Herói: In Perfect Harmony: Autor Kalel Airis. Esta é uma história fictícia, mas que no entanto, não deixa de ter seus traços de realidade, escondidos em sua linha de ficção, cabendo ao leitor o identificar. Oriel Siberlink é um rico Homem jovem, que ascendeu ao cargo de presidente de uma das maiores empresas de Londres, que convive agora com uma deficiência visual, e que mais uma vez, tem de provar ao mundo o tamanho de sua capacidade, que vai muito além da aceitação humana. Ele está presente neste mundo, e esconde um segredo que muitos querem desvendar, mas que para proteger o mesmo, o Herói está disposto a dar sua própria vida, libertando-se para não ser mais tocado por aquele que não deve se nomear. Agora, a vida de Oriel tem novas mudanças, e você é nosso convidado principal, para esta nova fase da vida deste protetor. Oriel está agora sobre a cama do hospital, para a surpresa de muitos, ele abre os olhos, toca no rosto de Liah, olha para Clarice, e responde sua pergunta, pronunciando as famosas palavras, que o fazem sempre se revelar a quem precisa ver esta revelação. "Meu nome é Oriel Siberlink, sou o presidente da SHG Corporation, a maior indústria de medicamentos de Londres. Cerca de 80% de toda a nossa produção, é vendida ao governo, que repassa os medicamentos aqueles que não tem condições financeiras para o comprar. Os outros 20% comercializamos, e com isto, nos tornamos a maior empresa de fabricação de remédios da Inglaterra, causando muita inveja, fazendo muitos quererem nossa fortuna, que agora está em minhas mãos. Eu sou o mais novo de uma família de mais dois irmãos, Norton, o mais velho, que sempre teve um distúrbio, que acabara por ter um trágico fim da forma que merecera, ele meu irmão mais velho. Lory, irmã do meio, que sempre foi boazinha, e fez de tudo para ajudar quem quer que fosse, e que me ajudou muito antes, e principalmente agora. Eu, como dito antes, o mais novo de todos, curso faculdade de jornalismo, amo o atletismo mas não posso o praticar. Tenho uma empresa para tomar conta, pessoas para ajudar e proteger, embora não saiba como fazer isto. Me adapto a uma nova condição, que recebi graças a um segredo que escondo do mundo, mas que tão logo será revelado. Não sou alguém muito diferente, apenas sou alguém, que sabe que está neste mundo, pois tem uma missão a cumprir, e estou disposto a fazer o necessário por isto. Aqui, sigo presente até o momento em que não for mais útil ao mundo, e vou por este tempo, indo além da aceitação humana, recebendo de alguns o título de anjo, de outros de guardião, mas para mim, sou apenas Oriel Siberlink, chamado e nomeado por alguém a mim muito especial, como sendo um simples Herói, que como tal, tem o fim próximo." "Depois de cair aos pés de Carla e observar os olhos dela cheios de lagrimas, eu fiquei desacordado, no entanto escutando tudo que acontecia no local. Deus vendo que seu anjo caíra agora, dispara sobre Londres uma violenta tempestade que rompe a noite, dando início ao dia. Aquela tempestade violenta, varre todos os seguidores dele que estavam presentes em Londres naquele momento, a TV anunciava a pior tempestade que o mundo já vira totalmente sem explicação alguma. Os bombeiros tiveram trabalho demais a fazer, e ao fim daquele dia, milhares de pessoas haviam sido resgatadas, outras tantas haviam morrido, e até o momento, nem um sinal de Oriel. A chuva se foi, e pela noite as buscas por sobreviventes do desastre continuaram, no entanto apenas no dia seguinte, a Clarice conseguiu chegar com os bombeiros até o parlamento inglês, onde encontraram Liah caída desmaiada sem nem um sinal de mim ou de Carla. Liah foi levada ao hospital onde acordou logo, e perguntou onde eu estaria, mas Clarice disse a ela, que gostaria de a fazer a mesma pergunta, pois não havia me encontrado em nem um lugar. A TV anuncia que Oriel Siberlink, presidente da SHG Corporation está desaparecido, e que ninguém tem nem uma informação sobre o mesmo, enquanto Clarice, Lory e Cristofer, não desistem e continuam a me procurar, embora não tenham sucesso algum. Os dias vão passando, Patrícia ainda está em coma, enquanto agora a Liah sai do hospital, se integrando ao grupo que tentavam me encontrar. Meus celulares não emitiam sinais, todas as imagens de segurança das câmeras do parlamento inglês foram danificadas pela tempestade, e nem havia em nem um canto do país, algum vestígio que pudesse dar conta de onde eu ou Carla estávamos. A Karen estava sobre os cuidados da mãe da Carla, que foi até a empresa pedir ao senhor Kenedy que pudesse ajudar a encontrar sua funcionária, e ele disse que todo o possível seria feito. Algumas pessoas ainda estavam desaparecidas, por isto exército, bombeiros, polícia, e as grandes empresas que possuíam grupos de segurança próprias como a nossa por exemplo, se uniam para realizar as buscas por toda a cidade e os arredores de Londres, no entanto 15 dias de buscas e nada sobre mim ou Carla havia sido encontrado. O tempo vai passando, e uma possível tese de que nós poderíamos ter sido varridos pela chuva e atirados no mar, começou a circular pelo país, embora uma hipótese muito remota, alguma coisa poderia ter que explicar o que acontecera e que até agora deixara todos sem entender absolutamente nada. Era um lugar estranho, diferente de tudo aquilo que eu poderia ter visto antes, eu confesso que nunca pensei não fosse talvez em meus sonhos, que eu estaria em algum lugar assim, no entanto eu estava agora. Depois de 16 