Herói O Segredo De Oriel Autor Kalel Airis. Esta é uma história fictícia, porém que como todas, existe um traço de verdade perdido por algum lugar, cabendo a você leitor, o identificar. Oriel Siberlink, passou por tantas provações, mas nunca desistiu de ir em frente, e se colocou no ponto mais alto que poderia estar naquele momento, ele fez tudo aquilo que traçou na primeira parte de sua História narrada no livro Herói. Agora, ele volta, disposto a concluir com todo o resto, e para recuperar o que lhe tiraram, a atenção, a posição dentro de sua família, bem como o controle absoluto para cumprir uma importante missão, deste Ser, destinado apenas a ser um Herói. Oriel, está agora ao lado de Carla, ele olha para ela como quem quisesse a contar algo, e talvez de fato ele quisesse mesmo. "Meu nome é Oriel Siberlink, sou filho do dono da SHG Corporation, a maior indústria farmacêutica de Londres. Cerca de 80% de toda a nossa produção, vai para o governo federal, que compra nossos produtos e os repassa aqueles que não tem condições de comprarem seus medicamentos, os outros 20% comercializamos, e assim conseguimos ao longo do tempo, nos tornar a maior empresa de fabricação de remédios da Inglaterra, tendo assim uma grande fortuna, que muitos estão de olho. Sou o mais novo, de uma família de mais 2 irmãos, um Homem o mais velho, Norton que nunca quis saber de nada com nada, não fez nem uma faculdade, e para terminar o colegial, foi obrigado por nossos pais, também tenho uma irmã, Lory, minha irmã do meio, que decidiu fazer faculdade, mas não de medicina como o papai queria, e sim de turismo e hotelaria, que apesar de contradizer a vontade de nosso pai, sempre foi uma das queridas da família, e que eu particularmente adoro demais, mais que o outro, que é um carrasco. Eu, sou o mais novo bem como disse antes, meu pai acho que nunca me deu muita atenção, nunca pensou que fosse chegar em algum lugar, e nem se deu ao luxo de se importar, quando passei no vestibular para fazer faculdade de jornalismo, porém, diferente dos meus irmãos, eu sempre me interessei pelos negócios da família, embora não tenha demonstrado nunca isso, sempre observei tudo de longe, aprendi a negociar sozinho, pois um dia, pretendo se meu pai permitir, conciliar o meu trabalho e a nossa empresa juntos em minha vida. Acredito que cada um de nós, está destinado a fazer algo de importante nessa vida, e com a total certeza já descobri minha missão, salvar vidas. Agora eu não quero e nem preciso de muito, não desejo nem um reconhecimento, apenas quero fazer o certo, e ajudar na melhoria do mundo em que eu vivo, pois ao contrário de muitos, vejo muito além do que o lindo mundinho que o luxo poderia me fazer ver, eu sou apenas mais um dentre tantos no mundo, destinado a ser um Herói." "Depois de proferir essas palavras a meu pai, ele me abraçou tão forte quanto nunca, chorou muito e mais uma vez, me pediu perdão por tudo que havia feito até aquele tempo, prometendo que quando saisse dali, tudo seria diferente. Claro que eu não tinha nada para o perdoar, afinal ele só seguiu o que o coração dele mostrou ser o certo, ali fiquei mais alguns instantes e só depois deixei a cadeia e voltei para a rua. Naquele dia eu fui para a casa do Cristofer, e lá passei a noite, recebendo do pai dele a autorização para ficar ali o tempo que fosse necessário. O meu irmão, era muito ambicioso assim como meu pai, e era certo que ele iria cumprir suas promessas e iria me matar um dia, mas naquele momento, é claro que ele tentaria ficar na presidência da empresa e é claro que com o apoio da minha mãe, ele ia acabar conseguindo, porém com o senhor Kenedy do meu lado, as coisas ficariam mais difíceis para ele. No dia seguinte, eu fui para a pista de atletismo, para retomar minhas atividades normais, lá estava a Carla, e quando ela me viu não soube o que fazer. Eu me aproximei a cumprimentei, perguntei como estava a Karen, e ela respondeu dizendo que tudo estava bem, e eu disse a ela, que um outro dia nós falaríamos sobre tudo que aconteceu no outro dia, por enquanto ela havia seguido o coração dela e eu seguiria o meu. Ela não soube o que dizer, e nós fomos para a pista, neste dia eu a guiei no aquecimento e depois recebi uma proposta do treinador deles, para que eu treinasse os deficientes visuais com ele. Fiquei de pensar a proposta, era legal, mais em breve não poderia fazer isso mais, o atletismo que eu amo tanto deixaria a minha vida. Pela tarde, fui a associação que a Carla frequenta como ela havia me convidado antes, lá conheci uma realidade diferente da minha, e decidi ali, que alguma coisa precisaria ser feita. Conversando com o senhor Kenedy, ele concordou em fazer uma grande doação para eles no dia seguinte, e assim poderíamos ajudar aquela entidade a crescer e prosperar, para atender melhor e a mais gente que precisasse. Os dias vão se passando, e a minha saudade da Liah vai ficando cada vez maior, e então tive que fazer algo. Eu fui ao hospital, ao chegar lá procurei por ela e logo a encontrei. Nos abraçamos forte, como quem não se via a muito tempo, e naquele abraço, ela deve ter percebido o quanto eu amava ela. Conversamos durante muito tempo, e ela depois me disse que precisava ir embora, ela se foi mas eu ainda tive tempo para olhar ela uma última vez. Mais dias se passaram, e agora as coisas começaram a se complicar, minha mãe entrou com uma representação na justiça solicitando que meu irmão entrasse na SHG corporation como presidente e o senhor Kenedy entrou com outra solicitando a sua permanência em seu cargo ou