Herói Autor Kalel. Esta história, mostrará a ficção, dentro de um mundo real, aqui vai descobrir, que nem tudo aquilo que é escrito na ficção, é criado, pois sempre existe um traço de verdade nas histórias fictícias, cabendo apenas a você leitor, interpretar o que é verdade, daquilo que não é. Bem vindo a história de um rapaz, destinado apenas a ser um Herói... Oriel é um jovem como muitos, porém diferente de tantos, ele sabe que possue uma missão, e agora, ele está prestes a fazer o necessário para a cumprir. Ele está na cadeia, visitando seu pai, que está preso, afim de pagar pelos crimes que ele cometera por ambição. Meu nome é Oriel Siberlink, sou filho do dono da SHG Corporation, a maior indústria farmacêutica de Londres. Cerca de 80% de toda a nossa produção, vai para o governo federal, que compra nossos produtos e os repassa aqueles que não tem condições de comprarem seus medicamentos, os outros 20% comercializamos, e assim conseguimos ao longo do tempo, nos tornar a maior empresa de fabricação de remédios da Inglaterra, tendo assim uma grande fortuna, que muitos estão de olho. Sou o mais novo, de uma família de mais 2 irmãos, um Homem o mais velho, Norton que nunca quis saber de nada com nada, não fez nem uma faculdade, e para terminar o colegial, foi obrigado por nossos pais, também tenho uma irmã, Lory, minha irmã do meio, que decidiu fazer faculdade, mas não de medicina como o papai queria, e sim de turismo e hotelaria, que apesar de contradizer a vontade de nosso pai, sempre foi uma das queridas da família, e que eu particularmente adoro demais, mais que o outro, que é um carrasco. Eu, sou o mais novo bem como disse antes, meu pai acho que nunca me deu muita atenção, nunca pensou que fosse chegar em algum lugar, e nem se deu ao luxo de se importar, quando passei no vestibular para fazer faculdade de jornalismo, porém, diferente dos meus irmãos, eu sempre me interessei pelos negócios da família, embora não tenha demonstrado nunca isso, sempre observei tudo de longe, aprendi a negociar sozinho, pois um dia, pretendo se meu pai permitir, conciliar o meu trabalho e a nossa empresa juntos em minha vida. Acredito que cada um de nós, está destinado a fazer algo de importante nessa vida, e com a total certeza já descobri minha missão, salvar vidas. Para fazer isto, farei o que for necessário, escondendo do mundo, um grande segredo que não posso revelar a ninguém, tendo apenas duas pessoas em minha vida, conhecedoras do mesmo. Eu sigo minha vida, me preparando para tudo aquilo que preciso fazer, em meu quarto, tenho um laboratório secreto, onde crio medicamentos que um dia, levarei a indústria de meu pai. Lá, me fecho ao mundo, e me preparo para cumprir bem, com aquilo que preciso fazer, quando chegar a hora certa, hora que está prestes a chegar. Para me adaptar com tudo que preciso, decidi praticar uma grande paixão, o atletismo que gostei desde pequeno, e que só agora tive a oportunidade de praticar. Diariamente, durante uma hora todas as manhãs eu vou até a pista de atletismo da cidade, e lá, que minha vida começará a mudar, e que eu verei que finalmente estou pronto. Os problemas começam, o governo de uma hora para outra, decidiu deixar de comprar medicamentos de meu pai, embora ele não diga o verdadeiro motivo, sei bem que algo aconteceu, me empenharei ao máximo para descobrir o que ele fez, para impedir isto, agora eu não quero e nem preciso de muito, não desejo nem um reconhecimento, apenas quero fazer o certo, e ajudar na melhoria do mundo em que eu vivo, pois ao contrário de muitos, vejo muito além do que o lindo mundinho que o luxo poderia me fazer ver, eu sou apenas mais um dentre tantos no mundo, destinado a ser um Herói. Era manhã em Londres, eu havia saído de casa e estava na pista de atletismo, em nossa equipe, temos 6 membros, 2 que não gostam de mim, 2 que converso pouco, e eu e o meu melhor amigo, Cristofer, a quem considero como um irmão. Aquele dia, eu e o Cristofer, estávamos prontos para corrermos, quando vimos algo que me chamou muito a atenção. Nosso técnico chegou para nós, e nos disse que precisávamos sermos pouco mais rápidos no treino, pois o pessoal da equipe do PPDV(Pessoa Portadora De Deficiência Visual), iam utilizarem a pista para treinarem também após nossos treinos a partir daquele dia. Foi rápido, eles chegavam as sete e meia da manhã, esperavam por meia hora, até nosso treino acabar, naquele dia, eu pude perceber, que o técnico deles, estava me observando com seu auxiliar, ele me olhava e comentava, me mostrava para os deficientes de baixa visão, que enxergavam um pouco, não conseguia escutar o que dizia por estar correndo, mas conseguia ler algumas palavras em linguagem labial deles. De repente, algo aconteceu, senti dentro de mim, que eu estava pronto, me tornaria ali, o Herói que busquei me tornar. Tudo parecia bem, dei meu tiro de 100m em 15s, todos meu olharam na equipe do PPD, aqueles que poderiam me ver, observavam tudo, de repente, o celular de uma das garotas do PPD tocou, me lembro que ela era bonita, tinha um jeito diferente de andar, falar, era encantador e enfeitiçador ao mesmo tempo, ela atendeu, logo vi nos olhos dela, as marcas do apavoramento, lagrimas desceram deles, e ela gritou. "Minha filha, está na escola, e a escola está pegando fogo! Preciso ir lá!" Logo ela saiu correndo e um dos Homens da equipe acompanhou ela, enquanto o resto do pessoal ficou lá, depois todo mundo saiu e foram para a vã, onde eles disseram que iam acompanhar a moça para a escolinha da filha dela. O motorista ligou a vã e se foi, eu fui atrás, testando o meu poder, o meu segredo, cheguei primeiro que eles, vi o prédio em chamas, os bombeiros dizendo que as crianças estavam em segurança, porém eles chegaram e a jovem mulher, não achou a filha, o prédio explodiu e não era possível entrar lá, foi constatado que a filha dela morreria, ela desesperou, chorou gritou, eu me aproximei de uma deficiente visual e disse: "A filha dela está lá?" "Sim!" "Acalme sua amiga, vou trazer a filha dela de volta." Ela não pôde ver o meu rosto, mas deu o recado a moça, de repente, os bombeiros viram um rastro entrando em meio as chamas, estava ali eu, buscando desesperadamente a menina de nome Karen, procurando ela até eu a encontrar. "Meu anjinho, me dê a mão, precisamos sair daqui." "Eu não posso, tenho medo, nem conheço você, mamãe disse pra não sair com estranhos." "Não sou estranho, estou com o rosto coberto, por causa do fogo, a mamãe me pediu pra te buscar, venha antes que morra aí por favor!" Lentamente ela me deu a mãozinha, eu a tomei nos braços e sai dali. Logo os bombeiros vieram com a maca, coloquei ela sob a mesma e a sua mãe veio correndo, mais rápido que uma bala, eu corri passando perto da menina de antes e dizendo: "Pronto, a filha de sua amiga está em segurança." Eu desapareci dali, a mãe da menininha emocionada viu a filha bem e salva, quis saber quem tinha praticado a ação, o bombeiro disse para ela, que não tinha sido nem um soldado, foi alguém misterioso que havia o feito, sei porque o Cristofer me disse depois, ele ficou lá até o fim de tudo, sabendo de meu segredo, ele não quis perder minha primeira atuação. Ainda naquele dia de noite, eu sai da faculdade e notei uma grande movimentação próximo a ponte perto de casa, pedi para o motorista parar e desci do carro, na ponte havia uma jovem mulher, linda por sinal, portadora do nome Cristina, ela dizia