Capítulo 11: Aproximação.


Adriana e Egel saem do local, ele a coloca dentro da viatura e a conduz
até a central da polícia federal.

Ao chegar lá, ele a entrega salva para Fridon e diz a ele que parte de
sua missão estava concluída e que agora só faltava pegar o irmão. O
ministro ficou sabendo da libertação da filha, grato ele quis conhecer
Egel.

"Sou o ministro Fridon, você salvou minha filha, e eu nunca terei meios
para o agradecer por esta ação. No entanto, se houver algo que eu possa
fazer, pode me pedir."
"Senhor ministro, muito prazer conhecê-lo, não precisa me agradecer por
nada, fiz o necessário a se fazer. Quanto a forma de agradecimento, por
hora não posso pedir nada, mas gostaria sim de quando fosse a hora
certa, de fazer um pedido, assim que tudo isto terminar."

Assim, ficou combinado que eles conversariam após a prisão de Victor, e
então Egel saiu da sala, deixando o ministro Fridon conversar em paz com
a filha Adriana.

Depois de conversar com o pai, Adriana procura a irmã e diz a ela que
deseja saber informações sobre Gyndolf Egel, Andresa questiona ela sobre
por que ela quer saber dele, mas ela não responde apenas diz que quer
saber. Na sala do noivo, Adriana e Andresa procuram pelo computador nos
registros toda a ficha de Egel, agente federal desde 18 anos, filho de
Davi Egel, morto por um terrorista, Egel, era um dos melhores apesar de
sua ficha demonstrar o quanto ele não dava valores as regras seguidas
pela polícia na época, desde que suas missões fossem cumpridas. Por este
motivo foi preso na criogênica, ele estava comandando uma ação, e acusou
seu companheiro de equipe de fazer pactos com bandidos, não acreditaram
na informação dele, e em um grande roubo dezenas de pessoas morreram e a
culpa caiu sobre ele, o tornando assim um agente preso. Adriana
descobriu da filha no hospital, da esposa morta, e imaginou então o
choque que isto seria para ele que durante dez anos ficou sem saber nada
do mundo e acordou agora, despertando para uma cruel realidade.

Adriana passou a falar e se interessar muito por Egel, o que despertou
ciúmes em Fridon, que não estava gostando nada disso. Ele chegou até ela
e disse que passou por muitas provações nos últimos dias, e disse a ela,
que ela precisava de ferias, ela estaria sendo afastada da polícia
federal quando na realidade, fora esta uma jogada para a afastar de
Egel.

Adriana revoltada disse que queria pegar Victor, saiu da sala do noivo
nervosa e foi em direção ao estacionamento. Lá, ela se encontrou com
Egel, que estava saindo com Karen e outros agentes em busca de uma pista
que  levasse a Victor, Egel percebeu que ela estava se aproximando e
pediu para o motorista da vã esperar, ele desceu e foi até ela.
"Adriana tudo bem?"
"Sim."
"A ta, eu preciso ir então, pelo jeito que saiu de lá de dentro, pensei
que estivesse acontecendo alguma coisa."
"Não se preocupe, o Fridon me afastou da PF porque segundo ele depois de
ser sequestrada eu não tenho mais condições de trabalhar por enquanto,
mas tudo bem, eu falarei com meu pai e vou resolver isto."
"Calma, tudo vai dar certo fique em paz."

Ele a beija a face e se vai, ela guarda aquela cena na cabeça enquanto
Andresa vê tudo parada na porta, bem como os olhos da irmã brilharam
após o beijo.

Andresa se aproxima de Adriana, ela pergunta para a irmã se
alguma coisa está acontecendo, a irmã responde que não e ela quer saber
o significado daquele olhar que ela trocara para com Egel. Adriana diz
que foi impressão, que não houve nada na troca de olhares e sai de lá
indo para casa.

A noite chega, Egel não consegue encontrar nada sobre Victor e vai para
a casa de Karen onde ficará hospedado até tudo aquilo passar. Pela
noite, Karen o leva ao hospital onde ele vê a filha tão indefesa, tão
fraca, onde ele chora e chora muito, se culpando por não estar ali para
ajudar ela quando ela precisara de tal ajuda. Egel beija a face da filha
e se vai do hospital, depois volta para a casa de Karen, onde começa a
pensar em tudo que aconteceu, onde conta para Karen sobre o sonho que
teve e seu final, querendo saber se aquilo foi realmente um sonho ou se
iria acontecer da mesma forma.