talvez a minha entrada. Com isso, uma audiência foi marcada e tivemos que comparecer diante ao juiz. Ao chegarmos lá, o senhor Kenedy apresentou a prova que dava a mim, capacidade de assumir o controle daquela empresa, e por meu pai ser o chefe maior, era ele que deveria dar a palavra final, tal foi minha surpresa, quando ele finalmente resolveu confiar em mim. Depois que o visitei ele entendeu que tudo que sempre quis, foi nosso melhor, e me colocou para ser o presidente de nossa empresa, o que aumentou o ódio do Norton e de minha mãe. Agora, eu estou iniciando uma nova etapa em minha vida, meus primeiros objetivos já estavam sendo atingidos, e em questão de tempo, tudo mudaria outra vez. Mais um dia chegou, e com ele os treinos de atletismo, eu fui para a pista e lá acabei por sentir a falta da Carla, e acabei por descobrir que ela estava doente e por esse motivo não estava lá. Ao acabar o treino, eu peguei o meu celular, liguei para ela, perguntei como ela estava e ela me disse, que na medida do possível, estava bem. Conversamos durante algum tempo, e ela me agradeceu por estar ajudando a instituição que ela frequenta, e eu disse que ela não precisava de agradecer por aquilo, pois para mim, era uma honra poder ajudar. Eu nasci para isto em todos os sentidos, por isso era natural aproveitar oportunidades como estas, quando surgissem, e agora na presidência da empresa, teria mais condições financeiras para poder ajudar. Ainda naquele dia eu aluguei para mim um apartamento, comprei sua mobilha e passei a morar sozinho. A noite eu estava na faculdade e depois ia a casa da Cris, afinal, ela estava quase curada, e minha missão com ela chegava ao fim, para que eu pudesse começar a minha verdadeira missão, o motivo pelo qual eu estaria naquele mundo, ou melhor dizendo neste. Mais um novo amanhecer, e a Carla ainda estava doente, eu me preocupei e depois do treino antes de ir trabalhar, fui a visitar. Ao chegar lá, notei que ela estava realmente precisando de ajuda, não só pelo fato de estar doente, mas tinham outras coisas lá na casa dela, como relacionamento com seus familiares, que não estavam nada bons. Eu disse a ela, que eu iria a ajudar embora não soubesse ainda como mas eu iria fazer o necessário para ela ficar bem, era do meu instinto, esquecer o que ela havia feito, da tentativa de ajudar o Malta a me matar, para poder a ajudar, eu sempre fui assim, tenho facilidade para separar uma coisa errada de uma missão, e para mim, até minha missão real começar, a Carla, era uma missão temporária. Eu sai da casa dela e fui para a empresa, lá postei novos medicamentos para serem fabricados, e autorizei uma produção em massa do antídoto que cura o vírus que o Malta espalhou por Londres. Tudo parecia bem no entanto, minha preocupação com a Carla não me deixava em paz, por isso sai da empresa mais cedo e fui a casa dela, a convenci e a levei para o hospital. Lá, qual não foi minha surpresa quando a médica que foi a atender, não era nada mais nada menos que a Liah, e eu sabia que ela agora estava em boas mãos. A Liah realizou alguns exames na Carla, e me disse que o caso dela poderia ser grave, pois ela poderia estar com algo muito sério. Na hora, me desesperei rezei e pedi para que Deus a livrasse daquilo, e depois passei a imaginar meios de ajudar ela com o que eu sabia de ciências, para a sua cura caso estivesse mesmo doente. Os resultados saíram, e realmente a Carla estava com uma doença grave, que poderia a matar se ela não fizesse o tratamento correto. Eu pedi para que a Liah me deixasse contar a ela, e lá fui eu para minha missão tão difícil. Me aproximei dela, que ainda tomava soro para amenizar a dor que sentia no momento, e ela me perguntou se saíram os resultados de seus exames. Eu respondi positivamente, e ela me perguntou quais eram, e por que a Liah não estava lá comigo para dizer. Eu expliquei que tive acesso primeiro, e que pedi para que a médica me deixasse falar com ela, então comecei a tentar explicar tudo a ela. Disse, que ela estava sim com algo sério, mas que eu não queria a ver sofrendo, minha missão pessoal a partir daquele momento, seria encontrar sua cura, com a tecnologia e com a SHG Corporation ao nosso dispor, eu faria o impossível para evitar sua morte. A Carla se fez de forte, mas não conseguiu evitar chorar, eu tentava a abraçar, mas ela resistia e não queria deixar, e pouco a pouco, eu fui convencendo ela me deixar se aproximar. Eu me aproximei dela, e a abracei forte, disse que tudo ficaria bem. Naquele dia ela precisou ficar internada, e a Liah me indicou um médico especialista no caso dela, e eu mandei que viesse um médico cientista da SHG para examinar ela também, para que ele pudesse me fazer o favor de desenvolver algum medicamento para destruir o que ela tinha, antes que fosse tarde demais. Dois dias depois, ela saiu do hospital, não estava curada, mas temporariamente estava sem dor, embora não pudesse fazer muito esforço ela decidiu ir ao treino, tinha um campeonato na próxima semana, um campeonato importante que no ano anterior ela havia perdido, mas que neste ela queria se esforçar para vencer. Por este motivo, eu também passei a ir lá, e treinava apenas ela, para que ficasse a altura para fazer bonito no dia certo. O campeonato seria fora de Londres, e o treinador dela me perguntou se queria os acompanhar, daí eu aceitei pois seria uma oportunidade de cuidar dela melhor, para que nada de ruim acontecesse e para que não se esforçasse muito devido a sua doença. No dia marcado eu fui com eles na viagem, porém no caminho tive uma