que iria se jogar dali, o jornal estava presente, já haviam feito algo para colocarem no jornal sobre o acidente da escola, agora teriam uma nova matéria. Sem pensar, os policiais viram quando algo parou pendurado ao lado de Cristina na ponte, estava ali eu novamente com o rosto coberto. "Se vai pular, vamos juntos, do contrário, posso te tirar daqui, te ajudar a superar isso tudo, basta querer." Ela me chamou de louco, eu estava por um fio dali, se ela se soltasse dali, cairíamos os dois. "Me salve então anjo!" Eu a tomei nos braços, saltamos juntos em direção ao chão, coloquei ela sobre a ambulância e ela foi levada para o hospital, voltei para casa e adormeci, com a sensação de dever feito, de missão cumprida. No outro dia, o jornal anunciava: "Herói misterioso, salva criança de incêndio e mulher de ponte, no centro de Londres." Ali, estava formado o primeiro passo, para em breve, todas as mudanças necessárias em minha vida. Os dias se passaram, conforme eu ia correndo o técnico do PPD, ia me observando, até que um dia, eu notei que o auxiliar dele havia faltado, ele colocou 2 dos 4 deficientes de baixa visão, para correrem como guias dos deficientes visuais totais, eu me aproximei e perguntei se ele gostaria que eu guiasse um no aquecimento, ele aceitou, peguei na mão de uma jovem moça, o nome era Mary, era bonita, porém tinha um jeito diferente de olhar as pessoas, como quem quisesse conquistar todas as atenções para ela, o treinador me olhava, enquanto eu corria o aquecimento de 2000m com ela, e a questionava sobre quem seria Carla, a mãe da menininha que eu salvei no outro dia. Eu terminei o aquecimento e fui embora, acho que a Mary deve ter comentado com a Carla que perguntei muito sobre ela, no outro dia, ela não parou de olhar em minha direção, fui guiar outra DV para o treinador, dessa vez, era a Natália, a mais bela delas, que causaria inveja até mesmo na mais bela de todas as modelos, linda mesmo, porém pouco mais nova que eu, talvez pra mim, nova demais. Para ela, também fiz perguntas sobre a Carla, e naquele dia, Karen estava lá, era ela a criança mais linda que eu já tinha visto na vida, queria muito a abraçar, mas não poderia. De repente algo aconteceu, a Carla se sentiu mal, caiu na pista, torceu o pé. Me aproximei dela, perguntei se estava tudo bem, ela respondeu que não, a Karen veio correndo e eu pedi para ela pegar a bolsa que eu tinha deixado sobre o banco, para olhar o pé da mãe dela, ela o fez, dentro da bolsa, tinha um anestésico, joguei o remédio sobre o pé da Carla, passei a mão pra o espalhar bem, disse ao treinador, para deixar ela fora do treino até se recuperar. Disse que se não passasse a dor, ela deveria ir ao médico, do contrário, eu olharia para ela no dia seguinte, ela balançou a cabeça como quem dissesse ok, eu tinha que ir embora, me despedi e saindo escutei quando a Karen falou: "Mamãe, ele foi o moço que me tirou do fogo no outro dia!" Não poderia ficar mais, logo eu sai correndo, meu celular tocou, Clarice, minha amiga, também conhecedora de meu segredo havia me ligado, em um assalto o marido dela que me odiava, havia sido baleado, estava mal, e agora ela precisava de mim, novamente eu iria ao encontro de meu destino, salvar mais uma vida. Cheguei no hospital, abracei a Clarice que chorava, a disse que ele se recuperaria e logo o médico chegou dizendo que ele havia acordado, felizmente o tiro acertou o braço de raspão e não foi nada grave, ela sorriu, e como ele não poderia me ver ali por causa dos ciúmes, eu fui embora, afinal tinha coisas para fazer. No caminho para casa, encontrei um motoqueiro correndo, ele fugia da polícia, não sabia o que estava acontecendo, mas parei diante a moto e o joguei no chão, a polícia disse ao jornal, que o Herói havia prendido um dos traficantes mais procurados de Londres, estaria eu agora, com sérios problemas, o resto da quadrilha iria me cassar, e talvez um dia me encontrassem. Era noite e eu fui até a casa de Cristina para a ver, desde que eu a salvei, todas as noites protegia o meu rosto e ia a ver, ela sempre me pedia para deixar ela ver o meu rosto, mas sempre dizia a ela que aquilo não seria possível e ela parecia entender. O dia se passou, novamente eu estava no treino, naquele dia a Carla não parou de me olhar, quando terminei de treinar, ela correu até mim, disse que estava bem do pé, mas que precisava falar comigo. "Minha filha me contou tudo que fez, que salvou ela no outro dia, é verdade?" "Opa, quem me dera, queria ter poder mas nem tenho tanto assim, ela deve ter se confundido querida." Tive que mentir, não poderia deixar o segredo vazar assim, para ser um Herói, uma das coisas que se tem que ter em mente é que não pode contar sua identidade pra ninguém, mais para a Karen eu tinha a salvo, ela dizia reconhecer pela voz e naquele dia até me deu um abraço, sorriu e brincou junto comigo, estava feliz e assim fui para casa, mal sabendo eu, que ainda naquele dia, mais precisamente naquela noite, conheceria eu, o grande amor da minha vida. A noite chegou, eu fui para a faculdade, e ao terminar a aula, estava eu a aguardar o motorista da família chegar, notei que alguém também esperava ali por perto, era uma moça que aparentava ser bem séria, e que não deixou de me olhar, enquanto eu estava ali parado, como quem quisesse falar comigo, mas tivesse vergonha para o fazer, de repente então, eu tomei a iniciativa e passei a falar com ela. "Qual é o seu nome?" "Meu nome é Lara, e o seu?" "Sou Oriel, muito prazer. Está esperando alguém? O namorado?" "Estou esperando minha prima me buscar, moramos uma do lado da outra, ela vem todos os dias mas está atrasada, não tenho namorado não." "A sim, entendi." Continuamos a conversar por mais algum tempo, parecia uma pessoa legal, muito amigável, mas foi quando eu vi a prima dela de nome Liah chegar, que senti algo jamais sentido antes. A moça parou o carro, a Lara se despediu de mim e entrou nele, troquei um olhar com a prima dela, logo disse um oi meio tímido, ela respondeu o oi, também com um pouquinho de vergonha, não precisou de muito, apenas de olhar para teu rosto, de escutar a tua voz, para me lembrar de algo que a tempos estava esquecido em meu coração, como seria amar outra vez. O meu motorista chegou, fui para casa, fingi que ia dormir como sempre, sai e fui para a casa da Cris, ao chegar lá, ela me esperava na porta, entrei e nos sentamos no sofá, ela me contou como havia sido o seu dia, um pouco complicado, estava com problemas, não só emocionais mas agora financeiros também, e logo precisaria desocupar o apartamento em que morava, pois o dono não iria alugar mais. Conversei com ela, como sempre, a pedi para ter calma, naquele dia fomos um pouco além, nos abraçamos e ali ficamos por dezenas de minutos abraçados, esquecendo do tempo de tudo aquilo que nos cercava, ela era incrível, uma pessoa especial que precisava de ajuda, eu amava estar com ela, e era alguém destinado a ajudar, por isto talvez, nos identificamos tanto um com o outro da forma que foi. Minha hora de ir chegou, beijei o rosto dela e fui para casa, adormeci e logo acordei para mais um dia de treino, na semana seguinte teria uma competição, a primeira competição em que eu participaria na vida e a adrenalina e a emoção estavam a flor da pele. Cheguei na pista, logo comecei a correr com os outros, naquele dia, algo estava diferente, eu não tinha deixado de pensar no olhar de Liah para mim, no