Neurologia: Os mistérios cerebrais: Esclerose Múltipla: Site Onnekalel RG. Com informações para Airis Comunicação Kalel Airis. Da redação Um mal que afeta há cerca de 35000 pessoas somente no Brasil, e mais de 2 milhões ao redor de todo o mundo. Ocasionada por falhas no cérebro, por déficits no sistema entre cérebro e medula espinhal, a doença acarreta diversos problemas e não possue cura. Esta é a esclerose múltipla, o que iremos retratar nesta edição. Esclerose múltipla é uma doença neuroimunológica (que envolve o sistema nervoso e de defesa) de causa desconhecida que apresenta lesões no Sistema Nervoso Central (SNC). Caracteriza-se por surtos periódicos e tende a piorar a cada crise. Pode também ser progressiva, com piora constante. Lesa a mielina, camada que recobre o nervo e liga o cérebro ao corpo. A esclerose múltipla é mais comum em mulheres que em homens, e manifesta-se, em média, entre os 18 e 45 anos de idade. A doença começa com um distúrbio no sistema imunológico. Algumas células de defesa, que devem proteger o organismo, estranham-no e passam a destruí-lo. A camada de mielina é lesada. O dano à mielina, que tem como função conduzir os estímulos nervosos, impede a transmissão das mensagens entre o cérebro e o resto do corpo. Na maioria dos portadores, a doença provoca uma série de crises. Os sintomas podem ser discretos ou intensos, aparecer e desaparecer. Muitas vezes, as manifestações do mal são confundidas com outras doenças, menos graves, como labirintite. Atualmente, o exame mais eficaz para reconhecer a esclerose múltipla é a ressonância magnética. Com ele, são notadas as lesões que surgem no sistema nervoso. Na imagem do exame, as regiões afetadas pela doença são acusadas, e o neurologista experiente, pode compreender melhor os pontos aos quais ela ataca mais no momento seu paciente. A doença atualmente não tem cura, mas há medicamentos adequados que conseguem reduzir a intensidade dos surtos, tornar menos freqüentes as ocorrências e oferecer boa qualidade de vida ao doente. Os remédios são distribuídos pelo serviço público de saúde e devem ser exigidos. O médico precisa sempre acompanhar o paciente para controlar possíveis efeitos colaterais. O tratamento também pode envolver: fisioterapia, hidroterapia, terapia corporal , exercícios físicos , terapia ocupacional entre outras atividades que movimentem o cérebro e façam o paciente se exercitar e pensar. Ao contrário do que dizem, esclerose não é uma doença que ataca idosos, e que significam sua perca de sentidos entre o certo e o errado. Raramente esta faixa etária é atingida pela doença. É um termo errônio dizer que a esclerose é doença de velho, e pior, que é doença que deixa o velho com retardamento mental. As pessoas portadoras desta doença, precisam muito de atenção, carinho de familiares e amigos e o acompanhamento médico constante. Como é difícil diagnosticar a doença, em alguns casos quando se descobre a mesma, ela já está em um estágio avançado, sem meios para recorrer aos danos que já causou ao cérebro e ao corpo. Mesmo assim, os medicamentos são extremamente importantes, para aliviar os sintomas e diminuir ao máximo a crise da doença. A faixa etária de pessoas portadoras desta doença é entre 18 e 45 anos, mas isto não impede pessoas com outras idades de adquirirem. Em casos raros, crianças com menos de 10 anos apresentam a doença e não é muito difícil de encontrar situações assim. Neste caso, é mais complicado se fazer o diagnóstico e a família deve buscar ainda mais ajudas e tratamentos médicos. Colaborou Salete Letermann. Neurologista cirurgiã psicoterapeuta especialista em oncologia de tumores cerebrais.