surpresa, uma forte pontada na cabeça como a que senti no dia do campeonato que venci no mês anterior, acabou por me deixar mal, quase nem conseguia falar e a Carla ficou preocupada comigo. Ela queria que eu fosse ao médico, mas na hora eu não quis ir, e ao tocar em mim mesmo, já dei meu próprio diagnóstico, o que significaria que tinha pouco tempo para fazer o que precisava ser feito, pois algo iria acontecer. O dia do campeonato chegou, pela manhã a Carla se sentiu mal, cheguei até a dizer ao treinador deles que ela não correria, mas isso era o que a Mary queria, ela fora do caminho para vencer outra vez com facilidade. A Carla havia treinado muito e mesmo se arriscando demais, ela quis correr e não pude evitar, e fui ser seu guia. Dizendo estar melhor, eu convenci o técnico e nós fomos para pista, a largada foi dada, e disparamos feito uma bala em forma de raio e corremos durante todo o tempo, chegando em primeiro em 15 segundos, deixando ela imensamente feliz, e deixando a Mary com o segundo lugar em 17 segundos. O treinador delas não conseguia entender, como ela tinha melhorado após começar a treinar comigo, e ele veio conversar querendo saber quais técnicas eu estava usando, e eu somente disse que esta era a força de vontade dela, que estava escondida por falta de apoio dele. Depois vi a Carla pelo cantinho, fui até ela, ela estava branca, passando mal. Ela foi comigo para o quarto do alojamento e desmaiou em meus braços. Eu apavorei e precisava a acordar, sem saber o que fazer, ganhei o céu da cidade em que estávamos com ela nos braços e em poucos segundos chegamos no hospital de Londres, onde ela foi levada para a emergência. Fui até a empresa, perguntei ao médico mas ainda não conseguiu fazer nada para a ajudar. Eu precisava do meu laboratório, talvez eu pudesse conseguir alguma coisa, algumas das minhas criações estava sendo utilizada e comprada pelo governo, elas estavam dando certo e talvez eu poderia a ajudar. Eu chamei a Cris ela estava trabalhando na empresa e já curada, pedi para que ela falasse com a Lory que entrasse em casa e me trouxesse algumas medicações, e assim ela fez. Escondida, ela entrou em meu quarto com apoio da minha irmã, pegou o que pedi e me levou na empresa. Me fechei durante 3 dias rezando para que a Carla resistisse, e depois eu consegui criar algo que não daria tempo de ser testado antes de aplicar nela. Corri para o hospital, falei com o médico que cuidava dela e ele entendeu e aceitou a aplicar a medicação, faziam já 4 dias que ela estava sem consciência e isto preocupava seu médico. Ele aplicou a medicação nela, e eu precisava esperar o resultado lá, rezando para que fosse positivo, reencontrei-me com a Liah. Nos abraçamos e ela me perguntou como estava a Carla, eu disse que estava mal, ela me disse que sentia muito. Ela me perguntou se nós estávamos namorando porque sempre estávamos juntos e eu fui no campeonato com ela e saímos nos jornais, mas respondi a ela, explicando que não, eu apenas auxiliava a Carla afinal mesmo não podendo dizer eu acho que ela sabia, que meu coração pertencia a ela, e iria pertencer sempre. Ali do lado da Liah, novamente senti as fortes dores, e tive que me sentar. Ela se assustou se aproximou e me abraçou, quis me examinar, mas não pude deixar se fizesse isso, com certeza iria descobrir o que eu tinha e isto não era bom. Saindo de lá, me encontrei com a Laura, que me disse que a Carla ficaria bem eu acreditei nela como sempre, corri ao quarto e minha surpresa foi que ela ainda estava desacordada, até o momento a medicação não surtira nem um efeito. Me desesperei, sai chorando do quarto e a Liah me viu, pensou que tivesse acontecido o pior, eu a disse que a Carla não acordava e ela me abraçou forte, pedindo para que eu confiasse em Deus pois ele saberia o que seria o melhor para ela, e que ele poderia a trazer de volta. Eu queria conseguir acreditar em tudo que ela dizia, e no fundo ela dizia com tanta sinceridade e certeza que parecia a mais pura verdade mesmo, mais alguma coisa em mim, não me deixava crer totalmente ainda. Eu tive que ir para a faculdade, fiz uma prova que não consegui prestar atenção pois meu foco estava todo em auxiliar minha amiga ou melhor dizendo aquela que eu conhecia, pois não poderia considerar amiga alguém que teve a capacidade de compactar para meu assassinato. Sabe, isso até ficava a cada dia para trás, me liguei tanto na Karen e na Carla, que passei a vivenciar com elas seus problemas, e passei a confiar nela outra vez, se era errado ou não o tempo me mostraria. O dia novamente chegou fui ao hospital mais ela estava igual, precisava melhorar a medicação precisava entrar em casa, consultar pessoalmente meu laboratório. Arrisquei e fui lá, falei com minha irmã e entrei escondido no quarto que arrancaram de mim matei as saudades de todas as minhas coisas e entrei em meu laboratório enquanto a Lory me esperou do lado de fora. Pesquisei durante todo o dia sem parar até para comer, até conseguir decifrar mais uma genética para fazer um novo medicamento. Agora era algo diferente que seria aplicado diretamente no cérebro região afetada pelo problema dela. Cheguei no hospital, lá conversei com o médico ele me disse que era arriscado a operar a família dela não estava querendo isso e mesmo que eu estivesse pagando todas as despesas dela no hospital, queriam a transferir para um hospital publico e queriam me manter afastado dela e da Karen. Eu estava saindo do hospital quando a Karen me viu e me gritou a mãe da Carla tentou a segurar mas ela não conseguiu ela correu em mim e me