Introdução
O problema da interação entre os grupos minoritários e a sociedade em geral tem sido focalizado por um conjunto amplo de disciplinas das ciências humanas, com contributos importantes nas áreas da psicologia, sociologia, educação e antropologia. Tais contributos, ora situando a questão dentro das abordagens sobre identidade, ora focalizando-a a partir dos estudos sobre comportamento parecem concordar em um ponto: Os processos de interação entre grupos minoritários e a sociedade mais ampla, em geral, tendem a ser marcados por relações que estigmatizam e discriminam aqueles indivíduos que portam algum atributo diferencial, pessoas deficientes, negros, homossexuais, etc. O problema do estigma e da discriminação é também o objeto central desse nosso estudo. Temos como grupo de interesse, os indivíduos cegos e seus processos de interação e temos focalizado nossa abordagem no estudo dessa problemática a partir do discurso do jornalismo impresso. Queremos compreender em que medida, ao abordar a pessoa cega como "fato jornalístico", essa mídia recupera em suas "linguagens", representações que confirmam práticas de "desqualificação" deses indivíduos. No entanto, nosso contato com os conteúdos da disciplina ciências cognitivas nos permitiu ampliar e renovar o conjunto das questões que tínhamos formulado à essa temática, ao mesmo tempo em que nos obrigou a rever algumas das concepções centrais em nossa pesquisa, a exemplo do conceito de representação, fundamental em nosso trabalho.
Se a pergunta central das ciências Cognitivas é a de como se
organizaram no homem as possibilidades de conhecimento do mundo, ou por
outra, de que modos o cérebro processa conhecimento; se, ainda, esse
conjunto de perspectivas teóricas concordam que a cognição é situada no
corpo e resulta de negociações, acordos com o meio ambiente, pareceu-nos
oportuno retomar o problema da interação entre os indivíduos cegos e a
sociedade mais ampla,não mais a partir de uma perspectiva sociológica,
circunscrevendo essa temática no âmbito da cultura, mas antes
caracterizá-la como um ato cognitivo, situado no corpo dos indivíduos,
em seus "mapeamentos cerebrais", os quais parecem forjar em primeira linha, os
elementos dos processos interativos.
De fato, a idéia dos "mapeamentos cerebrais" desenvolvida por alguns
cognitivistas, sobretudo nos trabalhos de Patricia Kuhl, nos levou a
esse salutar "desvio" epistemológico; nos propiciou a retomada de
questões que uma abordagem mais generalizante, de certo modo havia
suplantado.
Essa monografia será pois uma espécie de exercício no sentido de
esboçarmos as várias questões que nos foram suscitadas pelos aportes
teóricos das ciências cognitivas; um esforço no sentido de compreender
os processos de interação como atos de percepção que se forjam
inicialmente no corpo e intercambiam com o ambiente, a cultura.
Faremos inicialmente uma breve apresentação do problema da interação
entre os indivíduos cegos e a sociedade mais ampla, para a seguir
discutirmos a questão à luz das contribuições da cognição.
Julgamos imprescindível a análise já referida acerca do conceito de
representação, assim como uma discussão com respeito às concepções
sobre memória. Permeiará todo o trabalho, aquela idéia de "aprontamento
permanente do mundo", a qual tem sido fundamental para uma relativização das
idéias com as quais até então vínhamos discutindo a temática.
Estamos pois diante de um desafio: O de materializar o esforço de
por entre parêntesis, concepções que pareciam ajustar-se perfeitamente
à descrição do nosso problema de pesquisa, para apreciá-lo sob uma
perspectiva nova; é assim o movimento do conhecimento científico, esse
ir e vir, esse agregar/desagregar de idéias,
esse esforço permantente para encontrar pontos de convergência entre as
mais variadas contribuições das teorias.
1. O Problema na Cultura: Breve Descrição
Ao longo da história das sociedades humanas,
tendencialmente, as culturas alimentaram-se de um conjunto
muito rico de crenças para forjarem respostas sociais mais
ou menos similares para o fenômeno da interação entre a
sociedade mais ampla e os chamados grupos minoritários.
