Por Érico Borgo 18/12/2002

Em O Senhor dos Anéis: A sociedade do Anel , você conheceu um pouquinho da Terra-média, acompanhando a viagem de Frodo, Gandalf, Aragorn e companhia, em direção à Mordor.

Agora, em O Senhor dos Anéis: As duas torres , a sociedade está divida, depois de inúmeros percalços, e a história segue por três caminhos diferentes, ou seja, três vezes mais paisagens, personagens e raças.

Sendo assim, para que você fique por dentro dos principais termos empregados nos livros e no filme, preparamos um glossário básico de raças, acontecimentos prévios e a história dos artefatos mais importantes para um bom entendimento da obra.

Caso você deseje informações mais aprofundadas, algumas dicas: leia os livros O Hobbit , O Senhor dos Anéis (3 volumes) e O Silmarilion - livro que reúne as anotações e detalha as lendas e histórias criadas por John Ronald Reuel Tolkien (3/1/1892 - 28/6/73) para embasar a criação da Trilogia do Anel . Procure também acessar os sites dedicados à obra de Tolkien. No Brasil existem alguns muito bons como www.natoca.com.br (primeira comunidade sobre o escritor no Brasil), www.valinor.com.br (portal sobre a obra), www.conselhobranco.com.br (sociedade de estudos), que têm uma abordagem muito mais especializada e completa que a apresentada aqui.

Arda e a Terra-média

Um dos mais belos locais de Arda: a floresta de Lothlórien

Arda é o cenário de todos os acontecimentos descritos em O Senhor dos Anéis e O Hobbit . Segundo o autor, não se trata de um planeta fictício, e sim, da própria Terra num passado remoto, em que o mundo ainda era achatado e ainda existiam seres míticos e raças ancestrais há muito desaparecidas. A Terra-média é o continente de Arda em que todo O Senhor dos Anéis se passa. Tal continente se situaria na costa européia.

Para proteger Arda, o Criador, Eru Ilúvatar , designou seres angelicais como guardiões para proteger o planeta em seu nome: os Valar . Sua morada, o reino abençoado de Valinor , fica no além-mar, a oeste da Terra-média.

Saruman, o Branco

Dos Valar saiu Melkor (depois denominado Morgoth pelo elfo Fëanor ), um guardião que tornou-se malévolo. Dentre seus servidores, um se destacou: Sauron , que no futuro seria conhecido como o Senhor do Escuro e forjaria o Um Anel , um poderoso artefato com o poder de levar a Terra-média à uma era de trevas, escravizando as outras raças.

Como um contraponto ao poder de Morgoth e de Sauron, foram enviados à Terra-média os Maiar . São mensageiros com o objetivo de unir todos aqueles que tinham vontade de resisitir aos inimigos do criador. Em O Senhor dos Anéis conhecemos Gandalf, o cinzento (que durante a aventura sofre uma fantástica transformação) e Saruman, o Branco , dois desses Maiar que são magos (conhecidos com Istar). Alguns Maiar acabaram seduzidos pelo lado negro de Morgoth. Tais criaturas tornaram-se os Balrog (aquela criatura que enfrenta Gandalf nas minas de Moria).

Os Elfos

A senhora élfica Galadriel

Nos planos originais do Criador, seriam geradas duas raças para habitar Arda. A primeira, os primogênitos, são os Elfos . A raça mais antiga da Terra-média é também a mais bela. Altos, com lindas vozes e aparência altiva, os Elfos apreciam as estrelas, a ciência e as artes. Imortais, suas vidas só alcançam um fim prematuro se submetidos à violência ou à extrema tristeza. Há muito tempo, dividiram-se em dois ramos principais: os elfos do oeste e os do leste.

Em O Senhor dos Anéis , a maioria dos elfos pertencem ao povo do leste e todos falam o sindarin (uma das muitas línguas criadas por Tolkien para a saga). A canção Aniron , interpretada pela cantora Enya na trilha sonora do primeiro filme é cantada nessa língua. Arwen e Aragorn também conversam no idioma nativo dos elfos em diversas ocasiões nos filmes.

Quando Morgoth se rebelou e alcançou a Terra-média, os elfos foram convidados pelos Valar a se juntarem a eles em Valinor, pois o mundo começou a se tornar um lugar ameaçador. Entretanto, alguns povos élficos decidiram ficar na Terra-média. Esses tornaram-se os antepassados diretos dos elfos de Lórien e da Floresta das Trevas, berço do elfo Legolas (que também é apresentado em O Senhor dos Anéis )

Um orc

Porém, antes dos Valar chamarem os elfos para viverem em Valinor, Morgoth capturou alguns exemplares da raça e os torturou e deformou, transformando-os lentamente na antítese do que eram antes. De belos e iluminados, passaram a horrendos e escuros. Assim, o Valar maligno criou os Orcs , criaturas hominídeas nojentas que vivem apenas para combater ao lado dos poderes da escuridão.

