F. Pereira da Nóbrega



Voz das origens

Um telescópio, no Polo Sul do Planeta, captou uma onde de som que poderá ser a big bang, a explosão primeira do Universo. Não é a primeira vez que se chega aí. Tal onda de som, a 14 bilhões de anos, já fora detectada anteriormente, com o mesmo pasmo e conclusão.

Aos não entendidos do assunto vale a pena lembrar que a expressão inglesa “bih bang” (grande explosão) traduz opinião dos astrofísicos de que o universo começou depois de uma explosão inicial.

A mim interessa mais a origem do que a explosão. Indício maior que essa big bang, os números nos dão. Os astrofísicos, todos sem exceção, datam o Universo entre 12, 14, até 18 bilhões de anos de existência. Estão datando o fluxo de tempo. dizendo, portanto, que ele teve começo. Estão dizendo que um instante houve inicial. Se a matéria fosse eterna, seria impossível contar sua existência em anos. Slogan de ateísmo de outras eras, matéria eterna hoje não encontra defensores.

Nem precisávamos ir à Cosmologia para chegarmos a tais conclusões. A Lógica basta. Se uma grama é de ouro, dele 10, 100, 1000 gramas juntos ainda serão de ouro. Mudou apenas a quantidade. Se cada parte do Universo teve começo, se nele um só átomo não se encontra que seja eterno, a soma de tudo, o Universo mesmo, teve origem.

Beiramos o mistério supremo. Mais que a conquista da Lua e do Espaço, beiramos a descoberta suprema da humanidade. Porque certeza nenhuma pode ser mais revolucionária muna vida humana, do que a convicção da existência de um Criador.

Ou talvez nada mude na humanidade se Javé, Alá, Tupã não passarem de sinônimos de conceitos que além de conceitos não vão. Mas se eu engajar todo o meu ser nesta descoberta e suas consequências, direi ainda que Deus ou é o primeiro em minha vida ou param mim Ele não existe.

Um deus que seja o segundo, o terceiro, na minha escala de valores de vida, este ainda não é Deus. Por conceito e definição, Ele é o Primeiro. E se o valor primeiro, supremo, de minha vida for o dinheiro, ou o poder, este, sim, é meu deus.

Não é assim que pensam multidões mais afins dos ritos e exterioridade do que de um imperativo lógico e cosmológico. Para estes a razão suprema da vida pode ser outra, restando a seu Deus exterioridade apenas.


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