Relatos demonstram que as primeiras tribos praticavam a
morte ou o abandono dos seus filhos deficientes e
portadores de doenças mentais.
O processo gradual de institucionalização do
atendimento à pobreza, e, conseqüentemente, às pessoas
deficientes e doentes mentais, não baniu das práticas e
costumes das sociedades, relações discriminatórias contra
esses índivíduos, manifestadas agora sobretudo na
linguagem dos mais variados discursos.
Com relação às pessoas cegas, o quadro geral desses
juízos gerais de valor (estereótipos sociais), os coloca
em dois pólos, aparentemente opostos, mas, igualmente
discriminatórios. Ora esses indivíduos são vistos como
seres inferiores, desqualificados, ora são vistos como
heróis, seres sobrenaturais.
A associação da cegueira a idéias de castigo, punição,
pecado a ser expiado, fenômeno que pode ser ilustrado em
diversas passagens da Bíblia, do Alcorão e do livro dos
mortos, demonstram que o discurso religioso pode ter sido
um dos "nichos" privilegiados onde se desenvolveu e se
difundiu esse tipo de juízo geral de valor.
Igualmente, a literatura, o cinema, a telenovela,
tendencialmente recorreram às metáforas usuais sobre a
cegueira, na composição dos seus personagens.
Entendidos como "sistemas semióticos", os meios de
comunicação parecem reapropriar-se no amplo "texto" que é
a cultura, de antigos recortes da memória cultural
coletiva que ao longo da história estigmatizou e
discriminou esses indivíduos.
Os sinais do estigma e do preconceito contra a
pessoa cega aparecem das mais variadas formas nos diversos
"sistemas semióticos" que compõem a cultura midiática. Se
nas culturas antigas, conforme já frisamos, os indivíduos
portadores de deficiência eram muitas vezes levados à
morte, sendo atirados em rios e - ou precipícios, no
cinema e na telenovela, em geral se aciona uma espécie de
"morte simbólica" do personagem cego, que geralmente, ao
final da trama, por obra de milagre ou outras
circunstâncias recupera a visão e assim resgata o direito
à "normalidade" dentro da sociedade mais ampla.
Cegueira e incapacidade é outro binômio bem
difundido pela linguagem da cultura midiática. São muito
comuns expressões do tipo "Apesar de cego ele conseguiu se
profissionalizar". ou: "...Ela é cega mas conseguiu
vencer...".
A presença dos advérbios "apesar", "mas", parece
funcionar como uma espécie de signo que "rememora" o
antigo "lugar de desvalorização em que a pessoa cega
sempre esteve colocada, ao longo da história da cultura.
Em nossas análises anteriores tínhamos ressaltado o traço
sóciocultural de tais práticas, hábitos e costumes, classificando-os
como "representações" que pareciam refletir "memórias culturais
coletivas" cristalizadas na cultura.
Nesse sentido, trabalhávamos com uma orientação metodológica que nos
impelia a uma apreciação do problema de forma genérica, ao mesmo tempo
em que nos distanciávamos de uma perspectiva de análise que considerasse o
fenômeno da interação em si, envolvendo indivíduos face a face, em seus
processos de percepção dessa realidade.
O contato com os conteúdos das ciências cognitivas nos fez
revalorizar e ampliar algumas questões, as quais apontam para uma
reflexão que se desloca dessa visão mais genérica, para situar o
problema nos corpos dos indivíduos reais, numa perspectiva da "cognição
encarnada".
Em que medida tais práticas tendencialmente presentes na cultura
podem ser vistas como "atos de cognição", inicialmente forjados no
cérebro? Até que ponto a idéia dos "mapeamentos cerebrais" pode servir
para explicar comportamentos mais ou menos padrões dos indivíduos nos
processos de percepção da cegueira?
Se concordarmos com a premissa de que o cérebro representa, qual a
natureza dessas representações que dão forma a essas práticas, hábitos e
costumes? É com a análise dessas questões que nos ocuparemos agora.