Os Homens

Milhares de anos depois do surgimento dos elfos, apareceram no leste, os homens, a segunda raça prevista pelo criador.

Guerreiros preparados para
       o combate contra Morgoth

Divididos entre os fiéis a Morgoth e os amigos-dos-elfos (as casas de Bëor, Hador e Haleth), os homens foram praticamente exterminados quando derrotados em batalha pelas forças de Angband , o vil reino comandado por Morgoth. A situação se reverteu quando Ëarendil , embaixador tanto dos elfos quanto dos homens (pois era filho de uma união entre as duas raças), atravessou o Grande Mar e obteve a ajuda dos Valar contra seu inimigo comum, que acabou derrotado.

Como recompensa pelo sofrimento dos homens na contenda, foi-lhes concedida uma terra além-mar, afastada dos perigos da Terra-média. Lá foi fundado o reino de Númenor , onde os homens tinham uma longevidade três vezes maior que o normal. A civilização estabelecida em Númenor floresceu e progrediu durante séculos, culminando na maior potência marítima que o mundo já conheceu.

Os Anéis do Poder

Nesse ínterim, sem seu mestre, Sauron começou a reconstruir o reino de Mordor. Escravizando as raças bárbaras que lá viviam e reunindo legiões de Orcs, o novo Senhor do Escuro ergueu a torre negra de Barad-dûr (uma das "duas torres" do título do filme - a outra é Orthanc , morada de Saruman) e ampliou seu poder. Para não incorrer no erro de seu antigo senhor, Sauron assume uma forma agradável aos olhos e tenta seduzir os elfos para garantir seu sucesso. Como apenas os ferreiros elfos de Eregion foram enganados, Sauron começa a trabalhar com eles, empregando sua magia para ampliar suas habilidades. Centenas de anos depois, orientados pelo senhor do escuro, os elfos iniciam a forja dos Anéis do Poder .

A inscrição do Um Anel: Uma Anel para a todos governar, Um Anel para encontrá-los, Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los. Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.

Quando finalmente os artefatos são concluídos, Sauron retorna a Mordor, com todo o conhecimento necessário e, sozinho, forja o Um Anel , um objeto de poder incomensurável que pode desfazer e controlar todos os feitos dos demais anéis. Com o Um Anel, Sauron amplia suas chances de para conquistar toda a Terra-média e escravizar todas as raças.

Quando os elfos de Eregion percebem seu erro, explode a guerra entre eles e Sauron. Como resultado, quase todos os elfos de Eregion são aniquilados e a sua cidade destruída. Os poucos sobreviventes escapam para as colinas das Montanhas Sombrias e fundam Imladris, que mais tarde será conhecida como Valfenda (de suma importância em O Senhor dos Anéis ).

Sauron continua sua marcha de destruição, e teria conseguido seu intento se não fosse um formidável exército vindo de númenor, que veio em auxílio dos elfos. A união de suas forças rechaça o Senhor dos Anéis, que é forçado a recuar para Mordor.

Os Espectros do Anel

O Senhor do Escuro permance trabalhando em seu fortalecimento pelos próximos 1000 anos, ampliando suas força e estendendo seus domínios. É nessa época que Sauron presenteia nove anéis de poder a nove generais, que corrompidos pelos artefatos, tornam-se os Espectros do Anel , seus maiores servos. Os Espectros tem um papel importante na Trilogia do Anel, sendo os principais agentes de Sauron.

A queda de númenor

Depois da batalha que forçou O Senhor do Escuro a recuar, o reino de númenor floresce repleto de maravilhas por séculos. A harmonia se estabelece e os domínios dos Numenoreanos se expandem pelas costas.

O Um Anel no
       dedo de Sauron

Inevitavelmente, os caminhos de Númenor e de Mordor se cruzam, pois os dois reinos cresciam a cada ano. Entretanto, o poderio dos Numenoreanos é muitas vezes superior ao do Inimigo. O Senhor do Escuro, percebendo que não teria chance, humilhado, se rende aos oponentes e é levado para as masmorras de Númenor.

Longe de estar derrotado, Sauron novamente emprega uma arma tão ou mais eficaz que a força bruta - a sua inteligência. Em pouco tempo, o Senhor do Escuro convence o orgulhoso rei de númenor que seu povo deveria exigir dos Valar a imortalidade (que por direito só pertencia aos elfos), ao invés da longevidade excepcional que possuia m.

Sob sua a maligna influência, os rebeldes atacam Valinor. Como resultado, o Criador Ilúvatar destrói o reino presenteado aos homens. No ataque, o corpo físico de Sauron perece, mas ele passa a vagar como um espírito de ódio, escapando de volta ao continente. Entretanto, não é só o Senhor do Escuro que escapa de seu destino.

