Leia crônicas de F. Pereira da Nóbrega


F. Pereira Nóbrega Planeta e fome

Diz-se que num futuro próximo não haverá mais pão nem água para o Planeta. Comerá, beberá quem tiver mais dinheiro. Então se prevê uma convulsão planetária. O temor procede se pensamos como nações distintas.

Não existem nações amigos, só interesses internacionais. Nenhum problema existe se pensamos em termos planetários.

Esta data de saturação demográfica era prevista em torno do fim do milênio. Já hoje, neste Planeta, de cada 3 homens, - quem diz é a ONU – 2 passam fome. Os países pobres são os mais populosos. China, Índia e Paquistão somam juntos 40% da humanidade.

As nações ricas já têm sua população estabilizada, seu pão garantido. Cada “amarelo” que nasce neste Planeta, cada miserável que brota no Nordeste é uma ameaça aos abastados. Por isso os americanos acionam organismos internacionais, financeiros sobretudo, para que a população pobre pare de gerar. Aí está a Benfam, aí, os programas de infecundidade feminina, empreendidos pelos países pobres, cumprindo ordens de fora.

Imagine as riquezas do mundo pertencendo à humanidade. A Terra, hoje com 6 bilhões de habitantes, poderia ter até 20 bilhões, incluindo nesta possibilidade não apenas os espaços ainda ocupáveis, também a maior produção de alimentos ante as técnicas já desenvolvidas. Antes de a população mundial quintuplicar, já teremos atingido nova revolução industrial, com maiores recursos de multiplicação do pão.

Garanto que nosso Planeta não está em risco de incontrolável explosão demográfica. Num Atlas Demográfico (Atlas of Population History) publicado por dois ingleses, McEvery e Richard Jones, comparo seus dados com nosso último recenseamento. Se persistirem as curvas de crescimento populacional, o Brasil jamais atingirá a população dos Estados Unidos. Será superado pelo México, talvez até pelo Canadá. O Brasil baixou seu crescimento demográfico de 2,8 para 2,2. E este planeta irá fixar sua população em torno de 8 a 10 bilhões de habitantes.

Não insisto que países ricos dividam seu pão com os carentes. Estas precisam de desenvolvimento mais do que de esmola Desenvolver-se com capital interno se torna inviável. Com o externo, mais ainda. Até estão as impagáveis dívidas ao FMI. Haja uma política planetária que ofereça reais condições de desenvolvimento do Planeta. Aí esbarram os interesse do capital.

Circulando em nações pobres, lhes arrancando o pão de hoje a título do outro de amanhã que, assim jamais chegará. É preciso se esquecer fronteiras para se salvar a humanidade. [«]


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