Projeto DOSVOX COMO TRATAR DEFICIENTES CORRETAMENTE

1. Errado: Evitar falar com os deficientes sobre coisas que uma pessoa normal pode fazer e eles não. Certo: Conversar normalmente com o deficiente, falando sobre todos os assuntos, pois é bom para eles saber mesmo das coisas que não podem ouvir, ver ou participar por causa da limitação de movimentos.

2. Errado: Elogiar ou depreciar uma pessoa deficiente, somente por ela ser limitada. Certo: Tratar o deficiente como alguém com limitações específicas da deficiência, porém com as mesmas qualidades e defeitos de qualquer ser humano.

3. Errado: Superproteger o deficiente, fazendo coisas por ele. Certo: Permitir que o deficiente desenvolva ao máximo suas potencialidades, ajudando-o apenas quando for realmente necessário.

4. Errado: Chamar o deficiente pelo apelido relativo à sua deficiência (ex.: surdinho, surdo, mudo, cego, maneta, etc.), pois ele pode se ofender. Certo: Chamar a pessoa deficiente pelo nome, como se faz com qualquer outra pessoa.

5. Errado: Dirigir-se à pessoa cega como se ela fosse surda, fazendo esforço para que ela ouça melhor. O cego não é surdo. Certo: Conversar com o cego em tom de voz normal.

6. Errado: Referir-se à deficiência da pessoa como uma desgraça, como algo que mereça piedade e vá ser compensado no céu. Certo: Falar da deficiência como um problema, entre outros, que apenas limita a vida em certos aspectos específicos.

7. Errado: Demonstrar pena da pessoa deficiente. Certo: Tratar a pessoa deficiente como alguém capaz de participar da vida em todos os sentidos.

8. Errado: Usar adjetivos como "maravilhoso", "fantástico", etc., cada vez que se vê uma pessoa deficiente fazendo algo que aparentemente não conseguiria (p.ex., ver o cego discar o telefone ou ver as horas, ver um surdo falar e/ou compreender o que lhe falam). Certo: Conscientizar-se de que a pessoa deficiente desenvolve estratégias de sobrevivência e habilidades, adaptando suas limitações às necessidades diárias e superando normalmente os obstáculos, e não mostrar espanto diante de um fato que é comum para o deficiente.

9. Errado: Referir-se às habilidades de um deficiente como "sexto sentido"(no caso do cego ou surdo, p.ex.) ou como uma "compensação da natureza".

10. Errado: Evitar usar as palavras ver, ouvir, andar, etc., diante de pessoas que sejam cegas, surdas ou privadas de movimento. Certo: Conversar normalmente com os deficientes, para que eles não se sintam diferenciados por perceptível constrangimento no falar do interlocutor.

11. Errado: Deixar de oferecer ajuda a uma pessoa deficiente em qualquer situação (p.ex., cego atravessando a rua, pessoa de muleta subindo no ônibus, etc.), mesmo que às vezes o deficiente responda mal, interpretando isto como gesto de piedade. A maioria dos deficientes necessita de ajuda em diversas situações. Certo: Ajudar o deficiente sempre que for realmente necessário, sem generalizar quaisquer experiências desagradáveis, atribuindo-as somente a pessoas deficientes, pois podem acontecer também com pessoas normais.

12. Errado: Supervalorizar o deficiente, achando que ele pode resolver qualquer problema sozinho (p.ex., o cego alcançar qualquer porta apenas contando os passos, sem que alguém indique a direção).
    Certo: Conscientizar-se de que as limitações de um deficiente são reais, e muitas vezes ele precisa de auxílio.

13. Errado: Recusar a ajuda oferecida por uma pessoa deficiente, em qualquer situação ou tarefa, por acreditar que não seja capaz de realizá-la. Certo: Confiar na pessoa deficiente, acreditando que ela só lhe oferecerá ajuda se estiver segura de poder fazer aquilo a que se propõe. O deficiente conhece melhor do que ninguém suas limitações e capacidades.