O elfo Elrond na Última Aliança de Elfos e Homens

Nove navios, carregando os homens que durante todo o tempo permaneceram fiéis a Valinor, aportam no noroeste da Terra-média. Então Elendil e seus filhos, Isildur e e Anárion , tornaram-se grandes senhores dos homens e fundam o Reino do Norte em Arnor , e o Reino do Sul em Gondor . Mas Sauron, cego pelo ódio, os ataca, e acontece a chamada última Aliança de Elfos e Homens.

Na batalha, Elendil morre e Isildur, com a espada quebrada de seu pai, decepa o dedo de Sauron, tomando para si o Um Anel. As forças do Senhor do Escuro são rechaçadas, porém mais tarde, Elendil é traído pelo Anel e acaba morto... e o maligno artefato, perdido. Os pedaços da espada de Elendil são guardados, esperando o momento de serem forjados novamente.

       O hobbit Frodo é o
       portador do Um Anel

No início de O Senhor dos Anéis , a ameaça de Sauron ressurge mais uma vez, e é primordial para os seus planos a localização e retomada imediata do Um Anel. Entretanto, a sua recuperação pode ser mais fácil do que ele imaginava, pois um mero Hobbit guarda o seu precioso instrumento de des truição.

A repentina importância dos Hobbits

Durante toda a história da Terra-média, um povo chamado Hobbit permaneceu alheio a todos os conflitos. Também conhecidos como "o povo pequeno", são uma das raças mais antigas da Terra-média.

Tais indivíduos medem cerca de metade da nossa altura, possuem pés grandes e com pêlos castanhos e encaracolados, cuja sola se assemelha a um couro. Por isso, não usam sapatos. São imberbes e gulosos, prova disso é sua tendência a serem gordos no abdome. Entre outras de suas características, usam roupas de cores vivas, adoram cantar, fumar cachimbos (soltar anéis de fumaça é um dos maiores prazeres de um Hobbit) e contar fofocas. Vivem em confortáveis tocas escavadas nas colinas, cuja arquitetura apresenta portas e janelas redondas. Não são mágicos, porém podem ser bastante furtivos quando assim o desejam.

O hobbit Bilbo

Agora, qual o papel que tal festivo e inocente povo pode ter na história de batalhas sangrentas de O Senhor dos Anéis?

Encontramos a resposta em Déagol , um hobbit de um ramo diferente da raça, que achou o Um Anel, perdido há tanto tempo. Quando revela seu achado, é assassinado pelo traiçoeiro Sméagol , antes seu amigo, que passa a carregar o artefato.

Com o passar dos anos, Sméagol acaba alterado pelo Anel. Torna-se uma criatura viscosa, com a pele macilenta e enegrecida... vive escondido do Sol, apenas contemplando seu precioso bem.

Muitos anos mais tarde, durante suas andanças e aventuras, um abastado hobbit chamado Bilbo Bolseiro encontra o Um Anel e o rouba de Sméagol, agora chamado Gollum (tais eventos são narrados em O Hobbit ). Bilbo mantém o objeto em seu poder por anos, até que decide deixar o convívio dos Hobbits e passa o objeto (cujas propriedades até então são desconhecidas) ao seu sobrinho Frodo .

A comitiva do Anel: Aragorn, Gandalf, Legolas, Gimli, Boromir e os hobbits Sam, Frodo, Merry e Pipp in

A Sociedade do Anel narra a viagem de Frodo, incumbido pelo mago Gandalf, e seus amigos Merry, Pippin e Sam Gamgi até Valfenda onde discutirão o que fazer com o Um Anel. Lá, se encontrarão com o anão Gimli , o elfo Legolas e os guerreiros Boromir e Passolargo , que ajudarão os Hobbits a cumprir seu destino.

As duas torres mostra o que aconteceu depois que a Sociedade foi desfeita. Segue três linhas narrativas distintas - a viagem de Frodo e Sam, a aventura de Merry e Pippin junto aos fascinantes pástores de árvores e, finalmente, a batalha de Legolas, Gimli, Aragorn e Gandalf em defesa do povo de Rohan.

Outras raças dignas de nota

ANÕES

       O anão Gimli

São uma raça resistente e obstinada. Amantes da pedra, das gemas e dos trabalhos manuais, os Anões são reservados e desconfiados, porém possuem uma natureza boa e pouquíssimos deles lutaram ao lado do inimigo.

