ESPADAS, SÍMBOLOS, IDÉIAS, REALIDADES.


Espada de São Jorge! Espada do Arcanjo Miguel! Espada de Avalon, a Espada do Rei Artur. Espada dos samurais, espada dos oficiais romanos... Estas e outras espadas representam a luta pelo Bem, ou contra o Mal. Estas e outras espadas simbolizam, ao mesmo tempo, guerra e paz; paz e guerra interna e externa.

A própria tradição hindu que está longe de ser guerreira, tem a espada como um dos seus símbolos, como nos diz o Bagavagita. E a prova da "não violência" entre os hindus, foi a vitória contra os ingleses na gloriosa marcha de Gandhi.

Nas religiões afros, a espada de São Jorge vence demandas e é eficaz para cortar todos os males dos ambientes e das pessoas. Trabalha sem ferir materialmente; seu trabalho é feito no astral superior para limpar o mundo físico sem sangue, mas definitivamente. A "espada corta".

Segundo a doutrina islâmica, no domínio social, é válido usar a espada na guerra contra os que perturbam a ordem pública e individual, pois é necessário manter esta "ordem". Mas o que será exatamente a "ordem"? Onde começa e onde termina? Quais são os critérios para avaliá-la? Geralmente quem a determina são extremistas sejam eles católicos, muçulmanos, protestantes... extremistas, eis a questão. Para os Islamitas, este aspecto do uso da espada é o menos importante, ou o menos essencial. Existe um outro aspecto em que ela simboliza a luta que o homem deve travar contra os "inimigos da luz", pois eles são também contrários à unidade e a verdade de Deus.

A guerra, em tese, sempre estabeleceu a harmonia e o equilíbrio (ou a justiça) e, assim, proporcionou a unificação de certo modo dos elementos em oposição entrtre si, significando que seu fim normal é sua única razão de ser. A paz só pode existir pela submissão à vontade divina. Todas as vezes que os islamitas voltavam de uma batalha exterior, seu profeta dizia: "Voltamos de uma pequena guerra santa para uma grande guerra santa". (Guerreiros da luz) A grande guerra santa visa purificar o templo interior de cada guerreiro. A espada de luz ou flamejante! A espada "pode ser o símbolo da luz, ou o reflexo da luz do guerreiro que a impunha".

É importante lembrar que todo símbolo verdadeiro traz em si uma pluralidade de significados e significações. Estes se harmonizam, se completam, mesmo quando parece que se opõem. A espada! O poder da palavra! O poder criador e destruidor. O poder do "Verbo Divino" e o poder da palavra humana. Este símbolo é também válido para todo o conjunto das forças cósmicas, sendo a palavra mais uma significação particular, um poder a mais.

A espada está associada ao eixo do mundo, ao lado claro e escuro, à construção, à destruição e à manutenção de tudo, de todos. Daí a importância que Avalon dava à sua espada. Daí a seriedade que deve ter o iniciado ao receber do seu Mestre a sua espada.

O Mago e a Bruxa devem igualmente amar o punhal e a espada, porque ambos têm o mesmo valor. Seja de luz a tua espada! Seja de estrelas o teu punhal! Isto deve permanecer registrado no coração de um Mago, de um Feiticeiro, de um Bruxo, de uma Alma do Bem, da Verdade, de uma Alma, Filha da Luz.

Uma espada para ser mágica, valorosa, precisa ser "sagrada, esotérica". A espada é um símbolo de honra não por ser uma arma que tira a vida , e sim por ser utilizado em defesa de um código de honra, fundamentado em ensinamentos de seu templo ou de seu círculo interno. Atualmente, a espada significa orgulho, honra, elegância, isto para o mundo das pessoas comuns, de vez que os oficiais a impunham com tais sentimentos mais materializados do que metafísicos. Quando alguém recebe a Espada de Seu Mestre, deve estar pronto para ser o "caminho" e para guiar os que ainda estão nas sombras, ou confusos, fazendo de todos estrelas, "guerreiros da luz".

Amigo! Procura não perder tua espada! Procura conservar contigo esta luz, este poder, esta glória, que só ela é capaz de te dar, uma vez que lutaste por merecê-la. Fé, esperança, coragem, generosidade, sabedoria, justiça, compaixão, amor, e tu e tua espada serão um!


Clara Luz

[Do Livro "Bruxas Angelicais", a ser publicado]


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