Neurologia: Mistérios do cérebro: Isquemia cerebral: Como sobreviver: Helen Patrícia. Colaboração para Onnekalel RG. Kalel Airis. Da redação A isquemia cerebral é o rompimento de veias cerebrais e o derramamento de sangue dentro de qualquer parte do cérebro. Pode acontecer por diversas ocasiões e de duas formas, isquemia leve, e isquemia total. Na isquemia leve, o paciente sente fortes dores e pontadas seguidas por um derramamento de sangue interno no cérebro ocorrido por uma veia rompida em razão de muita pressão intracraniana. Nestes casos as vezes os pacientes nem sentem que estão passando por um momento delicado destes, porque nem sempre o paciente perde a consciência. Dependendo de onde a veia rompe, não é o motivo suficiente para causar o desmaio e por isto fica mais difícil diagnosticar a isquemia leve. Em alguns casos, as veias rompidas são veias cruciais para o funcionamento total do cérebro, nestes casos o paciente acaba por desmaiar um desmaio que pode levar de 10 segundos até mais de 1h, dependendo do tanto de sangue que está saindo da veia rompida e indo em direção ao cérebro impedindo a passagem de oxigênio. Embora seja mais difícil por ser leve, a isquemia cerebral leve também pode matar se não for cuidada da forma adequada. Esta isquemia costuma não dar apenas uma vez, ela começa aos poucos até se tornar uma isquemia forte, ou isquemia total. A isquemia total é quando falta por completo o oxigênio do cérebro. Nestes casos a pessoa pode morrer na hora ou entrar em coma, e é difícil escapar, quando escapa, tem graves sequelas como perca visual, perca de movimentos de pernas e braços, e perca total ou parcial da fala. Além disso esta isquemia costuma atingir uma parte do cérebro que é crucial na hora de pensar e reconhecer coisas, o que muitas das vezes faz com que o paciente fique incapaz de pensar ou se lembrar de qualquer coisa que aconteceu antes da isquemia. Infelizmente não existe um tratamento eficaz ainda para a isquemia total que possa dar 100% de chances de quem a tem escapar com vida. Quando existe esta isquemia, os médicos tem que tratar com medicamentos e em alguns casos mais urgentes em cirurgias para retirada de coágulos sanguíneos que podem surgir e também ser causas de isquemias. Nas isquemias leves, os derramamentos de sangue ocorrem por diversas ocasiões no entanto existe agora uma técnica chamada de neuroalicotonina criada nos Estados Unidos onde o paciente pode se livrar com facilidade da mesma através de uma cirurgia a lêiser. Nesta, uma agulha é introduzida no paciente sedado, depois um fio é passado sobre o pequeno buraco deixado pela agulha, em seguida um liquido é colocado na cabeça do paciente que depois se transforma em um material sólido estilo metal e que fica da forma de uma aliança. Após sua solidificação, o fio introduzido antes é ligado ao anel que começa a funcionar controlando a pressão intracraniana e dissolvendo todos os coágulos de sangue que vierem a se formar e evitando novos rompimentos de veias. Infelizmente esta é uma técnica que exige muita experiência e é cara, o que ainda não a faz ser utilizada por muitos neurologistas. Somente um neurocirurgião está qualificado para tratar de uma isquemia seja ela leve ou total. Sintomas da isquemia total: A isquemia total não dá avisos prévios que irá acontecer, simplesmente acontece. Uma forte pontada na cabeça seguida de um desmaio é o sintoma principal, ao acordar a pessoa também pode deixar de sentir partes do corpo, ou ficar com boca e lingua tortas tendo dificuldades ao falar. A isquemia total ocorre devido a outros problemas de saúde como diabetes, problemas cardíacos ou pulmonares e não precisa acontecer somente no cérebro. Uma isquemia seja leve ou total pode ocorrer no coração causando o conhecido infarto do ou no pulmão impedindo a pessoa de respirar dando parada respiratória e sendo letal. Sintomas da isquemia leve: Pessoas que passam por muitos momentos de stress, que são muito nervosas e não conseguem se controlar, estão propícias a este tipo de doença. Diabéticos, cardíacos e pessoas que possuem tumores cerebrais tem mais chances de terem isto. Acaso existir alguém com as três doenças juntas este deve procurar ao máximo não ter stress pois uma isquemia leve pode ser fatal cerca de 80% com mais chances de morte do que uma pessoa que simplesmente sofre uma isquemia ou tem uma das doenças. A pessoa pode suspeitar que está sofrendo isquemia e procurar um neurologista ou um hospital a partir do momento em que começar a ter dores constantes de cabeça, sentir como se algo estivesse vazando no cérebro, escutar dentro dos ouvidos algo caindo como água e sentir a cabeça queimar como se estivesse fervendo, sentir alterações na fonte, dores nos olhos, sangramentos por boca, nariz, olhos, ouvidos ou fortes dores sobre a face. Além disso, as pessoas também podem desmaiar após uma isquemia leve e isto deve ser levado em consideração na hora de ir ao médico. Quando o neurologista for procurado, a ele deve ser explicado tudo, desde como começaram os sintomas até mesmo a rotina diária do paciente. Além disso é importante que o paciente leve anotado todos os medicamentos que toma, uma vez que alguns medicamentos podem auxiliar no ocasionamento de isquemias. Embora a neuroalicotonina seja uma técnica inovadora e promissora, ela não é 100% segura. Para ministrar ela em um paciente o médico precisa entender bem o que está fazendo, e o paciente não pode estar com nem um tipo de alteração em seu organismo, isto implica alteração cardíaca aumento no nível de glicose ou aumento na pressão ocular ou arterial. Se todos os pontos estiverem ok, existe a possibilidade de uma cirurgia tranquila e cheia de sucessos no entanto, é o neurologista quem deve indicar quando o melhor momento para fazer a mesma e não o paciente quem deve escolher fazer ou não, a neuroalicotonina não é uma opção mas uma última chance. Pacientes que realizam este tipo de cirurgia não sofrem mais com isquemias de qualquer tipo no local em que está implantado o anel mas não impede que ela se espalhe para outras áreas do cérebro depois da cirurgia uma série de medidas precisam ser feitas, e novas regras passam a vigorar em caráter decisivo na vida do paciente. Colaborou Salete Letermann. Neurocirurgiã psicoterapeuta especializada em oncologia.