14. Errado: Ao falar, principalmente com o cego, dirigir-se ao acompanhante do deficiente, e não ao deficiente, como se ele fosse incapaz de pensar, dizer e agir por si. Certo: Dirigir-se sempre ao próprio deficiente, quando o assunto referir-se a ele, mesmo que esteja acompanhado.

15. Errado: Agarrar a pessoa cega pelo braço para guiá-la, pois ela perde a orientação.
    Certo: Deixar que o cego segure no braço ou apoie a mão no ombro de quem o guia.

16. Errado: Agarrar pelo braço pessoas com muletas, ou segurar abruptamente uma cadeira de rodas, ao ver o deficiente diante de uma possível dificuldade. Certo: Ao ver o deficiente diante de um possível obstáculo, perguntar se ele precisa de ajuda, e qual a maneira correta de ajudá-lo. Agarrar um aparelho ortopédico ou uma cadeira de rodas, repentinamente, é uma atitude agressiva, como agarrar qualquer parte do corpo de uma pessoa comum sem aviso.

17. Errado: Segurar o deficiente, na tentativa de ajudá-lo, quando já houver uma pessoa orientando-o, principalmente no caso do cego. Certo: Quando houver necessidade de ajuda ou orientação, apenas uma pessoa deve tocar o deficiente, a não ser em situações muito específicas, que peçam mais ajuda (p.ex., carregar uma cadeira de rodas para subir uma escada).

18. Errado: Carregar o deficiente, principalmente o cego, ao ajudá-lo a atravessar a rua, tomar condução, subir ou descer escadas.
    Certo: Auxiliar o deficiente nestas situações apenas até o ponto em que realmente seja necessário, para evitar atrapalhá-lo mais.

19. Errado: Pegar a pessoa cega pelo braço para colocá-la na posição correta de sentar numa cadeira.
    Certo: Colocar a mão do cego sobre o espaldar da cadeira e deixar que ele se sente como achar melhor.

20. Errado: Guiar a pessoa cega em diagonal quando atravessar a rua.
    Certo: Atravessar o cego sempre em linha reta, para que não perca a orientação.

21. Errado: Orientar o cego referindo-se "`a direita", ou à esquerda", pois é comum a pessoa vidente se enganar tomando o seu próprio lado esquerdo ou direito como referência, que não será o mesmo do cego. Certo: Tocar levemente o braço do cego ao orientá-lo sobre o lado a que o vidente se refere.

22. Errado: Dar esmolas automaticamente ao ser chamado por uma pessoa de muletas ou cadeira de rodas, ou fugir da abordagem de um deficiente visual ou auditivo. Certo: Ouvir o que a pessoa deficiente está dizendo antes de se retirar apressadamente, pois , geralmente, ela se dirige a estranhos porque está precisando de ajuda.

23. Errado: Deixar objetos que possam ser obstáculos no caminho de um cego. Certo: Verificar se a passagem do cego está livre de obstáculos, antes que ele tropece.

24. Errado: Dirigir-se ao surdo através de gestos, como se ele não fosse capaz de entender o que se fala. Certo: 1. Falar sempre com as pessoas surdas de frente, evitando colocar-se em pontos sombrios ou com excesso de claridade, para facilitar a "leitura labial". 2. Falar com voz clara, sem gritar, usando um tom natural; uma voz muito forte ou muito aguda pode provocar distorção de sons para os surdos que usam aparelhos de amplificação. 3. Procurar não falar muito depressa nem muito devagar, conversando em ritmo natural para facilitar a compreensão da linguagem. 4. Evitar colocar as mãos ou qualquer objeto em frente ao rosto enquanto fala com um surdo, lembrando-se que ele precisa ver o rosto de quem lhe fala.

25. Errado: Acreditar que todos os surdos são mudos. Certo: Ouvir a pessoa surda com atenção, mesmo que sua voz não seja muito agradável ou que sua fala ainda não seja muito agradável ou que sua fala ainda não esteja bem desenvolvida. Uma atitude positiva encoraja a pessoa surda a falar, contribuindo para melhorar sua comunicação oral.