dias desaparecido, finalmente e por um grande milagre, eu voltei a mim e acordei. Ainda muito machucado e ferido, me deparei com um local diferente cheio de árvores, muito verde muitos animais, e eu não tive dúvidas ao afirmar que estava em uma reserva, uma espécie de floresta, não sabendo porém, a localização exata daquele local. Me lembro que o lugar estava bem quentinho, eu estava coberto com grandes folhas como se alguém tivesse feito aquilo para que eu não sentisse frio, ao me levantar e olhar para os lados, me deparei com um casal de elefantes, que eu pude ver usando meus poderes, ainda vestido com a roupa de Herói. Este casal simpático de animais, cuidaram de mim desde quando cheguei ali, sem explicações, os elefantes apenas criaram uma espécie de cama, me cubriram com folhas para me protegerem do frio, e ficaram revezando para me vigiar, para nem um outro bicho me pegar, como se eu fosse filhote deles. Quando a elefante fêmea me viu de pé, logo estatelou um grande sorriso, e veio correndo ao meu encontro. Ela tentou e quis como quem quisesse me abraçar, e vendo o carinho do animal para comigo, e imaginando que talvez fosse morrer ali, eu retribui o abraço, e durante muito tempo acariciei ela, e depois o elefante macho, também se aproximou fazendo a mesma reverencia que a fêmea havia me feito, e eu retribuindo da mesma forma. Logo muitos bichos começaram a se aglomerar no local, e embora eu não entendesse nada daquilo, acreditava que eles conversavam em sua linguagem, e cada um destes, passaram a fazer reverencias a mim, e cada um deles, desde o mais manso ao mais feroz, deitou aos meus pés para que pudesse o acariciar. O tempo foi passando e quando a noite chegou, o casal de Elefantes trouxeram alguns bichos mortos, na sua grande maioria pequenos insetos que eu precisaria comer ou não sobreviveria, bem como também trouxeram algumas frutas para mim, que macacos retiraram das árvores e entregaram a eles. Eu com frio, peguei algumas madeiras, e encontrando um isqueiro que eu nem sabia porque estava carregando, mas eu o peguei, e ascendi o fogo, que me esquentaria pela noite. Os bichos foram embora, e só os elefantes ficaram ao meu lado observando o fogo que queimava as madeiras que eu havia arrancado de árvores já mortas e postado fogo, e quando viram que eu adormeci, novamente me jogaram as folhas para que me protegessem também, enquanto o elefante macho esperto e entendido, também colocava mais lenha na fogueira para que eu ficasse aquecido. Enquanto eu estava vivendo em perfeita harmonia com os bichos daquela reserva, em Londres as pessoas ainda comentavam meu desaparecimento e Liah sofria com saudades, e não deixava de chorar, e de querer me encontrar, embora todos já tivessem desistido, ela e a Cla, sempre eram firmes em afirmar que eu estava vivo em algum lugar, esperando para ser resgatado. As coisas iam acontecendo, os dias iam passando a minha possibilidade de sobrevivência ficava cada vez mais remota, no entanto eu estava cada vez mais harmonizado com os bichos daquela floresta e seguia em frente, agora sem chances de rever todos que um dia eu amei. Eu comecei a criar uma esperança de tentar sair de lá, e logo comecei a arrancar madeiras e guardar, os elefantes que sempre estavam por perto de mim, não entendiam bem o que aquilo significava, no entanto não deixavam de me seguir, e me ajudar a arrancar as madeiras sempre das árvores mortas, que ali eram inúmeras delas. Conheci toda a reserva, decorei os caminhos e andava de um lugar a outro em meio aos mais perigosos bichos, e era respeitado por todos, como se eu fosse o rei do local. Me lembro que um dia escutei barulho de água em um determinado ponto e quando dei por mim, notei que ali havia pedaço de mar, e que com certeza eu teria vindo por lá, me aproximei e para minha surpresa um corpo havia ali, e nada mais nada menos, de quem eu encontrei era a Carla. Eu a peguei nos braços e levei para onde agora era minha casa, ascendi o fogo, aqueci seu corpo que estava quase congelado, os elefantes buscaram plantas, das quais fiz alguns xás, para que ela bebesse na tentativa de acordar ela. Eu não compreendia como era o destino, ela querendo sempre me matar, e eu sempre destinado a a proteger. A patrícia apresentou um sinal significativo de melhora, e alguns dias depois, acordou do coma e pediu para ver Liah e Clarice. Elas foram a ver, e ela queria saber onde eu estava, a Liah queria a enganar dizendo que eu estava bem, mas a Cla a contou a verdade, e a Patrícia disse a elas que se ela estava viva, eu também estaria em algum lugar, disse que até o presente momento nós estávamos ligados e se um de nós viesse a morrer, o outro também morreria. A esperança tomou conta do coração delas, e novamente iniciaram as buscas por mim, por toda Londres, novamente sem sucesso algum. Naquela noite, Clarice, Liah, Cristofer e a Lory, estavam reunidos em meu apartamento como faziam por diversos dias após meu desaparecimento, e em algum instante a Lory resolveu ligar a TV, quando uma nota de um jornal dava conta, que um avião que saíra de Londres com destino ao Brasil, havia desaparecido. Os jornais informavam, que o avião deveria pousar cerca de 11h depois de decolar de Londres, mas em menos de 4h após sair de lá, a aeronave perdeu contato e desapareceu com cerca de 155 pessoas abordo. O tempo estava ruim, bem chuvoso e isto poderia ser a condição principal pelo acidente ter ocorrido, e no hospital agora no quarto, a Patrícia também via