Leia crônicas de F. Pereira da Nóbrega


F. Pereira Nóbrega Camaleões à vista

A Câmara Municipal de JP tem tradição de baixo nível no que tange práticas políticas. Mas dessa vez foi longe demais. Oportunistas dependem somente de oportunidades. Nunca se prevê que cor o camaleão vai mostrar. Mostrou. De última hora mostrou que lhe falta identidade nos atos. Falta coragem de ser.

Um vereador se incorpora à chapa de Ricardo Coutinho, prometendo votar em Nadja Palitot. Aceita dele uma Secretaria municipal. Acha pouco e ainda se diz escanteado pelo novo Prefeito. Lamenta que Ricardo ignore aliados como ele. Como esse, Ricardo, inimigo é melhor.

No meio de tantas festas religiosas, alguém deve ter confundido Natal com Semana Santa. O judas não é produto dos tempos de aleluias? Pois na posse de Ricardo sobraram gritos de “judas”. Dessa vez, um foi pouco, dois foi péssimo, três já seria demais.

O segundo teria prometera publicamente votar em Nadja. . Para tanto rompera com o bloco de Cícero. Recebeu convite de Ricardo para presidir a Previdência Municipal. E pasmem: aceitou. Mas apareceu na chapa de oposição como o quase nada do nada. Vice de qualquer coisa é quase nada. Segundo vice é o nada mesmo. Foi o que esse aceitou em troca.

Eles ensaiavam aleluias ao oportunismo, na votação decisiva da Câmara Municipal. Parece que o ensaio desafinou. Aquela chapa teria sido registrada após o prazo legal, conforme funcionário testemunhou. E continua descendo, de degrau em degrau, a prática política desses eleitos do povo. O Presidente da Câmara, dizem, desconheceu esses limites legais.

No momento da posse, Ricardo teria sido deselegante por seu comportamento arredio a qualquer aproximação, de lugar e cumprimentos, à equipe que deixava o poder. Tenho vontade de censurá-lo também. Calo-me quando me pergunto se nessas circunstâncias não faria o mesmo.

Afinal, o que está em jogo, por trás de tudo isso, é a inviabilidade do governo que o povo escolheu. Um prefeito não governa se a Câmara se lhe opõe. E a vontade popular se queda como detalhe insignificante para camaleões de todas as cores em busca de cor nenhuma.

Juram e perjuram. Prometem e não cumprem. Não têm a coragem de ser. E fugir ao ser é negar identidade. Não seja mau. Mas se for, assuma. É menos do que um o homem que é dois. Há uma identidade política que não tem identidade nem faz política como busca de bem comum.


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