oi que ela me deu, em tudo que eu queria falar com ela, mas que não tive a oportunidade. Naquele dia, iríamos correr entre si na equipe, cada um procurando fazer o seu melhor tempo em uma competição para o treino do dia da verdadeira, que seria contra diversas outras equipes da Inglaterra, ao ser dada a largada, Rafael saiu em minha frente, era ele um dos dois que não gostavam de mim, logo eu tratei de acelerar o passo, o alcancei e o ultrapassei, cheguei em primeiro em 16s, e percebi que o pessoal do PPDV já estavam ali, aguardando para treinarem, e me observando como sempre faziam. O meu treino terminou, observei então eles treinarem um pouco, a Carla estava lá, naquele dia parecia melhor que antes, sorria o tempo todo e a equipe dela fazia umas brincadeiras que eu não entendia bem o que significaria, a Karen também estava lá, ela veio ao meu encontro, nos abraçamos e conversamos um pouco, por mais que eu dissesse não, ela insistia em dizer que eu tinha a salvo, como dizem sempre, as crianças são as únicas pessoas que não mentem nunca, que sempre sabem ver a verdade por trás de qualquer tipo de olhar, e a Karen estava me mostrando isto. A equipe de Carla, foi para a pista depois de aquecerem, para treinarem os tiros de 50 e 100m, e eu observava, o técnico deles, se aproximou e perguntou se eu poderia guiar um, naquele dia o auxiliar estava lá, mais haviam 4 deficientes de baixa visão e 3 que não enxergavam nada, que eram deficientes visuais totais, daí, o pedido para o ajudar. Eu aceitei, deixei Karen no banco sentada, fui em direção a eles, o Bleid, treinador deles, me pediu para guiar a Natália novamente, assim o fiz. Quando se guia, o guia precisa ir ao ritmo que vai o deficiente, se rápido corre rápido, se devagar, tem que ir devagar, o único problema é que eu não sabia andar lentamente, então quem eu guiasse acabava por seguir um ritmo um pouco maior do que o que estava acostumado a fazer. Quando os treinos acabaram, deixei a Natália na borda da pista para alongar a musculatura, é preciso fazer isto antes e depois dos treinos, ou sentiremos muita dor depois, ao deixar ela lá, a Carla veio em minha direção, ela me perguntou se eu conhecia a associação de deficientes visuais que eles faziam parte, eu disse que não, na realidade, nunca tinha ido lá antes, nem sabia que existia isto em Londres, tudo era novidade, nem sabia que deficientes de baixa visão corriam junto dos deficientes totais. Ela me convidou para fazer uma visita lá, e eu disse que iria aparecer qualquer dia, perguntei quando ela estaria lá, ela sorrindo disse que estava lá todos os dias, não gostava de ficar em casa, por isto passava a maior parte do tempo lá, eu disse que iria lá sim, de repente algo aconteceu, senti alguma coisa estranha, escutamos sirenes de polícia, estavam com pressa, indo em direção ao centro da cidade, imediatamente eu disse a Carla que eu precisava ir embora, estava atrasado para o médico, a vã deles chegou eles então se foram também, e eu corri em direção as sirenes, tal foi minha surpresa quando eu vi a vã deles parada no centro no tumulto do trânsito, ali, estava um banco sendo assaltado, os bandidos fugiam da polícia que atirava em meio as pessoas inocentes, na vã, eles estavam com medo e o motorista temia a segurança deles, novamente eu estava ali, e a Karen me viu, ela disse a mãe, que o Homem que a salvou estava ali, que ia a salvar novamente, o motorista da vã, disse que alguém estava com o rosto coberto, com certeza ele viu que eu como uma bala, estava passando entre os carros e indo em direção aos bandidos, desviando-me das balas que eles atiravam nos policiais e que os policiais atiravam neles, consegui chegar a eles, consegui tomar as armas e derrubar um a um, a polícia parou de atirar e apenas olhavam enquanto eu cometia tal ação, quando estavam no solo, os policiais os algemaram, mais uma vez, eu havia estragado os planos do Malta, o maior bandido de Londres, o chefe da quadrilha que estava agora mais que nunca, louco para me pegar. Os bandidos foram presos, eu desapareci dali, a população inglesa agora, começava a comentar que havia pelas ruas de Londres, um Herói a solta, esperando a hora certa de aparecer, para proteger vidas, ganhei fama mesmo sem querer, mas foi preciso pois junto com esta, veio o reconhecimento que eu tanto queria ter. Cheguei em casa, notei que minha mãe estava preocupada, perguntei o que havia acontecido e ela me disse, que o governo havia cortado definitivamente as compras da fabrica de meu pai, agora era a hora de entrar em ação, de descobrir o que estava errado por ali. Fui para a empresa, entrei lá e comecei a observar o dia dos funcionários, passei a observar o que meu pai estava fazendo, ele parecia não estar muito preocupado com o corte do governo, tinha no rosto uma expressão feliz, o que eu achei muito estranho. Ali, fiquei durante toda a tarde, mas ainda era cedo para descobrir algo, sai de lá e fui para casa, tomei meu banho e me fui para a faculdade. Lá, tive mais uma noite de aulas, aprendi a lição do dia, na saída, sai antes de Lara e a prima dela estava lá, esperando por ela. Passei pelo carro e disse oi outra vez, ela respondeu e logo eu voltei para trás, parei perto dela e comecei a conversar com ela, assim ficamos um pouco, até a Lara sair, quando isto ocorreu ela entrou no carro, me cumprimentou e logo se foram, e eu fiz a minha rotina de todos os dias, casa, depois casa da Cris. Naquele dia, a Cris estava triste, e para piorar, estava passando mal, peguei a bolsa que sempre carregava junto a mim, a abri e tirei um remédio, um remédio desenvolvido por mim, para aquele tipo de dor que ela estava sentindo, ela tomou o remédio, cerca de uma hora depois toda a dor havia sumido, fiquei feliz, deu um resultado bom em seu primeiro teste, deixei o vidro com ela, disse para o tomar sempre que doesse e que me dissesse depois, o que ocorrera. Deu minha hora, eu fui embora e mais um dia chegou. Era um sábado, sem treino, sem nada de bom para fazer, fiquei pela manhã em meu laboratório, depois decidi investigar mais um pouco o meu pai, invadi o sistema de computadores da empresa, comecei a mexer nos arquivos dele, nos e-mails e em tudo aquilo que pudesse me dar alguma resposta, não demorou muito e eu a encontrei. Eu encontrei trocas de mensagens entre meu pai e o Malta, muito estranho, mas Nero Siberlink, estava negociando com o maior bandido do país, talvez fosse esse o motivo que o governo quisesse tirar nossas medicações de seu mercado, mas o que eu não entendia era o que Malta comprava do meu pai, porque um bandido queria comprar medicação. Mais afundo, descobri que meu pai estava desenvolvendo uma nova medicação, uma que o governo não estava gostando muito, foi testada mas não teve resultados, ao em vez de curar doenças como o prometido, ela aniquilava vidas, era uma injeção, que uma vez aplicada, matava na mesma hora aquele em que ela fosse aplicada. Daí então, tudo fez sentido, mais um pouco e eu compreendi tudo. Havia se espalhando pelo interior da Inglaterra, uma doença transmitida de uma pessoa a outra, que provocava a morte no prazo de 2 meses, após sua contaminação, essa doença ninguém sabe de onde veio, ao menos não ainda, mas era transmitida pelo ar, da pequena cidade de Warilez, e meu pai a pedido do governo, tinha de desenvolver algum tipo de medicação que pudesse acabar com essa doença, só que o que ele fez, foi essa injeção