COMO UM CEGO VÊ

Por Gilmar de Freitas Mariano - Julho de 2004, atualizado em Desembro de 2012




Segundo o último senso do IBGE (2010), a deficiência visual é a mais frequente no Brasil, atingindo 35,8 milhões de pessoas com dificuldade para enxergar (18,8%), mesmo de óculos ou lentes de contato. A deficiência visual severa (pessoas que declararam ter grande dificuldade de enxergar ou que não conseguiam de modo algum) atingia 6,6 milhões de pessoas, sendo que 506,3 mil são cegos (0,3%). Cabe a todos, aceitar e aprender a conviver com estas diferenças, diminuindo assim o preconceito.


os olhos de um cego são os dedos das mãos;


Os olhos de um cego são os ouvidos;


O olho de um cego é a bengala;


Os olhos de um cego são os olhos de um ser humano ou de um cão guia;



Quando perdemos um sentido, passamos a usar mais os outros e por ser necessário, aguçamos os que nos restaram.


O tato é desenvolvido e um cego reconhece formatos, objeto e tudo mais que possa ser tateado. Através do Braille (sistema de leitura e escrita para deficientes visuais), o cego pode ler qualquer informação ou conteúdo.


Livros, revistas, e outros materiais publicados em Braille ou gravados em fitas cassete ou cd, possibilitam a inclusão dos cegos no mundo da cultura.


Os softwares de vozes, os quais podem serem instalados em qualquer computador equipado com multimídia, propicia aos cegos o acesso ao mundo da informática. Os softwares lê com uma voz audível tudo que vai aparecendo na tela, menos as imagens sem descrição e alguns tipos de tabelas, mas se os programas e sites obedecer as normas de acessibilidade, não só os deficientes visuais, mas todos os outros deficientes terão total autonomia para trabalharem, navegarem na internet, participarem de redes sociais, jogarem, dentre outros.

Através da audição um cego atravessa uma rua, reconhece as pessoas, trabalha com sons e etc.

A bengala/guias táteis possibilitam a cego ser independente. É através dela que o cego vai se locomover para a escola, para o serviço, para a casa do amigo (a) e etc.

Quando a cidade tem acessibilidade urbanística e o povo tem consciência , ou seja, não tenha buracos, bicicleta,
   carro, placas publicitárias, orelhões sem alinhamento adequado e outros nas calçadas, os cegos e os demais cidadãos se locomovem independentemente.


O guia humano é útil em certas ocasiões. Como por exemplo em uma corrida, num lugar que não tenha nenhum tipo de acessibilidade, dentro de ambientes desconhecidos, na aproximação da pessoa cega com pessoas que ela ainda não conheça pela voz ou toque e outros. Já o cão guia, assim como a bengala facilita a independência de um deficiente visual, mas no Brasil ainda a poucos devido seu preço e a falta de informação. Em outros países mais desenvolvidos o cão guia faz parte da vida de muitos deficientes visuais.



"havendo acessibilidade, humanidade, eu digo que um cego vê tudo mas, o mundo não é só o que se vê."


Referência consultada: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/resultados_gerais_amostra/default_resultados_gerais_amostra.shtm

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