CRUZ
Nos tambores de Aruanda,
Nos atabaques de Luanda,
Toquei para te chamar,
Te envolver, te encantar,
Mas de nada adiantou.
Fiz com fé
Despachos no Candomblé
Para te amarrar,
Te prender, te enfeitiçar...
Mas de nada adiantou.
Tomei banho de cheiro,
Dei oferendas na Umbanda,
Revirei o mundo inteiro
Para te seduzir, te apaixonar,
Para, enfim, te colar em mim,
Mas de nada adiantou.
Suei, sofri,
Chorei, sangrei,
Mas de nada adiantou.
Nem o sangue, nem as lágrimas,
Nem o suor, nem o desespero...
Nem a força da Alquimia,
Nem o poder da Magia...
Nada foi capaz de transformar meu destino, "minha cruz"!
O que é cruz... "é cruz"!
Agora eu sei.
O que é cruz... "é cruz!"
É a Lei!