Leia crônicas de F. Pereira da Nóbrega |
Há euforia de setores evangélicos se estatísticas apontam 1 milhão por ano passando dos católicos para eles. Há tristeza e em setores católicos perante essas estatísticas. Ambos os lados erram se números, apenas números, são motivos de tristeza, alegria.
Por que a maioria brasileira se diz católica? Não é por fé que assim se dizem. Essa rotulação, sem maiores compromissos, deita raízes nos tempos das religiões oficiais. Desde Constantino, através da Idade Média, a fé do povo foi a fé do rei. Nem se precisava evangelizar. Quem não fosse católico convicto, seria mesmo sem convicção, para escapar da morte, como foram os ditos novos cristãos em Portugal.
Esse mal é evangélico também. Seguiram a fé do rei os que se fizeram protestantes na Inglaterra, Suécia, Dinamarca, Noruega. Freqüentemente, os protestantes de lá têm tanta convicção quanto nossos católicos daqui. E cada um desses países tem, oficial, uma igreja anglicana, dinamarquesa, sueca, norueguesa.
O clero brasileiro batizou quase 160 milhões. E esses batizados ficaram por aí, sem conhecimento real da fé que dizem professar. “Sou católico mas não sou praticante”. E se quisessem ser, haveria condições? Se 160 milhões batessem às portas da Igreja, pedindo evangelização, teriam como ser atendidos? Se quisessem num fim de semana ir à missa, haveria lugar para eles, padres para celebração?
Dessa multidão batizada, sem convicções maiores, se 1 milhão por ano passar a uma convicção evangélica, se fixando numa permanente leitura bíblica, numa conversão de vida e de costumes – tenhamos a coragem de perguntar – perante Deus e suas consciências, não estariam melhor do que antes?
Há vantagens também se a Igreja descer a ser minoria. Haverá mais autenticidade, coerência de vidas. O agnóstico se apresenta para ser padrinho. Diz-se católico, não praticante. Você já ouviu dizer de alguma criança rejeitada de ser batizada porque pais, padrinhos não são confiáveis para lhe transmitir a fé? Pois a Igreja ensina que ninguém se batize sem esperanças firmadas de evamgelização posterior. A Igreja precisaria ser minoria para ser entendia nessas posturas.
Cristo falou de sua Igreja, sempre como minoria. É sal da Terra, não é a Terra inteira. É luz do mundo, não é o mundo todo. É fermento na massa, não é toda a massa. É “pequeno rebanho”.
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