Nas oitavas-de-final, mesmo jogando mal, o Brasil confirmou seu favoritismo contra a Bélgica, que deu muito trabalho. Sem dificuldades e contando com falhas do goleiro adversário, a Inglaterra bateu a Dinamarca e se classificou para as quartas. A Alemanha teve muitas dificuldades para bater o Paraguai, com um gol marcado no finalzinho do jogo. A Espanha sofreu muito para bater a Irlanda, que mostrou ser um time que nunca desiste. Foi só nos pênaltis que os espanhóis conseguiram sua classificação para a fase seguinte do mundial. O surpreendente Senegal derrubou mais um favorito. Dessa vez, os africanos, estreantes em Copas, bateram a Suécia, com o chamado "gol de ouro", na prorrogação. Outra zebra das oitavas foi a vitória da Turquia sobre o Japão, em pleno território do adversário. Os Estados Unidos, tradicionais "fregueses" do México, dessa vez mudaram a escrita, vencendo o vizinho e chegando entre os oito primeiros depois de setenta e dois anos. Contando com o apoio da torcida e com alguns erros do árbitro a seu favor, a Coréia bateu a Itália, na prorrogação, e se tornou a primeira seleção asiática a ficar entre os oito primeiros em uma Copa do Mundo. Confira abaixo os detalhes das partidas emocionantes das oitavas-de-final.

Alemanha x Paraguai Inglaterra x Dinamarca Senegal x Suécia Espanha x Irlanda Estados Unidos x México Brasil x Bélgica Japão x Turquia Coréia x Itália

Alemanha 1 x 0 Paraguai:

Gol: Neuville, aos 43 minutos do segundo tempo.

Alemanha: Kahn, Linke, Rehmer (Kehl), Neuville (Azamoa), Metzelder (Baumann), Jeremies, Schneider, Frings, Ballack, Bode e Klose. Técnico: Rudi Voeller.

Paraguai: Chilavert, Ayala, Gamarra, Arce, Caniza, Cáceres, Struway (Cuevas), Acuña, Bonet (Gavilan), Santa Cruz (Jorge Campos) e Cardozo. Técnico: Cesare Maldini.

Juiz: Carlos Batres (Guatemala).

Cartões amarelos: Acuna, Cardozo (Paraguai); Schneider, Baumann, Ballack (Alemanha).

Cartão vermelho: Acuna (Paraguai)

Público: 25.176 pessoas.

Local: Seogwipo (Coréia do Sul).

Inglaterra 3 x 0 Dinamarca:

Gols: Rio Ferdinand, aos 4, Owen, aos 22, e Heskey, aos 43 minutos do primeiro tempo.

Dinamarca: Sorensen; Henriksen, Laursen e Helveg (Bogelund); Niclas Jensen; Tofting (Claus Jensen), Gravesen, Gronkjaer e Rommedahl; Tomasson e Sand. Técnico: Morten Olsen.

Inglaterra: Seaman; Mills, Campbell, Rio Ferdinand e Ashley Cole; Scholes (Dyer), Butt, Beckham e Sinclair; Owen (Fowler) e Heskey (Sheringham). Técnico: Sven-Goran Eriksson.

Juiz: Markus Merk (Alemanha).

Cartões amarelos: Tofting e Mills.

Público: 40.582 pessoas.

Local: Niigata, no Japão.

Senegal 2 x 1 Suécia:

Gols: Larsson, aos 11, e Camara, aos 37 minutos do primeiro tempo; Camara, aos 14 minutos do primeiro tempo da prorrogação.

Suécia: Hedman; Mellberg, Mjallby, Jakobsson e Lucic; Magnus Svensson (Jonson), Alexandersson (Ibrahimovic), Anders Svensson e Linderoth; Allback (Andreas Andersson) e Larsson. Técnicos: Tommy Soderberg e Lars Lagerback.

Senegal: Sylva; Coly, Diatta, Malick Diop (Beye) e Daf; Faye, Cisse, Thiaw e Bouba Diop; Camara e Diouf. Técnico: Bruno Metsu.

Juiz: Ubaldo Aquino (Paraguai).

Cartões amarelos: Coly e Thiaw (Senegal).

Local: Oita, Japão.

Espanha 1 (3) x (2) 1 Irlanda:

Gols - Morientes, aos 8 minutos do primeiro tempo, e Keane, aos 44 do segundo, de pênalti. Nos Pênaltis, o goleiro Casillas, da Espanha, se tornou o herói, pegando os chutes de Connolly e Kilbane. O irlandês Holland bateu na trave, enquanto seus companheiros Keane e Finnan fizeram. Pelo lado espanhol, Hierro, Baraja e Mendieta fizeram, enquanto Juanfran e Valerón chutaram para fora.