abraçou. Disse que tinha a certeza que eu tinha salvado ela do fogo no outro dia, me pediu por favor que salvasse a mãe dela também. Com o pedido da criança, minhas esperanças se renovaram eu recuperei toda a fé que eu poderia estar perdendo no momento passei acreditar então, que seria eu a pessoa que teria de fazer a diferença mais uma vez. A Carla pode ter sofrido um Aneurisma mas seria eu então, a pessoa portadora do dom para a trazer de volta. Eu entrei no quarto sozinho não havia ninguém lá e ela estava ainda desacordada, eu passei a mão sobre a cabeça dela, e comecei a rezar e chorar ao mesmo tempo. Durante alguns minutos fiz tanta pressão sobre o cérebro dela que pensei que fosse explodir a cabeça dela, depois pedi com toda a minha fé e o meu coração para que dEus me desse forças para curar ela. Eu trago inúmeros segredos e este é talvez um dos maiores deles e acho que Deus me atendeu. Eu vi os sinais vitais dela voltando e chorei mais, fiquei emocionado ao ver ela abrir os olhos para a vida outra vez. "Me salvou, mesmo depois de tudo que eu fiz! Por quê?" Foi o que ela me disse ao abrir os olhos, e eu só disse para que ela ficasse calma, que conversaríamos isso depois. Sai do quarto e disse para a Liah dizer a família dela que estava bem, a mãe dela entrou no quarto e não acreditou quando viu a filha acordada. "Carla, como é possível, até ontem estava morta!" "Mãe, foi ele, o Herói, o meu Herói!" Depois não sei o que houve, pois fui para a faculdade com a sensação de missão cumprida ao menos uma parte dela, porque ainda havia faltando a parte de a tirar de onde estava, a levar a uma casa em que ela tivesse paz. A Carla era muito inteligente e se daria bem em qualquer emprego, mas conversando com o senhor Kenedy acabei conseguindo para ela um emprego como sua secretária pois a dele havia sido mandada embora porque ela se aposentou e ele precisaria contratar uma nova. Ele foi ao hospital e a disse que quando saisse de lá, teria um emprego e uma condição melhor para cuidar da filha longe da casa da mãe de toda aquela provação que estava sendo. Agora eu estava em casa, no meu apartamento quando resolvi a TV ligar, foi então que ouvi a notícia que me fez tremer. "Com a ajuda de Homens não identificados, o maior de todos os assassinos e traficantes de Londres Magno Nyor Malta havia escapado da prisão, e ele havia dito que iria se vingar de quem o pôs lá." Eu sabia que ele viria atrás de mim, não sabia como e quando mas ele chegaria e chegaria logo. Mais dois dias se passaram, agora tudo parecia tranquilo mas eu ainda estava em alerta, pois sabia que o Malta viria atrás de mim. Eu estava na pista de atletismo quando de repente tal não foi minha surpresa ao ver a Liah chegando lá, ela disse que estava com saudades e que por este motivo estava ali para me ver. Terminei meu treino, corri para o encontro dela, a abracei forte e a Carla de longe ficava observando tudo, como quem estivesse com ciúmes. Conversei com a Liah e depois saímos dali, fomos até uma cafeteria da cidade, onde tomamos café e conversamos durante mais algum tempo, depois a acompanhei até o hospital onde ela iria começar a dar o plantão do dia, me despedi dela, disse que nos veríamos de noite na faculdade quando ela fosse buscar a Lara, nos abraçamos e de repente, um novo beijo aconteceu, lindo, perfeito, e eu novamente sonhava com o dia em que ela seria minha esposa, embora no fundo soubesse que talvez este dia não viesse a chegar nunca, eu estava condenado e teria de pagar em breve por um erro cometido a anos atrás. Eu fui para a empresa e ao chegar, recebi a informação que meu pai queria me ver na prisão através de seu advogado, assinei alguns papéis e depois fui a cadeia o ver. Ao chegar lá, ele me pediu para tomar muito cuidado, não só ele, mas o Malta também conhecia minha identidade como Herói, ele me disse que não queria e não poderia me perder, me pediu para sair do país, só que eu não poderia fugir do meu destino, e também não poderia deixar o Malta amedrontar Londres outra vez, assim sendo, eu iria o procurar, o pegaria dessa vez, e não iria o dar chances para escapar outra vez. Sai da prisão destinado a o encontrar, minha determinação foi tanta, que nem precisei procurar muito para o ver entrando em um banco para assaltar, o problema é que a Carla estava fazendo um serviço de banco para o senhor Kenedy e ela estava dentro desse banco, com raiva dela, o Malta já entrou determinado a matar. Ele entrou no banco com 4 Homens, anunciaram o assalto e eu entrei logo atrás disfarçado de Herói sem deixar ninguém me ver ainda. Ele pegou a Carla pelos cabelos e perguntou onde eu estava, queria que ela me ligasse me fizesse ir até lá, eu olhava ele maltratar ela, e cada vez ia ficando com mais raiva, de repente, ele deferiu um tapa sobre o rosto dela, não poderia mais esperar, vendo a polícia cercar o banco, derrubei os Homens com um só olhar, e fiquei novamente frente a frente com ele. "Deixe a Carla em paz seu maldito!" Ele me olhou com um olhar cheio de ódio, se eu não fosse pouco mais forte que ele em espírito, com certeza me mataria apenas com aquele jeito de me olhar, ele pegou a arma e tentou atirar em mim por 4 vezes, e eu desviei, mandei a Carla ir para a porta do banco, ele tentou atirar em mim mas quase acertou uma criança, não acertou porque peguei ela no colo a tempo para a desviar, as pessoas estavam desesperadas, eu estava com medo de que ele fizesse algo contra alguém que não tivesse nada haver com nossa história, decidi dar um ponto final naquilo. Antes que pudesse fazer algo, ele