2. A Percepção da Cegueira como um Ato de Cognição
2.1 A Natureza das Representações sobre a Cegueira
No prefácio da obra "A Têia da Vida" (vide bibliografia), há uma
reflexão de Oscar Motomura que nos auxilia na introdução da nossa
própria discussão, quando ele afirma: "... Em conversas recentes com Capra,
uma de suas colocações que mais me impactou foi
sobre como nossas percepÇões são interrompidas pelo "reconhecimento". Muitas vezes,
quando estamos tentando perceber algo à nossa frente, o processo é interrompido por um
"enquadramento" daquilo em relação a alguma coisa que já está armazenada em nosso
atual arcabouço mental. Nesse momento, nosso processo "neutro" de percepção é
interrompido e "rotulamos" a coisa como algo já conhecido, poupando-nos o trabalho de
desvendar o inédito..." (Motomura, in "A Têia da Vida", 1999:13).
De fato, nos processos de interação face a face, os indivíduos
cegos, tendencialmente são apreciados a partir de "valores padrões", os
chamados estereótipos sociais. Em que medida esses comportamentos são
frutos de "modelização mental"? Até que ponto poderemos classificá-los
como "representações, e de que natureza?
A idéia de representação havia funcionado como uma premissa
chave de análise em nossas abordagens anteriores do problema;
evidenciáramos o caráter sociocultural dessas práticas, hábitos, formas
de pensar e agir inscritas nesses "estereótipos sociais".
No entanto, a leitura de Amndy Clark nos fez vislumbrar a necessidade de
revisão das nossas próprias idéias.
O debate conceitual proposto por Andy Clark é um diálogo entre os
cognitivistas clássicos, os quais só admitem cérebros que representam, em oposição
àqueles teóricos da corrente cognitivista que não admitem qualquer
forma de representação no cérebro.
Poderíamos dizer que Andy Clark situa-se numa espécie de terceira
via, quando postula que "mentes podem ser encarnadas e embutidas e ainda assim, dependerem
crucialmente de cérebros que computam e representam". Importa-lhe no
entanto, discutir Em que medida o cérebro humano representa; Quais os fenômenos que
podemos caracterizar como representação. Novamente se impõe a
pergunta: O cérebro de fato estoca informações/representações?
Em princípio, o autor parece não estar tão preocupado em responder
de forma detalhada, se os "estados internos de representação" são de
natureza estática ou processos estendidos temporariamente. o que importa,
a seu ver, é o pressuposto de que esses "estados internos" carregam
algum tipo de informação, e que seu papel relativo a outros sistemas
internos de produção de comportamento é precisamente conter tais
informações.
Mas não basta enfatizar os "estados internos" e o seu papel de
carregar informações/representações; para Clark, a maior parte das
representações é local e orientada para a ação, ao invés de objetivas e
independentes dessa ação. trata-se pois, de questionar uma
idéia clássica de representação como sendo um repertório de símbolos
públicos da realidade objetiva, para entendê-las como "representações
personalizadas, baratas estruturas cujo conteúdo é mais íntimo...".
Apoiados nessa premissa de que as representações são orientadas pela e para a ação, sendo assim, experiências eminentemente corporais, podemos então reavaliar o processo de interação face a face, entre um indivíduo que olha e um outro que não olha; podemos perceber que nessa fase inicial, o processo não exibe unicamente uma marca generalizante da cultura, mas antes, uma "ação mental", um "ato de percepção". Ocupado em desvendar a arquitetura neurofisiológica da consciência, no início de sua obra "Mistérios da Consciência", Antonio Damásio propõe um modo bem sugestivo para apresentar a questão central das ciências cognitivas, que é também a inquirição central desse nosso artigo, ou seja, a de "...entender como o cérebro no organismo humano engendra os padrões mentais que denominamos, por falta de um termo melhor, as imagens de um objeto. Objeto designa aqui entidades tão diversas quanto uma pessoa, um lugar, uma melodia, uma dor de dente, um estado de êxtase; imagem designa um padrão mental em qualquer modalidade sensorial, como, por exemplo, uma imagem sonora, uma imagem tátil, a imagem de um estado de bem-estar. Essas imagens comunicam aspectos das CAracterísticas físicas do objeto e podem comunicar também a reação de gostar ou não gostar que podemos ter em relação a um objeto, os planos referentes a ele que podemos ter ou a rede de relações desse objeto em meio a outros objetos." (Damásio, 1999:23/24).
