O TAPETE VOADOR
Certa vez, um príncipe encontrou um papagaio que lhe disse:
- Você tem uma missão a cumprir: precisa encontrar a princesa Maya. Deixe tudo de lado e vá procurá-la.
O príncipe obedeceu. Selou seu melhor cavalo e partiu pelo reino em busca da princesa. Ao chegar a uma escura floresta, deparou com três demônios que guardavam três estranhos objetos: uma bolsa, uma varinha e um tapete. Uma das criaturas cumprimentou o príncipe e lhe disse:
- Nosso mestre morreu e nos deixou essas coisas. Mas agora não sabemos qual de nós deve ficar com elas.
- simples - respondeu o príncipe. - Vou atirar uma flecha para o alto. Aquele que conseguir apanhá-la primeiro será o vencedor e ficará com os três objetos. Mas, afinal, para que servem?
- A bolsa lhe dará tudo o que pedir - disse o segundo demônio -, a varinha matará seu pior inimigo e o tapete o levará para onde quiser.
O príncipe atirou a flecha e, quando os demônios saíram em disparada para apanhá-la, pegou os objetos e fugiu a toda em seu cavalo. Assim que chegou a uma clareira, desenrolou o tapete e ordenou:
- Tapete, leve-me até a princesa Maya.
O tapete voou, só aterrisando quando se aproximou de um magnífico castelo. Logo em seguida, uma belíssima princesa surgiu no alto da torre.
Então o príncipe abriu a bolsa e ordenou:
- Bolsa, vista-me com os mais lindos trajes que houver. - Depois, dirigindo-se novamente ao tapete: - Tapete, agora leve-me para bem perto da princesa.
O tapete o conduziu direto para o quarto da jovem. Quando ela viu aquele rapaz maravilhoso com trajes suntuosos, se apaixonou de imediato. E logo o apresentou ao pai, para que o príncipe pedisse sua mão em casamento. Mas o rajá falou:
- Esse rapaz entrou como um ladrão em minha casa, eu proíbo essa união!
A princesa chorou tanto que o pai resolveu dar uma chance ao desconhecido e lhe propôs:
- Jovem, se conseguir matar um monstro terrível que atormenta meus súditos, poderá casar-se com minha filha.
Ora, isso não era problema para o príncipe. Ele voou até a caverna do monstro no tapete e depois ordenou à varinha que matasse a temível criatura. O rei, impressionado, ofereceu aos jovens uma alegre festa de casamento. O príncipe se tornou um ótimo governante e nunca mais necessitou de seus objetos mágicos: era tão feliz que não queria viajar no tapete, nem pedir nada à bolsa, e muito menos usar a varinha, pois nunca mais teve inimigos.