26. Errado: Bater abruptamente a porta de um automóvel onde esteja uma pessoa cega, sem avisá-la. Ela poderá perder os dedos, que são a parte mais importante do seu corpo. Certo: Avisar ao cego que esteja dentro do carro sempre que for bater a porta.

27. Errado: Entrar repentinamente numa conversa da qual participe um cego. Certo: Ao entrar numa conversa onde haja um cego, ou mesmo num recinto onde esteja um cego para ele saber onde você se encontra.

28. Errado: Sair de um lugar onde esteja um cego repentinamente.
    Certo: Avisar ao cego presente num recinto que vai se retirar, para evitar que ele fale sozinho.

29. Errado: Fazer com o cego brincadeiras do tipo "adivinhe quem está aqui", etc., a não ser que tenha muita intimidade com ele. Certo: Dirigir-se ao cego ao chegar e ao sair, para que ele se oriente sobre quem está com ele.

30. Errado: Atribuir todos os problemas do deficiente à sua deficiência, ou exigir dele que não seja agressivo nem fique deprimido.
    Certo: Permitir que o deficiente, como qualquer ser humano, tenha direitos às suas emoções, qualidades e defeitos.

31. Errado: Tratar o deficiente com constrangimento, evitando porém perguntas em excesso. Na maioria dos casos, ele preferirá falar normalmente sobre aquilo que é apenas parte de sua vida, e não uma coisa anormal ou extraordinária, como possa parecer ao interlocutor

32. Errado: Levar o cego a qualquer lugar onde haja mais pessoas e entrar como se ele pudesse ver quem está no recinto. Certo: Apresentar o cego a todas as pessoas que estejam num local onde ele é levado por outra pessoa vidente.

33. Errado: Ao receber um cego em sua casa, deixá-lo orientar-se sozinho. Certo: Ao receber um cego em sua casa, mostre-lhe todas as dependências e os possíveis obstáculos, e deixe que ele se oriente, colocando-se disponível para mostra-lhe novamente alguma dependência, caso ele ache necessário.

34. Errado: Constranger-se em avisar o cego de que ele está com alguma coisa errada na sua vestimenta ou aparência física, ou que está fazendo movimentos não usuais, como balançar-se ou manter a cabeça baixa durante a conversa. Certo: Conscientizar-se de que o cego, por não enxergar, não segue o padrão de imitação visual, não podendo, portanto, seguir o comportamento aparente das pessoas videntes. Avisar o cego sempre que perceber que ele está com aparência ou comportamento fora do padrão social normal, evitando que ele caia no ridículo.

35. Errado: Avançar subitamente sobre a pessoa deficiente por achar que ela não vai conseguir realizar uma tarefa (p.ex., quando o cego está levando o garfo à boca), se o deficiente não solicitar ajuda. Certo; Permitir que o deficiente realize sozinho suas tarefas, mesmo quando lhe pareça impossível. Só se deve socorrê-lo em caso de perigo.

36. Errado: Agarrar a pessoa cega com intuito de orientá-la quando ela está caminhando normalmente na rua. Certo: Deixar que o cego aprenda por si só a transpor os obstáculos da rua, pois ele é capaz de fazê-lo sozinho. Segurar seu braço, exceto no sinal ou diante de algum perigo real, na verdade o desorienta.

37. Errado: Chamar a atenção para o aparelho de surdez. Certo: Estimular o uso do aparelho, encarando-o com a mesma naturalidade com quem são vistos os óculos.

38. Errado: Gritar de longe e/ou às costas de uma pessoa surda para chamá-la.
    Certo: Para chamar a atenção de uma pessoa surda que esteja de costas, deve-se tocá-la, deve, no braço, antes de começar a falar com ela.

39. Errado: Gritar para chamar a atenção de uma pessoa surda que esteja em perigo. Certo: Procurar chegar até ela o mais rapidamente possível, procurando ajudá-la. Lembrar que uma pessoa que atravessa a rua poderá ser surda, podendo por isso, não ouvir a buzina de seu carro.

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