atirou outra vez, no entanto, em direção a Carla, saltei na frente dela e o tiro pegou em mim. Ele finalmente conseguira o que queria e sorriu, depois disparou outra vez, a Carla gritou e eu fixamente olhei para ele, dizendo que aquela seria a última ação que ele praticaria em vida naquele mundo, ergui uma das mãos, abri um enorme ferimento sobre sua face que sangrou até ele cair ao solo e morrer diante a todos que me olhavam assustados, querendo entender quem realmente era aquele Herói. Eu cai ao solo também inconsciente, sabendo quem eu era ou pelo menos suspeitando, a Carla não deixou ninguém se aproximar de mim, a ambulância me levou para o hospital em que a Liah trabalhava e a Carla foi junto, pediu para que a Liah olhasse o Herói que havia sido baleado. A Liah foi me examinar, sem se quer suspeitar quem seria eu, sem tirarem o meu disfarce, o hospital todo queria descobrir o mistério, mas a Carla não deixava isto acontecer. Ela ligou para o senhor Kenedy e contou o que aconteceu, em pouco tempo Cristofer chegou ao hospital junto com a Clarice, eles foram me visitar e perceberam que ainda estava disfarçado, viram que estavam respeitando meu anonimato, embora a Liah estivesse louca para retirar minha mascara para ver meu rosto, embora já estivesse meio familiarizada com o perfume. Eu precisei ser operado para a extração de uma das balas que atingiu meu peito, ela fez a operação mais nem um minuto, retirou a mascara que cobria meu rosto. Eu estava com minha roupa de Herói, com minha mascara no rosto, tudo que todos viam no hospital, era um Homem vestido de preto, com uma mascara preta, totalmente bem protegido para não ser identificado. Minha mãe tomou conhecimento que eu não ia na empresa já tinham 2 dias, eu havia sido operado já estava acordado mas ainda em recuperação, por isto afastado, ela foi questionar o senhor Kenedy de onde eu estaria, ele então respondeu que eu estava nos Estados Unidos, em uma reunião de negócios. Eu finalmente sai do hospital, porém não poderia ficar sozinho em casa, ainda não estava 100% recuperado, com minha ausência da empresa, nem se quisesse a Carla não iria acreditar que eu não era o Herói. Para não ficar sozinho em casa, a Carla pediu para que o senhor Kenedy a deixasse ficar algum tempo afastada do emprego e assim ele deixando, ela fora para minha casa cuidar de mim. Em casa, tirei a mascara, deixei ela ver o meu rosto, depois ela preparava o jantar, enquanto eu tomava banho, logo a Cristina foi me ver pois ficou sabendo do que aconteceu, ficou preocupada e quando chegou em casa e viu a Carla lá, pensou que estávamos juntos, a Karen estava lá correndo e bagunçando por todo o apartamento, eu sai do banho e vi a Cris, ela jantou conosco e depois se foi, a Karen me perguntou por que eu não tinha dito a ela, que eu realmente era o Herói que a salvou no outro dia, e eu tentei a explicar, que se soubessem minha identidade, as pessoas que eu amava estariam em perigo, ela me perguntou se eu amava ela, eu disse que sim, afinal, aquela menininha havia ganhado um grande carinho de minha parte, queria em certas horas, que ela fosse minha filha legitima. A Carla ficou durante 4 dias cuidando de mim, e finalmente eu me recuperei totalmente, agora estava pronto para voltar minha vida normal, porém ainda haviam ficado pontos a serem conversados com a Carla, ela queria saber e precisava entender, por que eu a salvara se ela quisera me entregar para a morte. No entanto, ainda não era hora de dizer isto a ela, pedi mais um tempo, a hora da verdade estava por chegar. Eu fui ao hospital, vi a Liah que me questionou o por que eu estava sumido, disse que tive uns problemas na empresa, ela perguntou se eu soube que aconteceu com a Carla e eu disse que sim, o senhor Kenedy havia me ligado para contar, tive que disfarçar mais uma vez, para que ela não soubesse que havia operado a mim e não a outra pessoa. Novamente fomos ao café, tomamos café, depois ela voltou para o hospital, entrei com ela em sua sala, a abracei, disse que estava com saudades, ela retribuiu dizendo que também estava, então a beijei outra vez, mais uma vez, um beijo delicioso de me fazer a querer ainda mais. Fui para a faculdade, lá vi a Lara que pediu para falar comigo, fui então conversar com ela, e então ela me perguntou se eu estava mesmo apaixonado pela Liah, eu respondi positivamente e disse a ela o quanto amava a prima dela, era realmente incrível em tão pouco tempo ter gostado de alguém tanto assim apenas após um olhar e uma troca de um oi. Ela me disse que eu parecia uma pessoa legal, pelo pouco que conversamos, deu para ver que ela queria minha amizade, mas também deu para entender, que ela não estava querendo me ver sofrendo pela prima, ela me disse, que a Liah era apaixonada por um médico do hospital em que ela trabalhava mas que ele não sabia disso ainda, porém ela era apaixonada por ele desde o tempo da faculdade, eles eram amigos mas ele estava noivo, ela estava sofrendo com aquilo, e ela não queria se envolver com ninguém agora, deu para perceber, que aquilo seria uma indireta que talvez a Liah tenha pedido para ela me dar, afim de me afastar dela, no entanto, eu já sabia daquilo tudo, meus olhos vieram a me mostrar, por falar neles, a essas alturas, estavam cheios de lagrimas e embaçados, não sei ainda o por que, mas em breve saberia. Eu fui embora, cheguei em meu apartamento senti outra vez a tal pontada, cai na cama e desmaiei, ali fiquei até o outro dia, acordei ainda mal, com muita dor de cabeça e nem um remédio convencional estava fazendo efeito, meus