resolver, tipicamente como no Brasil é hoje. Foi uma dessas fugas acontecidas neste dia, um bandido perigoso que já havia matado mais de 15 pessoas, escapou da cadeia, e foi em direção a mais um, sua intenção era matar a filha do chefe policial da ilha, Mariana, uma jovem e bela mulher de 19 anos, que vivia curtindo sua vida, fazia sua faculdade e nas horas vagas ia para as baladas com os amigos e com o namorado Carlos, que já estava junto com ela cerca de 2 anos. Mariana estava saindo de casa, quando o bandido se aproximou, ele a segurou por trás, e disse que a mataria, a pegou e a colocou dentro do carro, Kles observador como sempre, via a cena e seguia andando em uma velocidade incrível como se fosse uma bala, o carro que corria pelas ruas da ilha. O bandido levou Mariana para um local mais afastado, onde tinha um telefone publico, pegou ele e ligou para o pai de Mariana. "General Maken, sua linda filha está comigo, e eu irei a matar agora, depois vou cortar os pedacinhos dela, e te mandarei tudo em uma bandeja, e só queria que soubesse quem foi o autor do crime delicioso que vai acontecer agora." "Deixe minha filha em paz!" "Não! Você perdeu!" Neste instante, Kles decide não observar mais, pula diante do bandido que possue uma arma apontada para Mariana, ele tenta atirar em Kles mas ele desvia, e ele fica sem entender como isto é possível, depois Kles diz: "Acho que errou meu amigo, quem perdeu esta foi você." Kles o golpeia na cabeça e ele cai, o toma a arma e vai até Mariana. "Está bem mocinha?" "Sim, obrigada, muito obrigada, ele ia me matar." "Eu sei disso, sei que ele iria te matar." "Quem é você? como sabia que ele iria me matar? por que usa esta mascara?" "Quantas perguntas. Este pano nem sei bem porque uso, talvez para me proteger dos outros, para não verem quem sou eu, mas pode me chamar de Kles, e eu estarei sempre por perto se precisar, eu acompanhei vocês, vivo observando as pessoas a muito tempo, e ajudando sempre que possível." Ela mesmo sem entender muito, agradece mais uma vez, quando seu pai consegue a encontrar e chega no local, Kles se despede e desaparece, o pai dela pergunta o que houve, e ela explica, sem entender muito ele prende novamente o Homem desacordado, e assim, tudo começou, como termina, só Deus sabe. Continua...