que ao em vez de acabar com a doença, matava mais rápido o seu portador, ele começou a vender este medicamento para o Malta, que ofereceu a ele mais dinheiro que o governo, ao em vez de tentar desenvolver outra coisa, meu pai fez mais injeções pra vender para o mercado negro, para matar vidas inocentes, e dezenas de pessoas já tinham perdido suas vidas, em função disso, o que o governo já estava sabendo, eles iam prender meu pai a qualquer momento, mas tiraram a compra de medicamentos dele, primeiro porque já não confiavam mais em seus produtos, segundo porque ele estava cometendo um crime. Eu fiquei chocado com tudo que descobri, mas se tratando de pessoas, de seres humanos, eu não deveria me surpreender, é assim que eles sempre fazem, vão para o lado que mais os beneficiam, não importando o que se tenha que fazer para obterem este benefício. O dia terminou, eu fui para a casa da Cris, dessa vez eu era quem não conseguia esconder minha tristeza e ela acabou por perceber, perguntou por diversas vezes o que eu tinha, mas não poderia contar a ela, o jeito foi depois que eu sai de lá, ir atrás da Clarice, era ela a única pessoa em quem eu poderia confiar agora naquele momento tão complicado. Eu fui a casa dela, mas ela não estava, então pelo caminho, encontrei Laura, era ela uma das pessoas mais maravilhosas que eu conheci na vida, desde que eu era pequeno, Laura cuidava de mim, me ensinava a enfrentar meus medos, me dava conselhos de como prosseguir quando eu não sabia o que fazer, tomando sorvete, eu e Laura ficamos até tarde da noite conversando, depois ela me acompanhou até minha casa, me aliviando sobre tudo aquilo que eu havia descoberto, meu dever agora, seria o de limpar a imagem da SHG Corporation, e eu iria fazer isto a qualquer preço, mesmo que para isso, meu pai tivesse que pagar pelos crimes que estava a cometer. Entrei para o quarto e adormeci, no domingo, pensei em tudo aquilo que Laura havia me dito, liguei para a Clarice e pelo telefone eu a contei o que estava acontecendo, mal sabia eu, que estava colocando nossas vidas em perigo. Ela me convidou para almoçar na casa dela, mas eu não quis ir, talvez não fosse bom eu ver o marido dela, eu sabia que ele me odiava e não queria causar problemas, ela então ligou para o Cristofer, contou para ele que eu precisava de ajuda e logo ele chegou em casa, eu contei a ele o que estava acontecendo, e seria ele depois, o único que poderia nos ajudar. O pai do Cristofer, era o segundo chefe da empresa de meu pai, por isto fomos amigos desde pequenos, porém, ele nem sonhava o que meu pai estava fazendo, mal sabia ele o verdadeiro motivo que o governo havia cancelado as compras de nossos medicamentos. Eu então, fui a casa dele, conversei com ele algum tempo, mas não o disse nada, de repente o marido da Cla me ligou, desesperado ele me disse que haviam entrado na casa dele e que haviam roubado a Clarice, eu assustei, na hora pensei que motivos alguém teria para fazer isto, depois fui para minha casa, ao chegar lá, notei uma movimentação estranha, havia uma vã na porta, o segurança da portaria estava caído no chão, todo ensanguentado, ele me dizia pra fugir, outros seguranças estavam tentando impedir que Homens fortemente armados entrassem lá em casa, era mais uma vez, a hora do Herói entrar em ação. A polícia chegou em casa, a troca de tiros começou e eu mais uma vez apareci, os bandidos tentaram escapar, dois deles conseguiram, vendo que tudo parecia bem, eu me escondi na vã e fui atrás deles, afim de os prender, eles ligaram para o Malta, disseram que deu errado, que o maldito Herói e que a polícia haviam chegado, que não conseguiram raptar Oriel Siberlink, que agora era perigoso, pois se ele dissesse algo a polícia, eles ligariam as coisas, percebi que o telefone da minha casa estava grampeado, que a Clarice foi raptada para ser silenciada por tudo que eu disse a ela, e que o próximo da lista seria eu, mas eu não poderia deixar a Cla assim, era minha melhor amiga, e eu precisava dela bem, tinha que a salvar. Segui eles até onde esconderam a Cla, escutei quando o Malta deu ordens para que eles a matassem, ela estava assustada e eles gritavam querendo saber, onde estaria Oriel, ela nunca dizia, um deles pegou a arma, eu apareci, o outro ficou louco com raiva, com medo, ligou para o Malta, gritando disse que o Herói estava ali, joguei o celular para o chão, o deixei desmaiado, tomei a chave da vã nas mãos, a dei para Clarice fugir, o outro bandido mais esperto, retirou algo do bolso, uma seringa, a aplicou em meu braço não fui rápido o bastante para escapar daquilo. "Vai morrer agora, seu verme!" Gritou ele após me injetar aquilo. A Clarice não acreditou, pra ser sincero nem eu, mas ele me injetou a injeção criada pelo meu pai, e seria eu, a maior vitima do que ele não quis parar de criar por ambição. O bandido fugiu, eu disse pra Clarice ir embora, entrei na vã e ela foi, fomos para a casa dela, me despedi dela, sai correndo, ela estava desesperada, ambos sabíamos que eu agora iria morrer, seria uma questão de horas, mas para mim, sobreviver aquilo, era uma questão de honra. Voltei para o laboratório, precisei invadir a fabrica e pegar uma amostra da injeção, em casa, buscando desesperadamente alguma combinação medicinal, que pudesse me curar, me salvar da morte, ou ao menos retardar o efeito daquilo, porém, era impossível, não encontrava nada, e aos poucos, fui perdendo as forças, sai do laboratório e deitei em minha cama, minha mãe sabia que eu não estava em casa, quando a tragédia toda aconteceu, meu pai sabia que eu já sabia a verdade, ele entrou no quarto, não pôde me dizer nada, minha mãe estava com ele, e ambos me viram na cama, quase já sem forças, minha irmã entrou lá, se assustou com o que viu, perguntou o que estava acontecendo, eu disse que não estava bem, minha mãe chamou o médico, que disse não saber o que acontecera comigo, fui levado ao hospital, onde fiquei internado. A Clarice foi me visitar, o Cristofer também, agora era hora, de muitas verdades serem ditas, o pai de Cristofer tinha que saber a verdade, talvez fosse esta a única forma de me salvar, quem diria, eu destinado a salvar vidas, agora tendo que depender da medicina para salvar a minha própria. O Malta ficou sabendo que eu estava mal, com certeza pela minha condição, meu pai sabia que haviam me injetado a bendita injeção, ele tentou brigar com o Malta, que disse a ele que nunca me encontraram, que a última pessoa que a injeção foi aplicada, foi no bendito ser, que os jornais ingleses chamavam de Herói, e aí, mesmo sem acreditar, ele ligou as coisas, agora ele e meu pai, conheciam minha verdadeira identidade, mas ainda não sabiam o verdadeiro segredo, quem eu realmente era. Naquele dia, eu rezei muito, pedi a Deus, para que me salvasse, a Laura veio me ver, estava tranquila, calma, me pedindo para manter minha calma, me dizendo que quando fosse a hora, nada poderia evitar, que minha missão era a de proteger e isto eu faria, estando vivo ou morto, eu a faria de qualquer maneira. Ela ficou ali um pouco mais, notando o meu desespero, depois foi embora chorando, vendo que alguma coisa precisaria ser feito, ou todos os cuidados que ela dedicou a mim ao longo dos últimos anos, teriam sido todos em vão. Eu já não aguentava mais a dor, era insuportável, mal conseguia respirar, logo fiquei inconsciente, e os médicos tiveram de me colocar pra respirar por aparelhos. A