a notícia e ligava para a Cla. Ao atender o celular, a Patrícia disse a Cla, que eu estava vivo, e que eu seria a pessoa responsável por encontrar essas vitimas deste acidente, que muitos tentariam mas ninguém conseguiria, e que apenas eu seria capaz de as achar, pois eu estava onde elas estariam. Pouco tempo antes disso acontecer, notei que uma chuva começou, estávamos bem protegidos na floresta com as árvores altas, no entanto logo eu comecei a notar que algumas coisas caiam do céu, depois escutei uma explosão, e vi quando dezenas de corpos caíram na reserva. Imediatamente usando meus poderes, eu fui indo a direção que me aparecia a explosão e pelo caminho fui encontrando corpos e pessoas ainda machucadas. Agora mais uma vez, os elefantes se puseram a me auxiliar, e transportaram os feridos para junto da Carla conforme eu pedi. Muitas pessoas estavam mortas, no entanto eu conseguira encontrar cerca de 80 delas com vida, mais pedaços do avião, o que me fez compreender o que poderia ter acontecido. Eu encontrei a caixa preta dele, e notei que o transmissor ainda estava nela emitindo sinal, e vi ali a chance de poder retornar para casa. No dia seguinte, as pessoas feridas já estavam melhores e acordadas, ficavam impressionadas com a forma positiva como eu me dava com os animais, eles chegavam perto delas, no entanto sobre meus comandos e os comandos dos elefantes eles não atacavam a ninguém, e pareciam compreender o idioma que eu falava, embora eu não entendesse nada que estes animais conversassem entre si. A Carla abriu os olhos naquela manhã quente, e perguntou o que estava acontecendo, uma jovem disse a ela, que estavam em um avião que teve uma pane e explodiu no ar, eles caíram e foram encontrados por um Homem mascarado, que vivia em perfeita harmonia com os bichos, e que os levara para onde estavam naquele momento, e ela não acreditou quando me viu ali de pé, intacto como se nada tivesse acontecendo. Ela me perguntou por que eu havia a salvo, se ela mais uma vez estava disposta a me levar a morte, e eu não respondi, apenas disse que não havia acabado ainda, e que eu cai aos pés dela naquele dia, mas que tão breve, estaríamos nós frente a frente outra vez. Ela me disse que não, pois nós não iríamos mais combater, no entanto eu não dei mais atenção e fiquei olhando a caixa preta do avião. As buscas pelo avião começaram e os jornais de Londres anunciavam, que o transmissor da caixa preta do mesmo, poderia ter indicado sua queda, em uma reserva de difícil acesso na saída de Londres, quase já fora do continente europeu. Mesmo assim, a força aérea francesa, e a inglesa, estavam realizando as buscas pelo local, e a Clarice acompanhava sempre essas notícias, como quem a qualquer momento fosse suspeitar que eu fosse aparecer por ali, como disse a Patrícia. Os jornais anunciaram que corpos foram avistados por aeronaves, que agora seriam uma questão de tempo o resgate dos mesmos, e que a caixa preta ainda transmitia sinal e que possivelmente seria encontrada. Primeiro eles resgataram os 75 corpos que encontraram, e depois continuaram as buscas pela caixa preta do avião. Eu por minha vez com todos os outros, escutávamos os aviões e helicópteros sobrevoando o local, e sabíamos que seria uma questão de tempo até podermos ser localizados. Logo como previsto, não demorou muito e um avião nos avistou, e tão logo a notícia de sobreviventes do desastre pairou sobre Londres, enchendo os corações de Liah e Clarice de esperança. Elas embarcaram em uma aeronave de nossa empresa e foram a onde estavam concentradas as buscas, e a Carla ainda estava ferida precisando de ajuda, logo eu reconheci a nossa aeronave e eu disse a ela que a ajuda estava chegando. Os bichos faziam festa, como quem entendessem que estávamos felizes por voltarmos para casa, enquanto os dois elefantes sempre ficavam pelo canto tristes, como quem já sentisse minha falta. Eu fui a eles, mais uma vez os acariciei e logo a Cla me viu do céu de dentro do avião, e sorriu chorando emocionada ao mesmo tempo, dizendo a Liha que eu estava vivo e bem. O tempo virou, uma tempestade forte aconteceu, e os aviões tiveram que deixar a área, deixando para o dia seguinte o resgate das vitimas. No entanto o avião que a Liah e a Cla estavam não saiu a tempo e também caiu na área. No entanto com essa queda, eu acabei sendo atingido e na tentativa de as salvar, fui gravemente ferido, vindo a desmaiar tão logo. Consegui meu objetivo principal e ao amanhecer do dia seguinte, as 80 pessoas do voo foram resgatadas, depois a Liah e a Clarice também foram pegas junto a mim, e somente a Carla que se escondera, não fora levada. Os elefantes assistiam com lagrimas o meu resgate, para eles eram estranho eu sendo colocado dentro daquela coisa que sobrevoava o local, os pássaros naquele dia não cantaram, os bichos se silenciaram e ficaram próximos aos elefantes que tanto me ajudaram e me fizeram viver por 25 dias, em perfeita harmonia com a natureza. A Patrícia ficou sabendo do meu resgate, mas como eu estava ferido, ela também foi ficando fraca, e acabou voltando ao coma, e eu já sabia que estava na hora de a libertar da relação dialética de minha vida, onde um dependia do outro para sobreviver. Logo o avião chegou a Londres e fui levado ao hospital, a Cla e a Liah estavam bem, mas meu estado de saúde agora era grave, havia sido muito ferido pela queda do avião, e naquele dia, os jornais informavam que após 25 dias desaparecido, o Herói, Oriel Siberlink havia