olhos também doíam, e eu não conseguia compreender o por que eles estavam tão embaçados e por que eu estava com tanta dificuldade para enxergar. Eu fui para a empresa, lá falei com a Cris sobre o assunto, ela me deu um remédio mais forte e aos poucos minha cabeça parou de doer, mas ela me aconselhou a procurar um médico, para fazer alguns exames no entanto eu não queria, por temer o resultado. O tempo foi passando, os dias passavam e todos os dias eu ia ver a Liah, durante esses dias, estava se tornando cada vez mais frequente nós nos beijarmos quando íamos nos despedir, no entanto eu não conseguia compreender e nem ver, se ela sentia alguma coisa quando me beijava tão docemente daquele jeito, por outro lado, quanto mais a Carla me via com a Liah ela mais demonstrava ter ciúmes, dentro da equipe dela surgiu um comentário que ela esquecera do pai da Karen e que estava apaixonada por um tal de Herói, em outras palavras, por mim, no entanto eu não queria acreditar naquilo, embora não acreditasse que poderia ser verdade, algo me dizia que poderia ser sim, e a dúvida permaneceria até ela resolver me dizer, até nossa conversa chegar. Chegou o dia de um novo campeonato para mim, a Carla foi junto, me acompanhando dessa vez, para retribuir o dia em que eu fui com ela, finalmente chegou a hora da corrida, mais uma vez, eu corri bem, fiquei com o primeiro lugar em 13 segundos, porém, algo de ruim aconteceu ao término da prova. Quando cruzei a linha de chegada e todos me aplaudiam, minha visão escureceu, perdi o rumo de onde estava e mesmo tentando usar meu poder, não consegui ver, a Carla estava perto e vendo tudo, ela gritou meu nome e quando dei por mim, estava diante ao alambrado da pista, batendo o rosto no mesmo, me cortando machucando muito. Logo minha visão voltou ao normal, fui medicado pelos para-médicos do local, mas depois me indicaram procurar um médico especialista quando expliquei porque tinha batido lá, a Carla se assustou e quando voltamos para Londres, ela me fez procurar um médico, ao chegar no médico contei o que tinha acontecido, ele fez alguns exames e pediu para que eu fosse procurar um exame mais detalhado, me deu o pedido e eu mais uma vez fui ao hospital em que a Liah trabalha para fazer os tais exames. Entrei na sala, senti algo diferente quando olhei para uma das moças que aguardavam sua vez de entrar para fazer o exame, ela era linda, muito bonita mesmo, tinha um perfume inconfundível, uma voz tão doce quanto a mais bela das cantoras, parecia ser uma pessoa maravilhosa e estava sofrendo muito, quando fui entrar na sala, esbarrei nela sem querer, no entanto foi tempo suficiente para saber que meu destino estava ligado a ela, afinal, era ela minha missão real, o motivo ao qual estaria aqui. Eu fiz os exames, levei de volta para o médico, então ele descobriu e me disse o que eu tinha, o problema que o que tinha era tão grave, estava tão avançado, que estava prejudicando minha visão, em breve eu estaria cego, não poderia mais correr como antes, não poderia usar meus poderes para salvar vidas, no entanto agora, eu só tinha mais uma vida para salvar, a da tal moça, que eu sabia que iria encontrar novamente, e muito em breve. A Carla ao me ver na empresa, quis saber o que eu tinha, precisava confiar em alguém, não sei se ela foi a pessoa certa, mas foi a mais próxima, eu a abracei, contei o que tinham dado meus exames, disse que em breve estaria cego, e tudo aquilo estava sendo difícil de aceitar, ela me perguntou qual seria o tratamento, quase me bateu quando eu disse, que não haveria tratamento algum. Ela me disse que poderia aprender muito se passasse a frequentar a associação, lá, os deficientes visuais sempre ensinavam como levar a vida de uma forma boa, descontraída, em partes concordei em ir lá com ela durante algumas vezes, sabendo que hoje eu a guiava, mas que em breve, ela iria me guiar, por ter visão um pouco e eu já não teria nem uma. Os dias foram se passando, a Liah percebeu que eu estava triste, embora me questionasse eu dizia sempre que não era nada, embora estivesse pesado demais, carregar aquele fardo sozinho, por enquanto, só a Carla sabia daquele meu segredo, e eu precisava tomar muito cuidado, para que mais ninguém tomasse conhecimento do assunto. Tudo estava tranquilo, parecia um dia comum e em paz, chovia no centro de Londres, quando um acidente em uma estação de metrô , fez um deles explodir, dentro dele estava a Liah o carro dela avia dado defeito e até que arrumasse no fim do dia, ela estava indo ao hospital. Ao ver a estação em chamas, mais uma vez entrei em ação, e em meio ao povo que eu resgatava eu sabia que ela estava ali, não conseguia a achar. De repente, retirei do fogo a moça do outro dia, foi a primeira vez em que olhei fundo aos olhos dela, descobri que ela passava pelo mesmo que eu, guardávamos o mesmo segredo, sobre algo que estava em nós, uma bomba relógio pronta a explodir a qualquer momento. Eu a coloquei em um carro de bombeiros, voltei para as chamas, finalmente encontrei a Liah, ela estava muito ferida, a peguei nos braços e levei ao hospital, todos se assustaram ao ver ela em meus braços desacordada e muito machucada, os médicos vieram ao meu encontro, o doutor Mateus a colocou sobre uma maca, a levou para a sala de emergência e agora a mulher que eu amava, estava nas mãos do Homem que ela ama, que ironia do destino. Logo o Mateus saiu para fora da sala, me disse que ela estava bastante ferida, que fizeram todo o necessário mas que ela ficaria bem, a Lara chegou correndo e chorando, retransmiti a ela a