verdade precisava ser dita, Clarice e Cristofer foram a casa dele, lá, encontraram o pai dele, eles conversaram e contaram para ele o que aconteceu, ele então, não acreditou, o Cristofer disse a ele, que haviam me injetado a injeção letal, ele foi ao hospital me ver, não acreditou quando comprovou a verdade, foi ao laboratório da fabrica, pegou uma amostra da injeção, aplicou em um cachorro que achou perdido na rua, o cão morreu meia hora depois, eu era o paciente que mais estava durando, após ter sido injetada em minhas veias aquela medicação, não sabiam o porque, mas eu sabia. Ele não acreditou naquilo, foi ao hospital, gritou com meu pai, com um outro cão, com outra seringa cheia, perguntou o que significava aquilo, injetou a medicação e a mesma coisa aconteceu, o cão morreu e minha mãe olhou assustada, meu pai tentou fingir que não entendia e ele gritou, que isto foi o que eles desenvolveram para curarem as pessoas contaminadas de Warilez, e que havia sido injetado em mim, daí o motivo, para eu estar daquele jeito, minha irmã, não acreditou naquilo, meu irmão sorriu como quem gostasse da situação, minha mãe desesperou e meu pai, gritou dizendo que seu sócio estava louco, que isto não matava e que nunca foi injetado isto em mim, então o senhor Kenedy retirou uma amostra de meu sangue, mandou o hospital analisar, encontraram fragmentos da medicação em meu sangue, minha mãe, gritava com meu pai, dizia que ele me matou, embora não encontrassem respostas, para como eu fui infectado com aquilo, ela não entendia como me aplicaram aquilo. O senhor Kenedy, chamou os melhores cientistas da fabrica, afim de encontrarem um remédio que cortasse os efeitos daquele, porém parecia impossível, tinham que correr contra o tempo e tempo, era um luxo que eu não tinha agora. A segunda chegou, não apareci no treino, o Cristofer foi, e disse que eu estava doente, a Carla escutou, foi falar com ele querendo saber o que eu tinha, ele mentiu dizendo que não sabia mais que eu estava internado em um hospital, ela perguntou em qual e ele disse, quando o treino acabou, lá se foi ela com a Karen afim de me ver. Ao chegar no hospital, se deparou com Cristofer, ele teve que a levar até onde estava minha família, a apresentou e parece que não gostaram muito dela não, de repente eu estava no quarto desacordado, e vi quando alguém entrou, era a Liah, que trabalhava no hospital, ela era médica e fora me ver, quando entrou, não acreditou em quem estava ali, chorou, se aproximou de mim, e me tocou o rosto, disse que queria ter poderes, para poder me tirar daquela situação, a palavra do ser humano, tem muito mais poder que possa se imaginar, eu consegui respirar normalmente, embora ainda estivesse com dor, abri os olhos, mal poderia falar, mas insisti. "Você aqui?" "Sim, eu sou médica, trabalho aqui Siberlink. Mais, jamais pensei que fosse te ver aqui, não pensava que fosse filho de Nero Siberlink." "Acredite Liah, eu juro que queria não ser filho dele." "Não diga isto, por favor, tem uma boa família, tem boa posição social, tudo que muitos não tem." "Não tenho o mais importante, carinho, atenção, motivação para seguir meus ideais, estar aqui, é uma grande prova, de que meu pai não se importa com ninguém, além do dinheiro que ele possue." "Por que fala essas coisas Senhor Siberlink?" "Primeiro, para ti, sou Oriel, não senhor Siberlink, depois, porque se estou aqui quase morrendo, é por pura e exclusiva culpa dele." Ela se assustou, não entendia nada, pegou em minha mão e me pediu para descansar, era ela uma médica recém formada, pouco mais velha que eu, porém linda, dava para ver que tinha um coração de ouro, embora estivesse machucado por um outro amor. Segurando a mão dela, eu adormeci, depois a Lory entrou no quarto, viu a cena e logo saiu, voltou lá fora, disse a Carla que a médica estava comigo, que não poderia entrar naquele momento, logo ela saiu e a Lory deixou a Carla ir, a Karen porém, teve que ficar do lado de fora com minha família, esperando a mãe. A Carla não acreditou quando me viu naquele estado, ela chorou, depois descobriria ou ficaria em dúvidas, se aquilo foi verdadeiro ou apenas um teatro, mas na hora, parecia bem real. Ela saiu, deu o celular dela para a minha irmã, pediu para que ela a ligasse pra informar sobre mim, tomou a Karen nos braços e se foi, mais um dia se passou, a noite chegou e naquele dia, talvez eu não pudesse ir ver a Cris, não tinha como avisar, era ela minha missão, cuidar para que se recuperasse da depressão, eu não poderia deixar de ir lá, algo fantástico ocorreu. Consegui enquanto Herói, sair, fui até a casa dela, estava com o rosto coberto, toquei na porta ela abriu, a TV estava ligada, era o jornal anunciando o que havia acontecido com Oriel Siberlink, em uma tentativa de invasão, ele havia sido contaminado com algum tipo de vírus, desenvolvido pelo próprio pai, e vendido ao bandido mais procurado de toda a Inglaterra, diziam que eu estava em coma quase morto, e que a SHG Corporation, estava desesperadamente buscando formas para me restabelecer, mas que até o momento, não tinham nada em concreto, a Cris, prestou atenção na notícia, depois passamos a conversar, fiquei lá o necessário e logo voltei ao hospital, sem compreender, como sai de lá, e retornei estranho, mas estar em vários lugares ao mesmo tempo, fazia também parte de meus poderes, de meu grande segredo que vai além, da aceitação da humanidade. A Liah estava do meu lado, novamente abri os olhos, ela disse que tinha ido se despedir, havia acabado o plantão e ela tinha que buscar a prima na faculdade, eu a beijei a mão, ela se foi, e eu pedi para que voltasse no outro dia. Os cientistas trabalhavam, mas não encontravam a minha cura, enquanto isto, o governo decretava a prisão de meu pai, ele estava sendo preso, enquanto eu aguardava meu salvamento que nunca chegava. O Malta sabia, que as coisas começavam a se complicar, mesmo assim, ele não deixou de agir, agora ele queria usar a injeção para cometer um grande crime, assassinar o primeiro ministro inglês, seu próprio pai. De acordo com a hora escolhida por ele, o bandido que me aplicou a injeção de nome Maier, entrou escondido na casa do ministro, foi ao seu quarto, abriu a porta e ali estava ele, Maier disse a ele, que o filho lhe mandara um presente, retirou a seringa do bolso, o segurou e a colocou próximo a sua veia do pescoço, logo a seringa caiu e se quebrou, olhando para trás, ele viu o Herói, intacto como se nada estivesse acontecendo, olhou para mim e disse: "Como! Eu o matei! Impossível!" "Não matou, ao menos não ainda, pode ter me ferido de tal forma, que o único meio de chegar a você seja da forma que eu estou agora, meu destino é impedir que pessoas como você, cometam mais atrocidades como a que fez comigo." Ele tirou outra seringa do bolso, mas, não pôde me aplicar ela, o pai do Malta, me olhava, enquanto eu tomava a seringa dele, e injetava ela nele mesmo. "Louco, vai me matar agora!" O efeito nele foi rápido, enquanto o ministro chamou a segurança, Maier morreu, vitima de seu próprio armamento, Malta perdia ali, seu maior colaborador, e sua raiva por mim aumentava, quando o jornal anunciava que o Herói havia salvo o primeiro ministro da morte. O ministro me agradeceu, mas não poderia ficar ali por muito tempo, aceitei os agradecimentos e prometi que logo nos encontraríamos novamente, sai e retornei ao meu corpo no hospital. Era outro dia, agora terça, a