Projeto DOSVOX F. Pereira Nóbrega



Governo planetário

E o Brasil, querendo entrar no Conselho de Segurança da ONU! Aquele, de 7 assentos, julgando a humanidade inteira Aquele, parcial, rápido em defender uns, lento no amparo a outros. onde a guerra civil, a epidemia, ceifam milhares - tudo conforme os interesses dos 7 ricos!

Um dia a ONU decidiu: ou o Iraque se retirava do Kuwait ou seria expulso. Foram os States, não ela quem o expulsou. A iniciativa privada fez justiça pelas próprias mãos, como acontece nas sociedades mais primitivas. Depois, a ONU decidiu fiscalizar as armas atômicas iraquianas. Mas, se Sadan se recusasse, os States, não a ONU, invadiriam o Iraque. Afinal, para que serve a ONU? Apenas para legitimar interesses dos 7 ricos, no controle do Planeta?

A esse filme já assisti. Famílias abastadas desses interiores mandavam em delegado, prefeito, vigário, juiz. Quando o coronelismo acabou-se, o Estado fortificou-se como instancia superior aos coronéis-fazendeiros. O direito começou a fluir da condição de cidadão, não mais do parentesco com famílias ricas. Tudo estaria ótimo, se não houvesse sobrevindo o péssimo na ordem internacional: o Estado insistiu em ser a última instância de contendas entre os mortais.

Estados se tornaram os coronéis da esfera internacional. Quando dois se conflitam, voltamos à pré-história de qualquer ordem humana. Cada um faça justiça pelas próprias mãos. Instancia superior não há. Existem não mais do que pálidos acordos de uns que outros jamais subscreveram.

Tudo isso é Pré-história humana. Os mortais ainda valem por esta ou aquela cidadania. Ou nada valem, se vindos do subdesenvolvimento, de ideologias que países ricos não aceitam. A decantada liberdade de pensamento, pela qual ninguém pode ser punido, vale a nível,, não de Estados, punidas que são pelo direito de pensar diferente dos Sete mais.


Precisa-se de uma nova ordem internacional em que esta vaca sagrada chamada Estado não seja a última instância do homem. Precisa-se de um Governo planetário, acima de Constituições particulares e de interesses geopolíticos. Só então, o homem será cidadão do mundo.

Cresce o buraco na camada de ozônio. Não é problema de nenhum Estado, e ninguém assume. É desta humanidade, esquartejada em fronteiras. Sob os destroços da ecologia, a natureza se desnaturaliza. Falta uma instância para julgar Estados poluidoras do Planeta. Enquanto este dia não chega, a ONU é delegacia do interior onde manda a família rica.


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