Espanha - Casillas; Puyol, Hierro, Helguera e Juanfran; Valerón, Baraja, Luís Henrique e De Pedro (Mendieta); Raúl (Luque) e Morientes (Albelda). Técnico - José Antonio Camacho.

Irlanda - Given; Finnan, Staunton (Cunningham), Breen e Harte (Connolly); Kelly (Quinn), Holland, Kilbane e Kinsella; Duff e Keane. Técnico - Mick McCarthy.

Árbitro - Anders Frisk (Suécia).

Cartões amarelos - Juanfran, Baraja e Hierro.

Público - 38.926 pessoas

Local - Estádio de Suwon, na Coréia do Sul.

Estados Unidos 2 x 0 México:

Gols: McBride, aos 8 minutos do primeiro tempo; e Donovan, aos 20 do segundo.

México: Perez; Vidrio (Mercado), Marquez e Carmona; Arellano, Rodriguez, Torrado (Garcia Aspe), Luna e Morales (Luis Hernández); Blanco e Borgetti. Técnico: Javier Aguirre.

Estados Unidos: Friedel; Pope, Sanneh, Mastroeni (Llamosa) e Berhalter; O´Brien, Eddie Lewis, Claudio Reyna e Donovan; Josh Wolff (Stewart) e Brian McBride (Cobi Jones). Técnico: Bruce Arena.

Juiz: Vítor Melo Pereira (Portugal).

Cartões amarelos: Pope, Matroeni e Berhalter (Estados Unidos); Vidrio, Luis Hernández, Blanco, García Aspe e Carmona (México).

Cartão vermelho: Rafael Marquez (México).

Público: 36.380 pagantes.

Local: Jeonju, Coréia do Sul.

   Brasil 2 x 0 Bélgica Gols - Rivaldo aos 21 e Ronaldo aos 42 minutos do segundo tempo.

Brasil - Marcos; Lúcio, Roque Júnior e Edmílson; Cafu, Gilberto Silva, Juninho Paulista (Denílson), Ronaldinho Gaúcho (Kléberson) e Roberto Carlos; Ronaldo e Rivaldo (Ricardinho). Técnico - Luiz Felipe Scolari.

Bélgica - Geert De Vlieger; Jacky Peeters (Wesley Sonck), Daniel Van Buyten, Yves Vanderhaeghe e Nico Van Kerckhoven; Timmy Simons, Bart Goor, Gert Verheyen e Johan Walem; Marc Wilmots e Mbo Mpenza. Técnico - Robert Waseige.

Juiz - Peter Prendergast (Jamaica).

Cartões amarelos - Roberto Carlos (Brasil) e Yves Vanderhaeghe (Bélgica).

Público - 40.440 pessoas.

Local - Kobe Wing Stadium, em Kobe, no Japão

Turquia 1 x 0 Japão:

Gol: Davala, aos 11 minutos do primeiro tempo.

Japão: Narazaki; Matsuda, Miyamoto e Koji Nakata; Myojin, Inamoto (Ichikawa) (Morishima), Hidetoshi Nakata, Toda e Ono; Alex Santos (Suzuki) e Nishizawa. Técnico: Phillipe Troussier.

Turquia: Recber; Akyel, Korkmaz, Ozalan e Unsal; Davala (Nihat), Kerimoglu, Basturk (Mansis) e Penbe; Sas (Tayfur) e Sukur. Técnico: Senol Gones

Árbitro: Pierluigi Collina, Itália.

Cartões Amarelos: Toda (Japão); Ozalan, Penbe e Sukur (Turquia).

Público: 45.666 torcedores.

Local: Estádio de Miyagi, Japão.

   Coréia 2 x 1 Itália

Numa trágica repetição do que ocorreu na Copa da Inglaterra, em 66, quando a Coréia do Norte eliminou a Itália, 36 anos após a "Squadra Azul" foi desclassificada pelos sul-coreanos, na prorrogação, após empate por 1 a 1 no tempo normal. Vieri marcou para a Itália aos 8 minutos do primeiro tempo e Seol empatou aos 43 do segundo tempo. Ahn, que havia desperdiçado um pênalti no começo da partida, defendido pelo goleiro Buffon, fez o gol da classificação aos 10 minutos do segundo tempo da prorrogação.

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