dois dias eu lutava pela vida bravamente, correndo contra o tempo em busca de minha cura milagrosa, que nunca aparecia para mim, a Liah chegou para o trabalho, foi me ver, conversamos por um bom tempo, nos tornamos amigos, e naquele dia, nos tornaríamos mais próximos, a medida que o tempo fosse passando. Com meu pai preso, Kenedy assumiu a presidência da SHG Corporation, revisando todos os contratos da empresa, ele cancelou a produção da injeção letal e destruiu todos os seus estoques, depois ele ordenou que os contratos feitos com Malta fossem desfeitos e assim aconteceu, o governo não quis refazer o contrato com nossa empresa, perderam a confiança em nós, e agora, seria uma questão de tempo, até a SHG, deixar de existir. Todos buscavam entender, como eu estava sobrevivendo aquilo tudo, explico que eu estava suportando toda aquela dor apenas por 3 motivos, o primeiro, que eu precisava recuperar o prestigio de nossa empresa, faria o governo confiar em nós, e elevaria o nome da SHG, para cima outra vez, o segundo, eu precisava ver e falar com a Liah novamente, tinha que ver sua beleza outra vez, e o terceiro, eu ainda tinha a Cristina para salvar da depressão, não poderia partir, enquanto ela não estivesse totalmente curada. Daí então, os motivos para lutar bravamente por minha vida, e por isto, eu seguiria em frente, custe o que custasse. Era tarde de terça, a Liah veio me ver novamente, ela estava com uma expressão de apavorada no rosto, eu não conseguia abrir os olhos para falar com ela, me apavorei com aquilo também, pedia pelo amor de Deus, que alguém tivesse piedade de mim, e que Deus me permitisse abrir os olhos e acordar outra vez, a Liah ficou ali durante alguns minutos, parada imóvel, depois me disse que eu iria me recuperar, saiu do quarto chorando e em seguida a Laura chegou. "O meu anjo, está muito mal, mais eu sei de sua vontade de viver, Deus também conhece ela, e acredite, vai proporcionar a você isto, precisa ter um pouco de paciência." Ela se foi, e eu fiquei pensando naquilo que escutei, enquanto meu pai estava na cadeia, sendo julgado por nossa família, pela atrocidade que ele cometeu, e agora pensando também, em tudo aquilo que ele havia feito afim de ter mais lucros, e que no fim, estava por gerar a morte de um de seus filhos. Ainda no hospital, a Carla procurou o Norton, ela queria conversar com ele em particular, ela o perguntou se era verdade a história da injeção letal e ele confirmou, ela se interessou, perguntou a ele, quanto lhe custaria arranjar para ela uma dosagem da medicação, o Norton assim como meu pai, sempre foi ambicioso, e a Carla foi sempre muito bonita e enfeitiçadora, ela conseguiu fazer ele prometer que ia levar a medicação pra ela, ele foi na fabrica, perguntou aos cientistas, com a desculpa que um dos médicos queria a medicação para mandar para estudos para fora de Londres, ele conseguiu com que o criador da injeção letal, fizesse uma amostra exclusiva para ele, ainda naquela noite, ele entregou aquilo para a Carla, em troca, ganhou muito dinheiro, mais acho que o que ele mais gostou de receber, foi o beijo que ela havia o prometido. Ainda não sabia para que a Carla ia querer aquilo, mais em breve não só eu, mais o mundo todo saberia. Eu precisava ir até a Cris, e assim eu fiz, ao chegar lá, ela percebeu minha tristeza, mais uma vez, tentou conversar comigo, saber o que estava acontecendo, eu disse a ela, que logo não poderia mais a visitar e ela começou a chorar, estava decidido, embora arriscado, a Cris seria a terceira pessoa a conhecer o meu segredo. Eu retirei a mascara que cobria meu rosto, ela se assustou quando viu quem eu realmente era, não entendia como eu estava lá com ela, se a TV dizia que eu estava em coma no hospital, foi aí que sentei com ela no sofá, a expliquei tudo, contei a ela minha origem, o que estava fazendo neste mundo, e ela parece ter entendido bem, e me prometeu guardar segredo sobre isto. O dia chegou e eu precisava ir embora, assim eu o fiz, para minha surpresa, a Cris foi ao hospital me ver, chegou lá, dizendo ser uma amiga de faculdade, minha mãe deixou ela entrar no quarto, quando me viu, ela começou a chorar, tocou em meu rosto e chorou muito, vendo que eu estava a ajudando, mais que ela não tinha como me retribuir. Ao contrário do que ela pensava, ela me ajudou e muito, a presença dela ali, foi muito importante e me deu força pra seguir em frente lutando, em busca de minha cura. Antes de ficar como ficou, a Cris era estudante de medicina, o sonho dela era ser uma médica de sucesso, e mal sabia ela, que isto seria possível. Conversando com a Lory depois, ela acabou por se tornar amiga dela, logo a Lory foi em casa trocar de roupa e aproveitou pra deixar a Cris na casa dela, passando pela nossa antes, a Cris desceu do carro e ficou esperando minha irmã na sala, quando teve a certeza de que minha irmã estava no banho, ela subiu as escadas e rumou para um dos quartos da casa, deve ter ido pelo perfume, foi direto no meu. Ela entrou e notou meu notebook em cima da cama, olhou ele e minhas anotações que ali estavam, sobre minhas experiências falhadas para a injeção letal, ela esperta, percebeu a parede falsa, estava sem a senha de acesso, ela conseguiu abrir e ficou maravilhada com tudo que viu, com meus equipamentos. Ela encontrou lá, uma amostra da injeção que eu tinha deixado na seringa, pois eu ia testar ela em outra medicação mais não tive forças. A Cris, leu isto no notebook, procurou até encontrar a combinação que eu queria fazer, agora, ela tinha um remédio injetável, mais ela precisava o testar, embora não tivesse tempo para isto. De repente, minha irmã saiu do banho, foi a sala e não a encontrou, saiu pela casa a procurando e entrou no meu quarto, viu a parede aberta, se assustou e chegou próxima e entrou na sala secreta. "O que significa isto tudo? De quem é isto?" A Cris assustada respondeu. "Do seu irmão, não sabia que ele escondia tudo isto aqui?" "Não." A Cris, a fez prometer que guardaria segredo sobre aquilo, afinal, se eu não disse a ninguém, é porque não queria que ninguém ficasse sabendo de lá, ela só descobriu porque foi procurar sabe-se lá Deus o que. Elas saíram e a Cris fechou a parede falsa, deixaram o quarto e ao em vez de ir para casa, a Cris quis voltar ao hospital. Elas voltaram, a Cris enquanto a Lory falava com a mamãe, foi em meu quarto, quando entrou se deparou com a Liah lá outra vez, me fazendo a primeira visita do dia. "Quem é você?" "Sou Cristina, amiga dele, e você?" "Sou a doutora Liah, estou acompanhando o caso, embora não seja a médica oficial dele." As duas conversaram, a Cris tentou esconder a seringa, mais a Liah acabou por ver e perguntar o que seria aquilo, desconfiada, ela gritou com a Cris, e pegou a mesma nas mãos, com medo de que aquilo fosse outra injeção, ela tentou injetar na Cris, que a empurrou dizendo que aquilo era o que poderia curar a mim, e que só havia aquela amostra, que se a aplicasse nela, não teria como fazer outra. A Liah suspeitou ainda mais, decidiu guardar a seringa e disse que levaria para ser analisada, a Cris preocupada que não desce tempo tentou argumentar, mais a Liah saiu do quarto rápido demais, e nem deu tempo de ouvir tudo. "O meu Herói, eu tentei, mais ela não quis acreditar em mim, sempre assim, as pessoas não acreditam em mim, só você acreditou, me escutou quando precisei, e agora eu não posso o retribuir." A Liah estava indo levar