Poderíamos também usar a metáfora do "enquadramento", referida no
início desse item, para tentar
entender essas práticas tendencialmente padronizadas; poderíamos ver
nesses processos de "desqualificação", evidenciados não apenas pela
linguagem, mas por gestos, olhares, etc, "modelização mental", ou por
outra, "representações" motivadas por "ação cerebral", orientadas para o
ambiente.
Antes de exibir pois, esse "repertório público e objetivo" de
práticas culturais, essas representações embutidas nos atos de percepção
que envolvem processos interativos entre pessoas cegas e não cegas,
apresentam marcas de "padrões neurais", "sinapses e conexões" que põem
em marcha essa realidade.
Apoiados em Antonio Damásio, poderíamos dizer que "...estas são as
representações da relação entre o organismo e o objeto (que, neste caso, é
uma emoção), e do efeito causal desse objeto nesse organismo.".
(ibd, 1999: 353).
Do ponto de vista do sujeito que olha, o "objeto mental" é a emoção de estar
diante de um outro que não olha e que portanto lhe é "estranho".
Tendencialmente, esse ato perceptivo engendra um conjunto de imagens
mentais mais ou menos padronizadas, que em geral desqualificam o
indivíduo cego, quando o apreciam somente do ponto de vista da sua
limitação física.
Parece que se quisermos ir fundo na compreensão dessas questões,
teremos que nos apoiar na fértil discussão proposta por Antonio
Damásio; teremos que prestar atenção na "história biográfica" do
organismo individual, nas experiências individuais que alimentam sua
"memória" as quais são sempre acionadas no ato de conhecimento, qualquer
que seja ele. (Damásio, 1999:254).
Mas será indispensável que novamente retomemos o problema do ponto
de vista do ambiente, do ponto de vista da rede de relações que envolvem
e promovem acordos entre o indivíduo e a sua cultura.
2.2 Pensando sobre os "mapeamentos cerebrais"
A premissa dos "mapeamentos cerebrais", já comprovada pelas diversas
descobertas neurocientíficas também nos auxiliou no sentido de olhar
nossa própria temática sob esse aspecto do indivíduo e da cognição
situada. Foi sobretudo a partir da abordagem de Patrícia Kuhl, assentada
na descoberta dos "mapeamentos fonéticos", que encontramos esses
elementos de vinculação do nosso tema com os aportes da cognição.
O que particularmente nos chamou a atenção no trabalho da autora
foi o ponto em que ela discute o papel da visão
na percepção da fala. sua afirmação de que Crianças mostraram ter
conhecimento tanto da informação visual quanto auditiva da fala,
reafirmando a teoria que as representações armazenadas contêm ambos os
tipos de informação, nos leva de algum modo a pensar em nosso próprio
trabalho de pesquisa.
Em que medida poderíamos associar a tais descobertas, nossa própria
discussão com respeito a esse tipo específico de representação
estigmatizante que parece marcar os processos interativos entre pessoas
cegas e não cegas e que tem como solo privilegiado a linguagem?
As matrizes das representações sobre a cegueira, não poderiam pois
encontrar seu substrato nos "mapeamentos do cérebro"? não poderiam em
princípio serem vistas como "trabalho inconsciente" de sinapses e
conexões neuroquímicas, que posteriormente resolvem-se em "trabalho da
consciência" traduzindo-se nos atos de percepção/cognição dos
indivíduos?
Pensar sobre tudo isso ainda é para nós um exercício de levantar
questões, formular inquirições que ainda exibem nossa "dúvida criadora",
aliada ao limitado conhecimento que temos de uma abordagem científica
tão nova e tão fascinante.
Considerações Finais
Este trabalho configurou-se como uma primeira oportunidade para
considerarmos nossa temática de análise à luz de alguns contributos das
ciências cognitivas. Temos consciência do tamanho do desafio ao qual nos
propusemos, assim como do fato inegável de que apenas conseguimos estar
na superfície dessas reflexões.