retornado gravemente ferido para casa, após salvar sobreviventes do voo e também suas amigas. Os médicos realizaram todo o possível na tentativa de me trazerem de volta, e 3 dias depois finalmente eu acordei, agora com uma nova condição de vida. Ao abrir os olhos, percebi que estava utilizando uma mascara, mas não conseguia me lembrar o por que. Devido a pancada muito forte, havia perdido a memória, e agora eu poderia estar em grande risco outra vez, enquanto a imprensa anunciava a recuperação de Siberlink. A Liah foi me ver, e notou que eu estava sem memória, ela chorou muito ao perceber que eu não me lembrava dela, no entanto mesmo não lembrando de seu rosto ou de sua voz, algo nela me parecia familiar, e enquanto a Lory que se dizia minha irmã cuidava muito bem de mim, eu só conseguia pensar em como seria o rosto da Liah a médica que tinha uma maravilhosa voz, e que minha irmã disse que eu amava. A Cla também foi me ver, e também não consegui me recordar dela, após alguns dias no hospital, o deixei e retornei ao meu apartamento, onde a Cla e a Lory, se empenhavam ao máximo em me fazer adaptar a nova vida, e enquanto a Liah, buscava desesperadamente encontrar algum meio de me curar. Ela estava louca de saudades, e mesmo que me visse duas vezes por dia, não podia me tocar, e isto para ela estava sendo horrível. Uma nova neurologista veio da França para trabalhar na cidade, e por um acaso do destino, acabou indo parar no hospital em que a Liah trabalhava. Apesar de ser uma ótima médica, Liah não era especialista em neurologia, apenas o Mateus era, e eles não conversavam mais, depois de tudo que aconteceu, e o Mateus até mudou de hospital, daí o motivo pelo qual a doutora Sofia conseguiu o emprego rápido. A liah conversou com a Sofia, e a contou meu caso, disse que era minha amiga, embora todos no hospital soubessem da paixão que ela tinha para comigo, bem como com a aproximação da Clarice junto a mim, o medo que ela tinha em me perder. A doutora Sofia concordou em me dar uma olhada, e a Liah pediu para que a Lory me levasse ao hospital. Lá fomos e ao chegarmos, a Sofia me tocou, me fazendo sentir algo diferente, como jamais eu havia sentido antes. Me lembrei primeiramente do rosto de Patrícia, e embora não fizesse nem um significado para mim, comecei a o desenhar em um pedaço de papel, enquanto a médica conversava comigo em uma seção de terapia. Ao retirar as mãos de meu rosto, as lembranças do rosto de Patrícia cessaram, e ela olhou fixamente a mim, e me disse que tinha a certeza de que um dia me encontraria. Depois ela contou a minha irmã, sobre o que eu tinha no cérebro, e tive que começar um tratamento imediato ou poderia morrer, pois a coisa estava se agravando. A Sofia guardou o desenho que eu fiz, e não o mostrou a ninguém, mas ao ir até o quarto onde Patrícia ainda estava em coma, ela pôde compreender o porque de tudo aquilo. Ao tocar a moça, Sofia fez com que Patrícia deixasse o coma novamente e acordasse pouco mais forte, e Sofia olhou ela e perguntou se ela se lembrava quem seria a pessoa que a tocara, e ela respondeu positivamente, e depois perguntou a ela, onde estaria o Herói. Sofia disse a ela que o Herói havia sido encontrado, no entanto estava sem memória, e tudo que ele se recordara quando fora tocado por ela, fora do rosto daquela que estaria presente para sempre em seu destino. As lagrimas caíram dos olhos da jovem mulher, que aos poucos foi se recuperando e ao terceiro dia de estar acordada, deixou o hospital voltando para casa, iniciando com a Sofia um tratamento para o nódulo que ela tinha no cérebro também. Em casa, fazendo da maneira correta o tratamento com a médica, eu não via melhora alguma, mas quando dormia, sempre via imagens estranhas, imagens que me relevavam a floresta, onde me encontrava com os elefantes que ficavam felizes ao me ver, e que ficavam tristes, quando eu ia embora, continuando assim minha relação de perfeita harmonia para com eles e todos os outros animais. Eu disse para Sofia, que eu me lembrava dos elefantes e sonhava com eles, que o sonho parecia real demais, e só então compreendi que meu sonho na verdade, era minha estadia espiritual junto aqueles animais, eu estava lá presente, mas em espírito e não em corpo, como da forma inicial. A Clarice começou a se aproximar de mim, e me dizer o quanto estava apaixonada, até que certa vez, estávamos sozinhos em casa e a Lory tinha ido buscar o pão do café da tarde, e ela me abraçou forte, me envolveu em teu corpo e me beijou loucamente, me deixando de uma forma, que eu nunca pensei que poderia ter sentido antes, embora já estivesse sentido isto mais forte. Depois do beijo conversamos, e quando a Lory chegou o assunto parou, ela então tomou café com agente e se foi, e eu notava na TV que uma empresa iria invadir uma reserva florestal para que pudesse extrair matéria prima, e o governo inglês havia liberado tal ação, devido ao alto valor que ganhariam. Ao ouvir a notícia, e sentir a imagem que passava na TV de tristeza, pude notar que a floresta que seria desmatada, seria aquela em que estavam os elefantes. Na hora, tive um momento de acesso, comecei a gritar, a chorar a me debater, e a minha irmã não compreendia nada, e não teve outra alternativa e ligou para a médica, que me internou no hospital, e me acalmou a base dos sedativos. Enquanto dormia, fui ao campo florestal, e encontrei-me com os bichos, que já pareciam saber o que estaria prestes a acontecer, ao tocar os elefantes, iniciamos