MONÓLOGO DE Uma BRUXA OU DE Uma DEUSA



Clara Luz


Monólogo de uma Bruxa ou de uma Deusa?

Jesus disse: "Se meu Pai trabalha sem cessar, também eu trabalharei." É verdade. A vida é ação, movimento, gestos; respirar, vibrar, sonhar, curtir, estudar, amar...

A vida é também: sorrir, cantar, chorar, sofrer, sangrar, ser feliz, lutar, repousar, "Viver"!!!

Na matéria, tudo que fica inerte, em letargia, não estaciona simplesmente; muitas vezes, se deteriora e até se desintegra. Assim também acontece à nossa mente: sem uso, se cristaliza, petrifica-se, se embrutece; se for usada para o mal, não regride porque não há involução, ao menos é o que dizem "os Espíritas", embora eu não creia que seja exatamente assim. Contudo,
involuindo ou não, adquire dívidas e dores para si própria, imantando-se às que se lhe assemelham, vivendo em ambiente hostil, resultante de suas más ações, porque a semeadura é livre, mas a colheita é, sem dúvida, obrigatória.

Nem o bem nem o mal, nada, nada se pode ocultar do "Invisível". Já dizia Paulo de Tarso que temos nuvens de testemunhos a nos observar. Os esotéricos dizem que tudo fica registrado nas tábuas invisíveis da Luz Astral. Jesus sempre dizia: "não há nada oculto sobre nem sob a Terra; tudo será revelado a seu tempo e, assim, da mesma forma, 'pecados' e 'virtudes' serão mostrados". É o Karma, o Tikun, a Lei de Causa e Efeito ou a Lei do Retorno... por isso, o homem sábio faz do seu trabalho sua razão de vida e procura caminhar em sintonia com a natureza porque sabe, sente que é parte dela, que o Universo é sua casa, sua família, e em razão disso, trabalha com Ele, por Ele e com Ele procura sempre comungar, o que é bem mais que um "sintonizar". A comunhão está além da sintonia, mas uma não pode existir sem a outra. Um homem Univérsico jamais perderá a paz, a fé, a alegria, a esperança, o equilíbrio, enfim, e sempre fará o bem pelo bem, sem esperar elogios ou recompensas pelo amor e pela misericórdia, pela justiça e pela sabedoria do Pai. Todo aquele que "Sabe" é realmente um "Puro" e, portanto, vive na onipresença de Deus.

E o que seria viver na onipresença de Deus? É compreender que nós precariamente existimos e que só ELe, Deus, é a PLENITUDE TOTAL. Viver na onipresença de Deus não é um momento de êxtase, ou um estado de euforia. Viver na onipresença, na sensibilidade de Deus, é sólido, claro! É uma realidade incontestável, porque, como diz muito bem André Luiz, estamos mergulhados no PAI como peixes no oceano. O PAI nos deu a vida eterna e quer também nos dar a eterna felicidade; sua alegria será infinita tanto quanto o é sua misericórdia, quando finalmente encontrarmos nosso Emanuel.

Deus está dentro de nós.


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