Se o campo das ciências cognitivas ainda é recente, em que pese o
sem número de descobertas já acumuladas, nosso contato com esse
conjunto de teorias é ainda bastante limitado. Muito mais do que
conclusões acabadas, pudemos antes ampliar o repertório de questões que
permeiam toda essa problemática. Vimos a necessidade de revisão de uma
abordagem generalizante, fundada na cultura e na sociedade, para
compreendermos de que modo, práticas, hábitos, modos de pensar e de
perceber que parecem explicar-se pela via da cultura, são antes e em
primeira linha, resultantes de "conexões neurais", "objetos mentais
presentes nos atos de cognição dos indivíduos.
Uma melhor fundamentação para essa abordagem parece-nos
indispensável, e certamente as idéias de Antonio Damásio, assim como a
abordagem dinamicista da cognição se nos afiguram como campos férteis
de apoio. No entanto, caracterizada a "cognição encarnada" nos
processos de interação entre indivíduos cegos e não cegos, torna-se
necessária também uma retomada do problema do ponto de vista do
ambiente, da cultura e da rede de relações que se estabelece entre
indivíduos e sociedade. Essa tarefa exige uma pesquisa de maior fôlego,
a qual não pôde ser contemplada no âmbito desta monografia.
Julgamos que para retomar os fios que ligam a cognição individual ào
cenário do ambiente e da cultura, será indispensável que estudemos as
concepções sobre memória, não apenas nos seus aspectos de transporte e
estocagem de informações, mas sobretudo naquelas idéias que caracterizam
memória como um processo dinâmico que coopera e "atualiza" os atos de
percepção e de cognição.
Finalmente, uma pesquisa futura terá que dar conta não somente de
situar esses atos específicos de cognição no corpo dos indivíduos, ou de
caracterizar e compreender as "imagens mentais" mais ou menos
padronizadas que parecem marcar tais processos; uma pesquisa futura terá
também que se ocupar da dinâmica de tais processos; terá que averiguar em que medida eles
se "atualizam" nas experiências cotidianas dos indivíduos. Que tipos de
experiências podem disparar um processo novo, que por falta de
conceituação melhor, poderíamos caracterizar como "conhecimento
inédito", diverso daquele que aparece nos processos de "enquadramento"
ou de "modelização padrão".
Apreciar nossa problemática pela via da cognição, traduziu-se pois, num
instigante desafio: O de dar voz e palavra às inúmeras inquirições que
esse novo olhar nos suscitou. Propiciou-nos a oportunidade para uma
reflexão em que predominou muito mais o entusiasmo por essa nova
abordagem, do que propriamente o rigor metodológico e científico, que
somente nos serão conferidos com o maior aprofundamento nesses estudos.
É assim que ousamos formular uma última reflexão: A dinâmica dos
atos de interação/percepção entre os sujeitos da espécie humana,
tendencialmente, parece exibir representações mais ou menos padrão que
demarcam, classificam, diferenciam. Seria esse, em princípio, trabalho
do cérebro em negociação com o ambiente e a cultura?
A questão retoma o problema de um outro modo, e exige um diálogo
entre as mais variadas disciplinas: Filosofia, Antropologia,
neurociência e ciências cognitivass nos poderão auxiliar numa abordagem
que contemple as várias nuances dessa temática.
Belarmino, Joana. "Associativismo e Política: "a Luta dos Grupos
Estigmatizados pela Cidadania Plena"
Editora Idéia, João Pessoa, 1997.
Capra, Fritjof. A Têia da Vida"Üma Nova Visão Científica dos Sistemas
Vivos".
Editora Cultrix, São Paulo, 1999
Clark, Andy. Estando Lá: Agrupando o Corpo, o Cérebro e o Mundo.
(texto xerocopiado).
Damásio, Antonio. O Mistério da Consciência: "Do Corpo, das Emoções ao
Conhecimento de Si"
Editora companhia das Letras, São Paulo, 1999.
kuhl, Patrícia. A nova Neurociência cognitiva: Linguagem Mente e
Cérebro.
(texto xerocopiado).
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