a seringa, quando a Laura a parou. "Doutora Liah, sabe se a medicação foi aplicada em Oriel Siberlink?" "Qual medicação, quem é você?" "Eu sou Laura, uma cientista da SHG Corporation, pedi para que Cristina trouxesse uma medicação aqui, para ser aplicada em Oriel, isto e só isto, é a cura para o vírus que ele contraiu." A Liah se arrependeu de não ter acreditado em Cristina, logo voltou para trás, e a Laura desapareceu. "Me desculpe por não ter acreditado em você, a Laura me disse que te mandou trazer isto para aplicarmos nele." A Cris não entendeu nada, mas aceitou o pedido de desculpas da médica, que logo foi me aplicando a medicação, que de imediato não surtiu nem um efeito. A doutora Liah saiu do quarto, foi procurar minha irmã, a Cris triste porque pensou ter falhado também se foi, logo depois a Laura voltou, enquanto a Liah perguntava a minha irmã, quem era Laura, e minha irmã respondeu a ela dizendo não saber quem era, não conhecer ninguém com este nome, Liah então se assusta e volta para o quarto correndo, a Laura ainda está ali e me diz: "Pronto anjo, agora pode acordar, o teste chegou ao fim." Ela está lá e a Liah abre a porta, a Laura desaparece diante os olhos da Liah que não entende como aquilo foi possível, ela se aproxima de mim, me vê ainda mal e chora, se pergunta que tinha feito comigo, de repente, minha cor volta, meus sinais vitais se normalizam e depois de 3 dias, eu abro os olhos para a vida outra vez. "Liah, sobrevivi, apenas para ver este rosto lindo outra vez." Ela chorou de emoção, mais ainda chorou a Cris em casa, quando a TV anunciava, que milagrosamente eu havia saído do coma, era eu o único sobrevivente do vírus implantado pela injeção letal, para desespero de Malta. Eu fiquei tão bem, que na quarta a noite, me deram alta do hospital, fui para casa e na quinta, começariam as competições, eu tinha que estar bem, para ir lá. Eu liguei para a Cris, disse que não poderia a ver naquele dia pela noite, ela me entendeu e logo desligou o telefone, a Lory me contou que sabia sobre o laboratório, e eu descobri a ação que a Cris praticou, conseguindo fazer, aquilo que nem um grande cientista e que nem eu consegui, talvez porque fosse o destino dela me salvar, fosse ela a minha cura esperada. Foi chegado o dia da competição, na hora certa todos os atletas estavam lá, tanto os convencionais quanto os deficientes visuais. Primeiro, foi a vez da equipe do PPDV competir, primeiro os meninos foram, dois de baixa visão, que conseguiram medalha de prata nas categorias em que participaram, depois o Bleid, guiou um DV que conseguiu prata também, e o auxiliar dele, guiou a Natália, enquanto o Bleid guiou a menina que eu falei no outro dia, quando salvei a Karen do incêndio. A disputa ficou entre as duas mesmo, mas a Natália acabou ficando em segundo lugar, o incentivo do Bleid contou mais na hora certa. Agora eram as meninas de baixa visão, a Carla e a Mary, a Mary correria com guia, e até o momento a Carla sem, pois ela não tinha nos treinos, se dado bem com o ritmo do auxiliar. Eu observei tudo perto do pessoal mais ainda ninguém tinha me notado ali, apenas o Cristofer tinha me visto, mais ele pensou que eu estivesse lá, apenas para ver. A corrida ia começar, e logo eu corri pra perto da Carla, ela assustou mais eu disse a ela, que eu ia a guiar, com a autorização do Bleid, fomos ver o que ia dar. A corrida começou, saímos da largada em 6o lugar, e a Mary o tempo todo em primeiro, eram 100m, e faltavam 10 para o fim, eu disse a Carla, que estava na hora de acelerar, não sei se ela entendeu bem o meu recado, mais ao em vez de eu correr no ritmo dela, a segurei firme, e sai em disparada como sempre fazia, mais rápido que uma bala, voamos baixo na pista, passamos o Bleid e a Mary pra surpresa de todos, e ficamos com o primeiro lugar, em 14s. O Bleid não acreditou, e não teve outra alternativa, a não ser talvez nos parabenizar, pela brilhante corrida. A Prova deles acabou, Londres tinha conseguido medalhas em todas as categorias para deficientes visuais, e agora era a nossa vez, me senti meio tonto, mais mesmo assim, eu decidi competir, não havia saído do coma, pra chegar ali e não entrar na pista. Haviam 13 competidores, da minha equipe, só eu e o Rafael, era perfeito aquilo, a prova dos 100m, eu ia disputar, perto de alguém que não gostava de mim, e que eu não gostava também, a corrida começou, logo escutei alguém gritando meu nome, olhei, vi a Cris ali, sentada, um pouco mais para frente, vi a Liah, quando passei por ela, ainda em 8o lugar, ela me gritou, dizendo pra não desistir, o Rafael estava em 2o, e pra mim, seria inadmissível o deixar ganhar. Disparei, usei de todas as minhas forças, ultrapassei ele, estava em 2o nos 3m finais, de repente, senti uma forte pontada na cabeça, mais ainda não poderia desistir, outra vez, a Liah me gritou, a imagem do rosto dela se refletiu em meu rosto, retirei forças de onde não tinha e cruzei a linha de chegada em 1o lugar, com um tempo de 15s. Todos me aplaudiram, peguei a medalha dourada, coloquei direto no pescoço, pensei comigo, que queria meu pai ali vendo, afinal ele me criticou tanto, mais agora ele estava preso e não poderia me ver, a Liah foi a primeira que veio correndo me abraçar, um abraço longo e demorado, senti meu coração bater mais forte, peguei a medalha e coloquei no pescoço dela, afinal, ela me fez conquistar ela, depois nos beijamos, a tempos não trocava um beijo com alguém, e na última vez, não fora tão maravilhoso como foi agora. O evento chegou ao fim, minha mãe fez uma grande festa, o pessoal do PPDV foi para lá, e meus amigos também, a Liah estava presente, e eu fui falar com ela, conversamos um pouco e logo trocamos outro beijo lindo daquele, depois ela disse que precisava falar comigo, pois aquilo estava muito errado, não poderíamos ficar juntos. Conversamos, ela me explicou os motivos que a fizeram chegar a esta conclusão, ela me pediu para esquecer os beijos, e se foi, eu fiquei ali, sendo amparado pela Cris, e a todo tempo da festa, sendo paquerado pela Carla, que sempre comentava alguma coisa com a Natália. No final da festa, ela veio até mim, eu estava já com minha medalha de volta, e nós olhamos para as medalhas de ouro minha e dela, sorrimos, depois ela me agradeceu, me abraçou, doce, porém como quem quisesse me encantar, para dar um golpe letal depois. A festa chegou ao fim, todos se foram e eu fui refletir sobre tudo aquilo que aconteceu, no outro dia, tinha que fazer algo para levantar o prestigio da empresa da família que estava praticamente falida, me levantei, chamei a Cris, fomos a SHG, onde conseguimos fabricar uma grande quantidade do medicamento que me curou, fomos para o palácio do governo, lá, pedimos para falar com o ministro, mas ele não quis atender, o jeito foi me disfarçar novamente com minha identidade de Herói, invadir lá com a Cris e ir ao encontro dele. "Senhor, disse que nos veríamos novamente, e essa hora chegou!" "Você, o rapaz que me salvou da morte no outro dia." "Sim, hoje eu vim aqui, porque naquele dia o salvei, e queria lhe pedir algo agora, uma forma de me retribuir o favor, não costumo fazer isto, mais é necessário." "O que precisa." "Aqui, este é o remédio que cura o vírus que manteve Oriel Siberlink em coma, que matou centenas de pessoas em Warilez, fabrique ele na SHG Corporation, refaça os contratos com eles, só isto que eu peço." "Acho que não é simples assim, tem