O UIRAPURU



Lindo! Esplêndido! Maravilhoso!


Uirapuru, "o canto que encanta"!


Certo jovem, apesar de não muito belo, era admirado por todas as moças de sua tribo por tocar flauta muito bem! Deram-lhe por isso o nome de Catuboré, que significa "flauta encantada".

De todas as jovens, foi Mainá quem conseguiu seu amor. Planejaram casar-se na primavera. Perto do grande dia, Catuboré foi à festa e não mais voltou. Saíram todos da tribo à sua procura e depois de muito procurar, encontraram-no sem vida, junto de uma árvore, mordido por uma cobra venenosa. Sepultaram-no próprio local. Mainá passava longas horas chorando desconsolada a grande perda de seu amado.

A alma de Catuboré, sentindo o grande pesar de sua noiva amada, lamentava-se profundamente por tanto sofrimento. Não podendo encontrar paz, recorreu ao Deus Tupã. O Deus, condoído e generoso, transformou o espírito de Catuboré num grande pássaro, o Uirapuru. Apesar de sua escassa beleza, o deus lhe deu um lindo canto semelhante ao som da flauta, para alegrar e consolar a alma de Mainá.

O canto do Uirapuru, a partir de então, contagia de amor e de alegria não apenas os pássaros, mas todos que têm a felicidade de o escutar.

Quem algum dia escutou seu canto jamais ficará triste até o fim de seus dias. Se conseguir uma pena do referido pássaro, jamais perderá a pessoa amada, pois tudo nele é amor, encantamento, poder, generosidade e magia.


VOLTAR À PÁGINA PRINCIPAL