uma comunicação pelo pensamento, contradizendo a tese de que os animais não pensam, e provando que eles pensam e tem sentimentos, mas que diferente do Homem, suas formas de expressarem tais ações são diferentes. Os elefantes me diziam que o local seria destruído, que os animais morreriam, e que eu que estava ali, em perfeita harmonia com os bichos, não poderia deixar que isso viesse a acontecer. Eu compreendi a mensagem, e sabia que os bichos dali, sabiam quem seria eu, e meu destino era agora, proteger aquele lugar. Enquanto a Lory e a Sofia conversavam, eu acordei e sai sozinho do hospital, ganhei o céu de Londres e fui rumo a justiça. Primeiramente consegui chegar a floresta, onde criei um campo de energia que estava protegendo a mesma, ao chegar, os animais me esperavam, e os elefantes sorriam, ao verem que eu compreendi a mensagem, e que havia voltado para junto deles. Ao perceber meu desaparecimento, Lory ficou desesperada, ligou para a Cla, para a empresa e colocou a segurança da SHG, toda atrás de mim. A Sofia não entendia o que estava acontecendo, mas já imaginaria, ao se recordar de tudo que eu disse a ela sobre os elefantes, quando viu no jornal o que aconteceria com o local. A Patrícia disse a Cla, que eu havia retornado a floresta, que eu iria proteger os animais, e que se procurassem por lá me encontrariam. A Cla por sua vez, então pegou um avião pequeno e rumou para lá, e sobrevoando o local qual não foi sua surpresa quando me viu ali. Naquele dia, as primeiras máquinas chegaram na floresta e o trabalho de desmatamento iria começar. A princípio eu assisti as primeiras árvores serem derrubadas, e assisti a tristeza no rosto dos animais que esperavam uma reação de minha parte. A Clarice desceu do avião e veio em direção a mim, ela me abraçou e disse que tinha ficado preocupada, e eu disse a ela, que eu havia ido proteger os meus amigos e ela sorrira para mim. Depois as máquinas começaram a arrancar tudo e de repente sai de perto da Cla e me coloquei frente a frente a eles, e disse que mais nada seria arrancado ali. A Clarice ligou para a Lory que não acreditou onde eu havia ido parar, que ao contar para a Sofia, então compreendeu mais parte dessa história. Eu olhei fixamente para os operadores das máquinas que insistiam em derrubar o local, e comecei a fazer com que todos sentissem uma dor insuportável como nunca haviam sentido antes, depois comecei a fazer com que as máquinas começassem a queimar sozinhas e assustados, eles assistiam a cena com a dor que os animais sentiam, se sua casa fosse destruída. A empresa tomou conhecimento do que estava acontecendo, e o jornal noticiava que o Herói estava de volta, agora protegendo a natureza, a vida dos animais, como o governo de Londres não fez. Cada um que tentasse chegar lá, era ferido por mim, e assim foi durante 3 meses. Durante este tempo, apenas a Sofia a Lory e a Clarice, chegavam até a mim, enquanto a Liah já sabendo dos acontecimentos, tinha a certeza que estava me perdendo para a Cla. Foi em uma noite bonita, que eu me aproximei da Clarice e começamos a conversar, e eu disse a ela que queria a pedir uma coisa. Ela logo prometeu me atender no que fosse, e eu pedi para que ela voltasse para Londres, que retomasse sua vida, que me deixasse ali. Expliquei que mesmo sem memória, não conseguia a amar, não conseguia tirar a voz da médica da minha cabeça, e mesmo sem memória o que conseguia me lembrar, era da minha paixão por Liah. Ela insistiu em ficar comigo, mas eu disse a ela que ela era muito legal, e que eu não gostaria de a fazer sofrer. Pedi para que ela fosse embora quando o dia chegasse, pois algo iria acontecer, mesmo sem saber o que era, eu já sabia que algo aconteceria. No dia seguinte, ela embarcou no avião e se foi, e eu estava ali, quebrando os vínculos que poderiam me prender junto a ela, embora ela estivesse saindo dali, com um segredo, ao qual ninguém poderia conhecer, e que nem mesmo eu conheceria. A Liah descobre o que aconteceu, e pede para que Sofia a leve para me ver na floresta, e então elas se vão, no entanto o governo inglês envia o exército para garantir os trabalhos do desmatamento do local, o ministro acreditava que o Herói, não iria combater com a polícia maior do país, e ele já havia dado ordens para que Sofia me retirasse de lá naquele dia. Elas chegaram e os Homens do governo também, com as armas nas mãos, eles começaram a atirar, quando eu novamente fui impedir os trabalhos que seriam feitos no local. A Liah ficou desesperada, e eu fiquei no meio do fogo cruzado, impedindo que as balas pudessem atingir os animais que tentavam me ajudar. De repente, minhas forças ficaram drenadas e eu só escutava a Sofia dizendo que eu tinha que sair dali, fui ficando pálido e ia cair no chão, quando algo me segurou, e uma voz no meu ouvido me disse, que eu não cairia aos seus pés, não desta vez. A Liah reconheceu a Carla, que agora estava ao meu lado, me ajudando a combater o exército inglês, e a expulsar de vez os destruidores daquele local, afinal ali não era o lugar deles. Os elefantes assistiam felizes, enquanto eu e a Carla em uma perfeita harmonia jamais vista, expulsávamos todos dali, e recuperávamos a paz no local. O jornal anunciava que o Herói e sua ajudante, haviam devolvido a harmonia aos animais, e a paz na floresta. O senhor Kenedy, conseguiu convencer o governo de que não seria uma boa ideia combaterem contra mim e contra a Carla, e o ministro suspendeu as ações, devolveu o dinheiro da