idéia do que Nero Siberlink fez, por acaso imagina o que ele fez?" "Sim, melhor que ninguém, eu sei o que aquelas pessoas passaram." Ali, estava na hora de alguém conhecer meu rosto, retirei mais uma vez o disfarce, ele se assustou. "Oriel Siberlink! Então é você o Herói!" Eu apenas o pedi, que não contasse isto a ninguém, pedi mais uma vez, seu voto de confiança e finalmente consegui. A SHG Corporation, se tornaria a empresa de fabricação de remédios mais invejada de toda a Inglaterra mais uma vez. Voltei para casa, o senhor Kenedy me esperava, ele dizia que Norton deveria se tornar o presidente da empresa em falta de meu pai, ambicioso ele claro, já tinha aceitado, porém eu tinha condições para fazer objeções e as fiz. "A empresa só terá o contrato com a Inglaterra, se o senhor for o presidente, se Norton entrar lá, não entregarei a forma de fazer a medicação que o governo precisa." Aquilo foi a morte pra família, me colocaram para fora da minha própria casa, minha mãe virou a cara comigo, apenas a Lory, parecia me compreender, enquanto Norton jurou me matar. Kenedy continuou a presidir a empresa e eu a fiz prosperar outra vez, conforme eu havia prometido, porém não havia me livrado das maldades, Norton me entregou para o Malta, e naquela noite, após sair da casa da Cris, em uma emboscada me pegaram, levaram-me até ele. "Finalmente o conheci, esperei muito por esse dia, Oriel." "Que quer?" "Sabe bem, atrapalhou todos os meus planos, matou agentes meus, enviou outros para a cadeia, simples, quero sua vida." "Então, faça logo o que tem que fazer." "Eu estou esperando um pouco, afinal, minha arma está chegando." Não acreditei quando a Carla entrou pela porta da casa dele, ela era uma das pessoas que trabalhava para ele, por isto precisava da injeção outra vez, para me matar. "Você!" Ela gritou quando me olhou. Sem ação, nós ficamos parados olhando um para o outro, enquanto ela pegava a seringa e entregava para o chefe, naquele momento, eu tive que contar a verdade, o que a filha dela sempre disse, e que eu sempre disse ser mentira, eu havia salvo a filha dela do fogo, mais aquilo seria o preço que eu pagaria pelas minhas ações. Algo aconteceu, Malta pegou a seringa mais ela se quebrou, todo o liquido dela se esparramou pelo solo e foi um trabalho perdido, ele tentou me atirar com a arma, mais eu estava intocável, o Herói agora, apareceria pela última vez. Consegui dominar os agentes dele, todos foram mortos, sobraram apenas ele e a Carla, depois eu o peguei, fiz questão de o mandar para a cadeia, quando a polícia chegou, ele foi preso para pagar por todos os seus crimes, e quando o policial foi prender a Carla eu disse: "espere, ela não, ela não faz parte disso, ela estava comigo e foi raptada e trazida para cá junto a mim." Acreditando em mim, os policiais a deixaram livre, mas ela não entendeu o porque. "Eu ia te entregar a morte, por que então me salvou?" "É o meu destino, salvar vidas Carla, não importa de quem seja, nem o que tenha feito no presente nem no passado, meu destino é este, e sempre estarei por perto, afim de o cumprir." Ela chorou emocionada e eu a deixei lá, ganhei o céu de Londres e me fui, afim de descansar em algum lugar, na casa de alguém que pudesse me acolher. Fui para a Cristina, onde passaria a noite, de onde jurei sair, afim de recuperar um dia, tudo aquilo que a ambição de Norton e os olhos da minha mãe, me tiraram, o carinho, o amor familiar, tudo aquilo que eu teria direito. O dia amanheceu, sai da casa da Cris, olhei mais uma vez, para tudo aquilo que poderia admirar em Londres, fui para o aeroporto, decidido a ir embora dali, mas logo voltei, fui ao hospital, ver Liah uma última vez. Cheguei lá, ela trabalhava mas me viu, pensou bem e veio em minha direção, perguntou o que eu queria ali, eu disse que tinha ido me despedir, que iria embora da Inglaterra, e que era muito provável, que eu não fosse voltar mais, os olhos dela se encheram de lagrimas, ela me abraçou tão forte como nunca, pediu para que eu ficasse em Londres, me disse que não queria me perder, não entendia o que ela queria dizer com tudo aquilo, se no outro dia ela disse que não queria ficar comigo, mas notei que algum grau de importância eu tinha na vida dela, e eu não poderia recusar aquele pedido, e além disso, ainda tinha que cuidar da Cris, realmente, ainda não era a hora de partir, disse que ficaria, a beijei a face e sai, retornei-me para a casa da Cris, ao chegar o Homem, dono de lá estava lá, o vi e conversei com ele, ele não tiraria ela de ´lá, comprei seu apartamento e o dei como presente para minha amiga Cristina, que tanto tinha me ajudado, e que eu tanto ajudei. O dia chegou ao fim, mais ainda havia uma coisa que eu precisava fazer, fui a cadeia, ver Nero Siberlink, visitar meu pai. "O que está fazendo aqui?" "Eu vim aqui te ver, ou também não quer me ver, pelo que fiz com Norton?" "Você, logo você, que eu sempre vi como um fracassado, só você venceu, veio me ver, se tornou alguém importante, ganhou um reconhecimento que tanto mereceu e que nunca soube te dar, por que isto filho? Afinal, quem é você?" "Quer mesmo saber quem sou eu Homem, então bem, vou te mostrar." "Meu nome é Oriel Siberlink, sou filho do dono da SHG Corporation, a maior indústria farmacêutica de Londres. Cerca de 80% de toda a nossa produção, vai para o governo federal, que compra nossos produtos e os repassa aqueles que não tem condições de comprarem seus medicamentos, os outros 20% comercializamos, e assim conseguimos ao longo do tempo, nos tornar a maior empresa de fabricação de remédios da Inglaterra, tendo assim uma grande fortuna, que muitos estão de olho. Sou o mais novo, de uma família de mais 2 irmãos, um Homem o mais velho, Norton que nunca quis saber de nada com nada, não fez nem uma faculdade, e para terminar o colegial, foi obrigado por nossos pais, também tenho uma irmã, Lory, minha irmã do meio, que decidiu fazer faculdade, mas não de medicina como o papai queria, e sim de turismo e hotelaria, que apesar de contradizer a vontade de nosso pai, sempre foi uma das queridas da família, e que eu particularmente adoro demais, mais que o outro, que é um carrasco. Eu, sou o mais novo bem como disse antes, meu pai acho que nunca me deu muita atenção, nunca pensou que fosse chegar em algum lugar, e nem se deu ao luxo de se importar, quando passei no vestibular para fazer faculdade de jornalismo, porém, diferente dos meus irmãos, eu sempre me interessei pelos negócios da família, embora não tenha demonstrado nunca isso, sempre observei tudo de longe, aprendi a negociar sozinho, pois um dia, pretendo se meu pai permitir, conciliar o meu trabalho e a nossa empresa juntos em minha vida. Acredito que cada um de nós, está destinado a fazer algo de importante nessa vida, e com a total certeza já descobri minha missão, salvar vidas. Agora eu não quero e nem preciso de muito, não desejo nem um reconhecimento, apenas quero fazer o certo, e ajudar na melhoria do mundo em que eu vivo, pois ao contrário de muitos, vejo muito além do que o lindo mundinho que o luxo poderia me fazer ver, eu sou apenas mais um dentre tantos no mundo, destinado a ser um Herói." As lagrimas caíram dos olhos de Nero, enquanto ele abraçava o filho após ouvir suas palavras, palavras que não saíam da boca de uma simples pessoa, mas sim da boca de Oriel Siberlink, O Herói... Fim Do Texto... Direitos Reservados. Proibido Repassar. Onnekalel RG.