notícia e ela olhou para ele, depois que ele foi atender outros pacientes, ela me disse que era ele o grande amor da Liah, eu a silenciei dizendo que eu sabia, ela me questionou que estava fazendo ali no hospital, ela me disse que na TV viu o tal Herói saindo das chamas com a Liah nos braços, eu disse que também vi, por isto estaria ali, em busca de notícias, que o Herói não estava ali mais, ela acreditou e por hora, meu segredo estava bem protegido. Eu entrei no quarto, a Liah estava acordada, ainda sentia dor, eu me aproximei e beijei sua face, ela viu o Mateus entrando no quarto, ele a examinou, notei como os olhos dela brilhavam ao ver ele, depois ele saiu, ela começou a chorar quando me viu, eu passei a mão sobre o rosto dela, enxuguei suas lagrimas, fiz seus ferimentos pararem de doer, ela queria entender como havia feito aquilo e prometi que um dia ela saberia de toda a verdade, só não estaria na hora ainda. Deixei ela descansando e retornei a empresa, a Carla foi me procurar, queria saber como eu estava estava muito preocupada comigo, nós conversamos durante muito tempo, enquanto assinava os papéis para o envio de medicamentos ao governo ela me questionava e tentava me fazer aceitar a possibilidade de um tratamento, ela não queria aceitar que eu não fosse fazer nada para acabar com o que poderia acabar comigo. Eu mesmo assim, após conversar com ela, fui ao hospital visitar a Liah e a levei comigo, enquanto eu via a médica ela aguardava do lado de fora, eu entrei no quarto e a Liah já estava bem melhor, o Mateus ainda naquele dia iria a dar alta. Ela disse que queria falar comigo, no entanto eu pressentia o que ela iria dizer e tentei adiar a conversa. O Mateus entrou no quarto, mais uma vez os olhos dela brilharam e eu me senti na obrigação de fazer meu grande amor feliz, mesmo que para isto ela não pertencesse a mim, era este um fato que eu precisaria aceitar não importa o quanto fosse doer. Eu sai do quarto, pedi para que o Mateus falasse comigo, ele aceitou e fomos tomar um café. Eu disse a ele que gostaria de conhecer um pouco de sua vida, saber de sua história, ele mesmo achando estranho me contou, eu não sabia se ele era a pessoa certa para a Liah, mas ela o amava e era isto que contava para mim. Eu então perguntei a ele se ele sabia que a doutora Liah era apaixonada por ele, ele respondeu dizendo que não, eu disse a ele que se ele quisesse, deveria a procurar, para viverem este amor. Sai, voltei para perto da Carla, eu a abracei e comecei a chorar, ela não entendia nada mas talvez estivesse na hora dela saber de todos os meus segredos. Antes de sair do hospital, alguém se aproximou de mim, ela me seguiu até a saída e depois notei que era a moça que retirara do fogo ela me olhou e disse: "Herói! Meu Herói!" "Desculpe, não compreendo." "Você é Oriel Siberlink, o Herói que salvou minha vida, que habitou meus sonhos, que faz parte de minha vida." Contou-me que sonhara comigo, assim como eu também, percebi que nossos destinos estavam ligados e a disse que estava ali, para a ajudar, trocamos um abraço e a partir de então eu e Patrícia, começávamos a nos conhecer, para que no dia exato, eu pudesse realizar a escolha certa afim de a manter bem, viva e protegida, afinal ela era minha missão final. A Carla me olhou, me convidou para ir em sua casa e eu fui, chegamos no apartamento dela e a Karen ainda estava na escola, sentei-me lá, e ela me perguntou sobre o que conversei com a Patrícia, finalmente era a hora dela conhecer meu segredo. Antes que eu pudesse contar meu segredo a ela, senti uma forte dor, ela então percebeu e me abraçou, ficamos durante minutos assim, senti o coração da Carla junto ao meu, sentia alguém perto de mim como nunca, e nunca havia então desejado ter uma mulher como naquele momento. Controlando-me envinventando desculpas, eu sai da casa dela e fui embora, decidi refletir em meu apartamento sobre tudo aquilo que estava acontecendo e até sobre o que iria acontecer. No dia seguinte, abri um jornal e tive uma grande surpresa, meu irmão publicara uma manchete que dizia que eu estava enganando a todos inclusive ao governo inglês, dizendo ser o Herói, quando na realidade ele era o Herói que estava salvando o mundo. Não sei como, mas ele teve acesso ao meu segredo e estava usando de uma mentira para me prejudicar. Ao ler aquilo na prisão, meu pai entrou em contato com minha mãe e minha irmã, ele revelou a elas que eu sim era o Herói e que se quisessem deveriam comprovar por si mesmas. Minha irmã me procurou para conversar, enquanto minha mãe não quis saber e acreditou em meu irmão. Os dias se passaram, a repercussão traçada pela mídia foi grande sobre o caso, embora eu não pudesse me revelar, eu precisava proteger minha imagem que ficara denegrida aquilo. A Cristina então marcou uma coletiva de imprensa onde eu deveria expor ao mundo meu segredo, no entanto isto não seria possível de fazer a tempo. Meu irmão ficou sabendo da coletiva, ele contratou uns Homens que foram até meu apartamento, eles invadiram lá enquanto dormia, colocaram fogo no local. Eu acordei assustado em meio as chamas, um dos Homens ficara no local para me impedir de fugir, meu irmão ficara do outro lado da rua vendo tudo, eu tentei combater o Homem que estava ali, afim de tentar sair para fora, meu irmão me viu e sabia que precisava fazer valer sua história falsa e ele teve sorte nisto, sem querer, a pontada forte veio, eu cai do prédio no chão, bati com a cabeça e desmaiei, meu irmão retirou minha mascara de Herói e postou em seu rosto, ele então atirou no Homem e o