empresa e a obrigou a deixar de explorar o lugar. A cabeça do Ser Humano é muito pequena, e infelizmente muitas coisas ruins precisaram acontecer, para que o ministro tomasse a atitude de preservar ao em vez de destruir, como todos na sua grande maioria, fazem em seu dia dia. Vendo que os animais estavam salvos, eu agora cai no solo fraco, e a médica me levou ao hospital, onde precisaria tomar soro para me recuperar. A Patrícia se encontrou com a Laura, que disse a ela, que a hora da profecia se cumprir estava perto, e que ninguém poderia evitar o que iria acontecer. A Carla retornou a Londres e foi rever a filha, e os elefantes agora estavam bem e salvos, me agradecendo em nosso encontro diário espiritualmente. Ao acordar no hospital, eu disse a Sofia que precisaria dormir novamente, e ela me disse que sim, me contou que naquele dia ela marcaria a operação que a Patrícia precisava fazer, e me disse também, que eu tinha que seguir minha vida, ao menos enquanto ainda estivesse com tempo. Eu então sai do hospital, fui descansar em casa, e logo no outro dia retornei a empresa sempre com o auxílio da Lory, para me dizer quem eram as pessoas. Além da empresa, eu também voltei para a pista de atletismo, embora estivesse ainda com problemas na visão, me integrei a equipe da pessoa com deficiência, e antes o guia da Carla, agora era um atleta do técnico dela, e ele acreditava muito em meu potencial, tanto que já me deixou ser convocado para disputar o campeonato que aconteceria em 15 dias. Durante 3h por dia, eu treinava firmemente e dava o meu melhor, embora não estivesse ainda, utilizando de todo o meu potencial. O nódulo presente em meu cérebro, começou a apresentar complicações, e a Sofia havia me dito que se continuasse dessa forma, precisaria me operar, uma arriscada operação que todos nós sabíamos que eu tinha que fazer, mas que não retornaria da mesma. Eu também voltei para a faculdade, onde me esforcei ao máximo e consegui recuperar minhas notas, e aos poucos mesmo sem memória, minha vida iria se adaptando como sempre, e eu ia vencendo mais este obstáculo. Eu finalmente me reencontrei com a Liah, a toquei, nos beijamos e morrendo de saudades, nos amamos loucamente, como já a muito tempo não fazíamos. Durante uma maravilhosa tarde, ficamos juntos, e vivemos um amor lindo, que nunca sairia de nossas memórias, mesmo que eu viesse a recuperar a minha memória um dia. Cada toque da Liah era capaz de me revigorar, de me dar forças, e de fazer o nódulo parar de doer quando estava doendo, e aquilo era maravilhoso. Era ela minha médica, que com suas mãos de fada, comprimiam meu medo, retirava minha dor, e me fazia ser cheio de vida outra vez. Finalmente é chegado o dia e a Patrícia vai ser operada, a partir deste dia, os vínculos que faziam nós termos uma relação dialética um com o outro seriam quebrados, e se ela sobrevivesse a esta, poderia ter paz, e começar a viver uma nova vida. Embora sua doença não tivesse cura, a Patrícia me chamou antes de se operar, e disse que ficaria bem, e me pediu para que eu ficasse bem também, e finalmente me entregou a chave do segredo que revelava a profecia e onde ela estava. A partir daquele momento, a guardiã mortal do segredo que poderia mudar a humanidade deixava o mesmo nas mãos de um Herói, que tinha a certeza que sobre a Rosa, estavam todos os segredos um dia escondidos da humanidade. A Patrícia entrou na sala de cirurgia e eu adormeci na cama do hospital, a operação começou e a Laura me disse que tudo estava perfeito, que eu superei tudo que me colocaram para superar, e que estava na hora de ser livre, a partir daquele instante para mim, o céu seria o limite, e eu iria viver sem fronteiras, sem limites, sem limitações. Ele invade Londres novamente, vai atrás de Carla e deseja a matar, primeiro se apodera da Karen, e diz que ela pagaria por não ter aniquilado o Herói, a Carla pede para que ele deixe sua filha fora disso mas ele não aceita, e uma nova tempestade se forma e cai sobre Londres. Agora, eu estou vendo tudo que acontece, e ganho o céu de Londres para ir ao encontro de Carla. Ao chegar lá, eu noto que ele vai destruir a filha dela e ela também, mas de formas diferentes, ela ele mataria e a menina, ele transformaria em sua seguidora fiel, e eu jamais deixaria isto acontecer. De repente eu caio do céu diante a Ele e Carla, e digo a Ele que é chegado nosso momento de acerto de contas. Ele então se vira para mim, e diante a meus poderes, começamos um combate corporal, enquanto a Carla consegue pegar a filha de volta. Ele me fere e eu caio no chão, mais uma vez, estou aos pés da Carla, parece que é este o meu destino, e Ele começa a me fazer ter dor, para que eu o entregasse o segredo da Rosa. A Carla tenta fazer algo, mas não o servindo mais, perdeu seus poderes, e aquele poderia ser o fim. A Patrícia chega até nós, e revigora minhas forças, eu consigo me levantar, mas Ele logo me derruba novamente, e a Patrícia diz a Ele que o segredo da Rosa está com ela, para que Ele possa pegar. Ele então avança sobre ela, enquanto eu ganho novas forças e percebo que a Patrícia está se sacrificando para me ajudar, quando teria que ser o contrário. Agora a raiva me controla e quero retirar ele do mundo, finalmente em perfeita harmonia com meus poderes, eu me ergo e impeço que ele toque a Pati, intocável, eu o derrubo e faço com que a chuva que cai no momento varra ele dali de volta ao local de onde não deveria ter saído. Novamente a Carla está parada me