Enquanto isto, Adriana fala com o pai, mas ele não a escuta, ele diz que
tem que respeitar a decisão de Fridon e que não vai intervir em favor
dela, mais revoltada ainda, Adriana pega o carro e sai de casa até ir
parar em uma praça de Londres, e para a sua surpresa Egel estava lá também.
"Boa noite Adriana, como vai?"
"Não estou bem, meu pai se recusou a me ajudar, não quer intervir na
decisão de Fridon, até quando vão me tratar como criança?"
"Calma por favor, ficar alterada não vai resolver todos os problemas, eu
queria explodir também, mandar o mundo todo para o inferno mais
infelizmente não posso, não funciona assim."
"Me desculpe, nem te conheço direito e já estou falando de mim para você
Egel, me perdoe por favor."
"Não precisa pedir perdão, pode falar de ti o quanto quiser, a única
coisa boa de ter saído daquela prisão, foi poder conhecer você, eu
estive lá, sonhei com você só que jamais pensei que fosse real, e que
estaria aqui tão perto."
"Sonhou comigo, como assim?"
Egel então contou a ela, tudo aquilo que sonhara enquanto esteve preso,
desde como conhecera ela até como terminou o sonho, com ele explodindo
junto a uma bomba nuclear.

Enquanto eles conversavam, um novo prédio fora atacado por Victor em
Londres, e Egel tomou conhecimento da ação, ele precisava ir  para a
central da PF inglesa, e Adriana queria ir junto para o ajudar no
entanto teoricamente não poderia.

Ela entrou no carro e foi com Egel para a PF, chegando lá, Egel descobriu
um local que seria o próximo alvo de Victor, e para lá ele se foi
levando Adriana junto.
"Se quer ir ajudar, pode ser perigoso, mas venha comigo."
Eles saem e vão ao local indicado pela informação da inteligência
inglesa, chegam lá enquanto Fridon é avisado pela PF da ação de Victor.
Egel da de cara com o irmão, o dá voz de prisão mas ele não para, então
Adriana para em sua frente e manda ele ficar quieto, Victor percebe que
ela fugira do cativeiro e fica revoltado.

Ele tenta atirar na moça, mas Egel entra na frente e começa um combate
corporal contra o irmão, Adriana consegue tomar a arma dele, e então o
dá voz de prisão novamente. Victor atinge Egel e ele cai no chão, ele
corre e Adriana não consegue ir atrás.
"Egel, está bem?"
"Eu estou bem sim não se preocupe."
Os dois se olham enquanto as sirenes da polícia indicam sua chegada pelo
local, Adriana pega Egel pela mão, ele levanta e os dois se olham, desta
vez, um olhar fixo, cheio de brilho de ambas partes.
"Não sei explicar, mas desde que me salvou, sinto uma coisa estranha ao
te ver."
"Adriana, estava em nossos destinos nos conhecermos, só não sei ainda o
por que, mas vou descobrir."
Eles se abraçam e Fridon entra com uma equipe no local e vê a cena,
revoltado ele grita querendo saber o que Adriana faz ali, e Egel diz que
ela está com ele, que Victor conseguiu escapar.

Fridon fica mais revoltado ainda e cheio de ciúmes e percebe que está na
hora de devolver Egel para a prisão.

Ele liga para o ministro e exige a prisão de Egel novamente, se
compromete a pegar Victor ainda naquele dia ou ele entregaria o cargo,
mais uma vez o ministro acredita no sobrinho e decide dar ordens para
prender Egel.

Adriana descobre através de Karen isto e corre para a polícia onde vai
avisar Egel do que está prestes a acontecer, eles então decidem se unir,
e naquele dia era necessário que Egel pegasse o irmão.
Egel e Adriana saem juntos da PF e Fridon toma conhecimento da ação,
mais nervoso ele sai atrás, enquanto Victor se prepara para seu próximo
alvo em potencial, a própria polícia federal.

Victor passa pela segurança, posta uma bomba e sai, enquanto isto Fridon
está vendo Egel e Adriana entrarem na casa de Karen. Karen por sua vez,
sabe que Egel está em sua casa, ela nota quando Victor passa pela
segurança e liga para casa.
"Egel, Victor esteve aqui, deixou um pacote e saiu, e agora, o que
fazemos?"
"Com certeza ele deixou uma bomba para vocês, evacuem o prédio pois ele
vai detonar."
Karen dá o alerta e exige a evacuação do local, enquanto do outro lado
da rua Victor Egel dispara a bomba que explode.
Continua...