matou, me pegou no colo e foi me levando em direção ao resgate, antes, me machucou muito, com a esperança de que eu morresse. Fui levado ao hospital, ao chegar, fui atendido pelo Mateus, mais uma vez a ironia do destino, sendo medicado pelo meu próprio rival. A Liah entrou no quarto, me viu desacordado e ferido e disse que queria ter poderes para me curar, ele então perguntou se ela me amava, ela respondeu que não, ela então disse a ele que amava outra pessoa, alguém que não poderia ter, ele perguntou se se tratava dele, ela se calou e ele se aproximou dela, ali em minha frente, eles se beijaram e eu abri os olhos sentindo a cena, porém não podendo a ver. A Liah me viu abrindo os olhos, se desesperou achando que eu vira o que ela fizera com o Mateus, ele saiu do quarto e eu gritei. "Eu quero a Carla! Agora!" A Liah tratou de localizar ela e ela logo foi ao hospital, minha irmã já estava lá, ela também presenciou a cena que meu irmão armou e fotografou tudo, mandou para a mídia que revelou em fim, quem era o verdadeiro Herói de Londres, denegrindo assim meu irmão o deixando com raiva. A Carla chegou a mim, e eu pedi para que fosse perto de mim, ela foi, a Liah estava parada na porta e eu falei. "Carla, tudo acabou! Estou cego!" Eu não poderia ver, mas senti a expressão dos rostos de Lory e Liah, senti as lagrimas de Carla descendo sua face e senti uma vontade louca de que o plano de meu irmão desse certo, que ele pudesse me matar. Logo o Norton me mandou uma mensagem, ele iria me pegar, não demoraria muito e ele levaria ao meu fim. Eu precisava desenvolver algo para proteger Patrícia, não entanto eu não poderia fazer nada agora, estava de pés e mãos atadas, sem poder ver, destinado a não ser mais o Herói. Todos saíram do quarto e eu disse para que a Liah ficasse em paz, para que ela fosse feliz com o Mateus, ela então saiu do quarto e a Carla logo entrou. Eu sentei na cama, a abracei e disse que estava na hora de conversarmos, ela gostou do assunto e começou a falar. "Você salvou minha filha, eu tentei te matar, não me deixou ser presa, salvou Liah, Patrícia, Cristina entre tantas outras pessoas, sempre vem me protegendo por que isto querido, afinal quem é você? Um anjo? Um justiceiro?" Dentro do quarto do hospital, era então a hora de Carla conhecer meu segredo. "Carla, meu nome é Oriel Siberlink, sou filho do dono da SHG Corporation, a maior indústria farmacêutica de Londres. Cerca de 80% de toda a nossa produção, vai para o governo federal, que compra nossos produtos e os repassa aqueles que não tem condições de comprarem seus medicamentos, os outros 20% comercializamos, e assim conseguimos ao longo do tempo, nos tornar a maior empresa de fabricação de remédios da Inglaterra, tendo assim uma grande fortuna, que muitos estão de olho. Sou o mais novo, de uma família de mais 2 irmãos, um Homem o mais velho, Norton que nunca quis saber de nada com nada, não fez nem uma faculdade, e para terminar o colegial, foi obrigado por nossos pais, também tenho uma irmã, Lory, minha irmã do meio, que decidiu fazer faculdade, mas não de medicina como o papai queria, e sim de turismo e hotelaria, que apesar de contradizer a vontade de nosso pai, sempre foi uma das queridas da família, e que eu particularmente adoro demais, mais que o outro, que é um carrasco. Eu, sou o mais novo bem como disse antes, meu pai acho que nunca me deu muita atenção, nunca pensou que fosse chegar em algum lugar, e nem se deu ao luxo de se importar, quando passei no vestibular para fazer faculdade de jornalismo, porém, diferente dos meus irmãos, eu sempre me interessei pelos negócios da família, embora não tenha demonstrado nunca isso, sempre observei tudo de longe, aprendi a negociar sozinho, pois um dia, pretendo se meu pai permitir, conciliar o meu trabalho e a nossa empresa juntos em minha vida. Acredito que cada um de nós, está destinado a fazer algo de importante nessa vida, e com a total certeza já descobri minha missão, salvar vidas. Fui enviado a este mundo por alguém, que percebera o curso que o mundo tomara, criei poderes submortais, que me permitem ir além da imaginação e da aceitação humana, cheguei ao ponto mais alto que um ser poderia chegar. Sou um guardião enviado ao mundo, com a missão de proteger e salvar vidas, sou um Homem que apesar de minha boa posição social, está presente neste mundo, afim de obter cada vez mais sucesso para as pessoas que me cercam. Carla, eu sou um ser destinado a salvar e proteger, mas que agora está condenado a pagar caro, por não escutar os outros. Sabe, não posso mais seguir em frente, no entanto eu só queria uma nova oportunidade para seguir. Agora eu não quero e nem preciso de muito, não desejo nem um reconhecimento, apenas quero fazer o certo, e ajudar na melhoria do mundo em que eu vivo, pois ao contrário de muitos, vejo muito além do que o lindo mundinho que o luxo poderia me fazer ver, eu sou apenas mais um dentre tantos no mundo, destinado a ser um Herói." As lagrimas desciam dos olhos de Carla, abraçada com seu Herói, foi inevitável ela não sentir vontade de o beijar, incontrolável foi o desejo mortal, que a fez tocar os lábios de Oriel ao menos uma vez, mesmo que rapidamente, fazendo-o perceber, que talvez aquela ação fora a última que tomara na vida. Norton revoltado invade o quarto de Oriel, armado retira a arma e atira, o primeiro tiro em direção a Carla, no entanto enquanto Herói, Oriel toma a frente, o irmão o atira, e o Herói desaba sobre os pés de Carla, agora sem vida alguma. Continua... Direitos Reservados. Proibido repassar. Onnekalel RG.