Leia crônicas de F. Pereira da Nóbrega

F. Pereira Nóbrega Prefeitos e desmandos

Já sabemos: se mente, se desmente, se encobre, se descobre. De tudo acontece quando prefeitura passa de situação a oposição. E para menos se alternar, mais se encobrir, reeleição é excelente receita Quando não mais dá para se continuar no poder, se apela para a parentela suceder. O pior das más administrações em prefeituras nem é o descalabro administrativo. É a possível descrença na democracia. Todos sabemos e pouco pensamos quanto essas condutas são injuriosas ao povo no antes e depois de se assumir o mandato.

É antes pelo ridículo da conduta e das promessas. Candidato abraça todos, perdoa a todos, não perde casamento nem funerais. Quem nunca falou comigo já me veio fazer visita. Vou pô-lo fora de casa? Não, faço que não entendo, espero que me diga a que veio. Sai sem dizer a quê.

O revoltante dessas condutas é se pensar que ninguém entende, que todos acreditam que esse candidato é isso mesmo que improvisou ser até o dia de ser eleito.

Depois vêm os descalabros de toda ordem. Em Patos, o sucessor descobriu coisas de estarrecer. Antes das eleições, gente se indignou porque o bispo sugeriu não se votar em corrutos. Não disse nome mas alguém assumiu a carapuça. Em Malta, uma eleição foi anulada. Na seguinte, se põe o irmão que, eleito, declara que vai governar de fato seu irmão, que não se candidatou nem pode governar de direito.

Prefeituras são governos cada vez mais de fatos, cada vez menos de direito. Quando a oposição sucede na prefeitura, vem a lista de desmandos. Pode ser pura revanche de quem ganhou. Pode não ser. E deve ser verdade se quem sai não diz uma palavra em defesa da verdade, se outra é a verdade.

Em João Pessoa, de quem saiu esperamos uma palavra de esclarescimento sobre a onda de acusações provindas de quem entrou. São dívidas de 150 milhões, 2 milhões por uma reforma administrativa que apenas pareceu se fazer, 2.6 mihões apenas para compras de software, 13 milhões de débitos na Cagepa, 378 cargos fictícios, exclusão nas últimas horas de 1 milhão na dívida ativa. Alguém se justifique para que justifiquemos o voto que o elegeu.

Para quem mora no Bessa, esse clima de inexplicações é mais revoltante ainda. Maquinas rolaram, quando de eleições, fazendo canais. O Prefeito chegou a mostrar na televisão quanto fez pelo bairro. A versão definitiva é que as obras estão inacabadas, não seu dinheiro. Foram 20 milhões a isso destinados e suficientes. [«]


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