olhando, e eu olho para ela, e digo que nossa hora está por chegar. Um raio cai no local e eu desapareço, e não me recordo de que poderia ter acontecido. A cirurgia da Patrícia aconteceu, ela havia sobrevivido e a Sofia me tocava tentando acordar mas não poderia o fazer. A Liah estava desesperada, enquanto a Clarice entrava no quarto do hospital, descumprindo sua promessa de ficar longe de mim. A Sofia disse a elas que o Herói logo deixaria a vida, e que isto precisava ser algo aceitável, mas que não seria no momento atual, pois ainda tinha algo para fazer. Eu então abri os olhos, e a Liah me olhou chorando, ela me deu o rosto para que eu pudesse tocar, e enquanto eu a tocava a Clarice me perguntava como eu estava. Olhando fixamente para ela, e agora podendo a visualizar normalmente, eu disse as seguintes palavras: "Eu nunca estive melhor Clarice!" "Se lembrou de meu nome? Lembra quem é você?" "Sim eu me lembro!" "Meu nome é Oriel Siberlink, sou o presidente da SHG Corporation, a maior indústria de medicamentos de Londres. Cerca de 80% de toda a nossa produção, é vendida ao governo, que repassa os medicamentos aqueles que não tem condições financeiras para o comprar. Os outros 20% comercializamos, e com isto, nos tornamos a maior empresa de fabricação de remédios da Inglaterra, causando muita inveja, fazendo muitos quererem nossa fortuna, que agora está em minhas mãos. Eu sou o mais novo de uma família de mais dois irmãos, Norton, o mais velho, que sempre teve um distúrbio, que acabara por ter um trágico fim da forma que merecera, ele meu irmão mais velho. Lory, irmã do meio, que sempre foi boazinha, e fez de tudo para ajudar quem quer que fosse, e que me ajudou muito antes, e principalmente agora. Eu, como dito antes, o mais novo de todos, curso faculdade de jornalismo, amo o atletismo mas não posso o praticar. Tenho uma empresa para tomar conta, pessoas para ajudar e proteger, embora não saiba como fazer isto. Me adapto a uma nova condição, que recebi graças a um segredo que escondo do mundo, mas que tão logo será revelado. Não sou alguém muito diferente, apenas sou alguém, que sabe que está neste mundo, pois tem uma missão a cumprir, e estou disposto a fazer o necessário por isto. Aqui, sigo presente até o momento em que não for mais útil ao mundo, e vou por este tempo, indo além da aceitação humana, recebendo de alguns o título de anjo, de outros de guardião, mas para mim, sou apenas Oriel Siberlink, chamado e nomeado por alguém a mim muito especial, como sendo um simples Herói, que como tal, tem o fim próximo." As lagrimas caem dos olhos de Liah, Clarice não consegue se conter e chora também, enquanto a Médica assiste a cena descobrindo e confirmando todas as dúvidas que teria sobre quem seria o Herói. Eu me levanto e vou até a sala de recuperação, onde a Patrícia está dormindo ainda por causa da cirurgia, ao tocar nela, eu digo que ela pode acordar para a vida outra vez, e que eu estou pronto para cumprir junto a ela minha missão final. A Patrícia acorda e agora Príncipe e Princesa estão ao lado um do outro, para iniciarmos a batalha que defenderá o segredo que mantemos a sete chaves escondido sobre aquela Rosa. Saímos do hospital, e eu digo a Liah que eu a amo, e que no fim daquele ano, voltaria para a fazer feliz, e que ela poderia me esperar. Trocamos um beijo apaixonado e eu e a Patrícia ganhamos o céu de Londres juntos, desaparecendo indo ao encontro do local em que está escondida a Rosa. Finalmente diante ao maior segredo da humanidade, as missões são cumpridas, a Patrícia faz o papel dela, e eu cumpro o meu, e agora pode se ter tranquilidade, pois assim asseguramos que o segredo que está sobre a Rosa, está a salvo e protegido por um novo século outra vez. A Patrícia precisa ficar, e eu ganho o céu de volta e retorno a floresta, onde passei a viver In Perfect Harmony. Os dias se passam, e os acidentes diminuem, a criminalidade desaparece de Londres e a Inglaterra passa a ser o país mais seguro do mundo, causando inveja a todos. Aos poucos os países vão sendo purificados, e a criminalidade vai desaparecendo, a fome vai cessando e tudo parece retornar a paz, em uma harmonia perfeita com aquilo que Deus nos ensinou. É chegado o último dia do ano de 2008 e finalmente a Liah aguarda ansiosa aquele dia, pois disse antes que no fim do ano voltaria para ela. Eu então retorno para Londres, e logo vou para casa, me reencontro com minha irmã, assumo a presidência da SHG Corporation mais uma vez, e meu pai consegue por liberdade condicional, deixar a cadeia e volta a trabalhar como cientista em nossa empresa, em uma luta contra o tempo, afim de poder retirar o que eu tenho de minha cabeça. Naquele dia, me reencontro com a Carla, e novamente digo a ela que estamos próximos a nos encontrar, ainda faltam coisas a serem acertadas e ao fim daquele dia, apenas um prevaleceria diante o outro. Eu vou até o hospital onde me deparo com a Liah indo embora, corremos ao encontro um do outro e nos beijamos loucamente, vamos para minha casa onde nos amamos intensamente colocando no mundo naquele instante, o novo Herói que viveria também assim como o pai, em perfeita harmonia. A floresta tem um campo de proteção, ninguém pode a atacar, os bichos estão felizes e toda a semana eu visito o local, onde converso com meus amigos elefantes que tanto me ajudaram. A Liah agora está grávida, e eu estou praticando atletismo, e consegui vencer as olimpíadas, tudo parece ir bem e em paz, com a recuperação de