Apesar de usarem a língua dos homens, entre si, usam em segredo um idioma próprio, utilizado desde os primórdios e considerado um tesouro do passado. Não revelam nem ao menos seus nomes verdadeiros, não escrevendo-o nem nas tumbas quando morrem. Gimli, nome pelo qual é conhecido o anão que acompanha a comitiva do Anel, bradou uma única frase no idioma secreto dos anões, conhecida dos campos de batalha desde que o mundo era jovem: Baruk Khazâd! Khazâd aimênu! "Machados dos anões! Os anões estão sobre vós!"

Os anões detestam os Elfos e vice-versa, mas Gimli e Legolas desenvolvem uma forte amizade, que pode ser percebida claramente em As duas torres . O diretor Peter Jackson também aproveitou o anão para a maior parte das cenas cômicas do filme, com grande sucesso.

Lurtz, líder dos Uruk-hai

ORCS ALTERADOS

Variações das criaturas Orc foram geradas pelo mago renegado Saruman , em experimentos a fim de fortalecer o seu exército. No primeiro filme, Peter Jackson criou Lurtz, um Uruk-Hai líder, para dar mais peso à participação das criaturas. Os Uruk-Hai são mais altos, mais fortes, mais inteligentes e têm a pele mais escura que os orcs originais.

Sauron, em sua fortaleza, repetiu as experiências de Saruman, gerando os temidos Uruks negros de Mordor .

GRANDES ÁGUIAS

Manwë , o primeiro Valar, utilizava águias gigantes como mensageiros para saber o que estava acontecendo na Terra-média. Tais criaturas, dotadas de fala e inteligência, tiveram um papel fundamental em O Hobbit . Gwaihir , o Senhor dos Ventos, é o líder das águias e tem um papel pequeno, porém fundamental, em A Sociedade do Anel .

Apesar de também aparecer no segundo livro da saga, a majestosa ave foi removida do segundo filme da série, provavelmente por parecer um tanto boba a repetição de seu papel.

TROLLS

Mais uma das criações malignas de Morgoth, os trolls são seres de grande estatura, força descomunal e pele dura como rocha. Se expostos à luz do Sol, essas crituras se transformam em pedra e assim permanecem pela eternidade. Um enorme troll das cavernas enfrenta a comitiva do Anel no primeiro filme da Trilogia. Em As duas torres são mostrados muito rapidamente, mas de maneira extremamente original - como bestas de carga.

WARGS

Esta espécie de lobo gigante selvagem apareceu pela primeira vez em O Hobbit . Tais criaturas, que também lembram as hienas, são dotadas de um certo grau de inteligência e são malignas. São freqüentemente utilizados pelos orcs como montaria. Em As duas torres , uma das mais tensas seqüências de ação mostra o ataque dos orcs de Saruman, montados em Wargs.

ENTS

Barbárvore

Uma das raças mais fascinantes criadas por Tolkien são os Ents . Gigantescas árvores hominídeas cuja atribuição no passado era pastorear as árvores. O mais antigo dos Ents é Barbárvore, que é revelado em As duas torres e auxilia Merry e Pippin em sua j ornada.

Pela sua longevidade, os Ents levam grandes períodos de tempo para conversar e têm vozes graves e poderosas. No segundo filme da série, Barbárvore é dublado por John-Rhys Davies, o mesmo ator que interpreta o anão Gimli. Quando decisões sobre acontecimentos muito importantes são necessárias, os ents podem convocar uma reunião, chamada "entebate" que costuma durar semanas.

Nos livros, Barbárvore fala da desgraça dos ents, o desaparecimento das entesposas séculos atrás. Por conta disso, não há "entinhos" e os pástores de árvores tornaram-se uma raça em extinção.

A participação dos Ents em As duas torres é sensacional e os efeitos especiais estão, como tudo na produção, surpreendentes!

NAZGÛL

Os Espectros do Anel outrora foram grandes generais dos homens. Corrompidos pelo desejo de poder e enganados por Sauron, os nove tornam-se espectros existentes em duas realidades distintas. Em A sociedade do Anel utilizam corcéis repugnantes para se locomoverem, mas que são destruídos nos limites da cidade élfica de Valfen da.

Em As duas torres os Espectros ressurgem mais terríveis, montados em formas ainda mais poderosas, não em cavalos, mas em bestas aladas. Embora tenham bico e garras, tais montarias não são pássaros, e nem mesmo morcegos... se assemelhando mais a dragões. São criados nas profundezas de Mordor e alimentados com carne de orc.

OLIFANTE

Olifante

Na canção de apresentação do Olifante mostrada no segundo livro da trilogia, Tolkien diz que " Quem um dia me conhece, de mim jamais se esquece ". Nada mais justo, já que trata-se de um elefante gigantesco, pelo menos cinco vezes maior do que os que conhecemos. Além disso, tais criaturas possuem quatro presas de marfim e são utilizadas pelos exércitos do oriente como máquinas de guerra. Em seu dorso, verdadeiras fortalezas são eregidas, tornando-os uma temível força de combate.

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