minha visão, falta apenas o nódulo para desaparecer, e tão logo isto aconteceria. Finalmente é chegado o dia do meu casamento, eu e Liah nos casamos e em nossa lua de mel, eu digo a ela que algo ainda precisa ser resolvido, antes de ficarmos definitivamente em paz. Eu vou até a casa de Carla e bato na porta, ela abre e mais uma vez, estamos diante um do outro, prontos para um combate. Ela me diz que não quer combater contra mim, e que não tem mais poderes para isto, e pede para que eu a mate, mas em vez disso, eu desejo sua purificação total, e a toco fortemente que ela desmaia, e quando acorda, é uma nova mulher. Retorno agora para o quarto e me reencontro com minha esposa que carrega em seu ventre meu maior presente, a maior recompensa por tudo que aconteceu e eu vivi. Nos amamos durante toda a noite, no entanto ao amanhecer, Liah nota que ela acorda, mas eu não faço o mesmo. Desesperada, ela quer saber o que acontece e liga para Sofia, e quando ela chega até o local, eu estou igual, completamente imóvel após ter cumprido minha missão. O nódulo estoura em meu cérebro e com total certeza todo o sofrimento chega ao fim, e agora que o mundo não precisa mais do Herói, é chegado o momento de eu ir descansar, até que a humanidade me solicite novamente. A Liah chora muito e então eu abro os olhos. "Não chores minha Rosa, pois eu estou aqui, e sempre permanecerei aqui. Junto a ti, é o meu lugar, e perto de ti, devo permanecer, agora sem nada que possa me prender ao passado, pronto para viver uma nova vida ao seu lado, sem limites, sem fronteiras." Nos beijamos, e eu encontro ao lado da cama, o papel que novamente é lido em voz alta, que diz para quem escuta, tudo que precisa ser dito sobre a Rosa, e sobre este Anjo..." Sobre A Rosa: Sobre a rosa, está o mistério de toda uma vida, A razão de ser ou não ser, acreditar ou descrer, A certeza de saber o que se é certo ou não fazer, A tentativa de buscar respostas para as perguntas da humanidade. Debaixo da rosa, está o reflexo daquilo que não se quer enxergar, A razão para tantas lutas em nomes santos, A certeza de que não se mata em nome da honra, mas sim se usa ela como pretexto para matar, A rosa esconde os segredos da humanidade, Segredos que vocês nunca poderão desvendar. Sobre a rosa, está toda a proteção, que faz com que a vontade humana a procure pelo tempo, Que as pessoas lutem e travem guerras santas em seu nome, Que faz pessoas quererem a tocar, mas que estas quando o fazem desaparecem sem deixar vestígios. Eu não sou muito, mas apenas estou aqui para a proteger, E garantir que com toda a sua sabedoria jamais possa a encontrar, Mas caso isto venha a acontecer, Garantirei que você seja mais um a desaparecer, Por não ser digno de a tocar e desvendar seus mistérios. Já me perguntaram quem sou eu, Tentaram desvendar os meus segredos para a encontrar, Mas sou muito pior para desvendar, do que aquilo que está sobre a rosa. Ela está bem protegida, e você deseja a encontrar, No entanto nunca parou para procurar onde a lógica poderia indicar, E eu sigo contente, fazendo o necessário para a manter longe de você, De sua impuridade, de sua insanidade humana. Olhe para o tempo, Tente desvendar o que não pode ser desvendado, Procure as respostas que vai encontrar sobre ela, Procure encontrar ela perdida em algum jardim da vida, E talvez se for digno um pouco, Se ainda lhe restar alguma descência que não fora corrompida pela raça humana, Talvez seja capaz de obter suas respostas. Abaixo da rosa, está o segredo que pode mudar a humanidade, Debaixo da rosa, esconde-se aquilo que não poderei deixar se revelar a você, Pois sobre a rosa, está a essência do viver, E a Rosa esconde os mistérios que não podes compreender. Agora pare tudo, deixe de ler, Apenas agora, por um momento, observe a rosa escondida, Olhe para mim, segure a minha mão e atravesse a superfície, Olhe para mim, e veja quem eu sou. O Anjo: Novamente estou aqui em busca de respostas, Buscando razões para seguir em frente, Embora tendo algumas, que não estão parecendo ser suficientes. Porém, sigo aqui e vivo a cada momento intensamente, Sigo pronto para viver sem fronteiras, simples assim. Agora, tente enxergar através de meus olhos, Olhe para mim, veja quem eu sou, Tente ver o que eu vejo, será que você é capaz? Eu tenho um destino a cumprir, E já está na hora de o começar, Em breve, tudo que um dia quis conquistar, Já não vai mais fazer diferença, Eu vou atingir objetivos, realizar sonhos, Traçar e tentar alcançar metas, E estarei sempre com o pensamento preso no instante de retornar para casa. Estarei presente neste mundo que a cada dia se torna mais violento e cruel, Observando atentamente a cada pessoa que por ele passa, Que a mim, deixa para trás. Agora, tente enxergar através de meus olhos, Olhe para mim, veja quem eu sou, Tente ver o que eu vejo, será que você é capaz? Agora o dia chegou, É impossível evitar, Cumpriremos nós nossos destinos, Seguiremos nós nossas vidas, Amando, buscando, lutando por um sonho. E eu seguirei aqui, em busca de uma resposta, intocável, irreconhecível, diferente de tudo que viu antes. Agora, olhe para mim, tente me compreender, deixe eu mostrar muito além da aceitação humana, Já sabe quem sou eu? Tente outra vez. Agora, tente enxergar através de meus olhos, Olhe para mim, veja quem eu sou, Tente ver o que eu vejo, será que você é capaz? Olhe para mim, veja quem eu sou... Herói: In Perfect Harmony: Direitos reservados. Proibido repassar. Onnekalel RG.