José Antonio dos Santos Borges é Informático pela UFRJ, com mestrado e doutorado em Engenharia de Sistemas e Computação pela COPPE-UFRJ.
Foi o fundador do Laboratório Tecnoassist do Instituto Tércio Pacitti da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena pesquisas em Tecnologia Assistiva e o desenvolvimento de alguns dos mais conhecidos sistemas computacionais para apoio a pessoas com deficiência no Brasil. |
Trabalha desde 1974 no antigo Núcleo de Computação Eletrônica, hoje Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde atuou em diversas áreas, como projeto de sistemas operacionais, sistemas CAD para eletrônica e microeletrônica, computação gráfica, multimídia e síntese de voz e computação para pessoas com deficiência.Ainda no início de sua carreira acadêmica, recebeu o título de professor Honorário da Universidad de Guadalajara, México, por seu trabalho em CAD para Microeletrônica (sistema Tedmos, usado para projetos de circuitos integrados em diversas universidades latino-americanas na década de 1980).
Por sua atuação em computação gráfica, teve premiada a melhor multimídia educacional no Festival Internacional de Multimídia, em Paris, 1995.
Lecionou desde 1980, por cerca de 20 anos, nos cursos de Engenharia Eletrônica e de Informática na UFRJ onde, por sua atuação no ensino de graduação, foi escolhido como professor homenageado e/ou paraninfo por dezenas de vezes. Foi laureado com a Medalha de Excelência Acadêmica do Instituto de Matemática da UFRJ nos anos de 2004 e 2009.
Nos últimos 30 anos vem coordenando e desenvolvendo um grande número projetos de acessibilidade no NCE/UFRJ:
Dosvox, de computação para Deficientes Visuais, hoje com mais de 100.000 usuários. Tecnoassist, cursos de formação continuada em Tecnologia Assistiva e temas sobre deficiência. Braille Fácil, o sistema mais usado para impressão Braille no Brasil. Musibraille, para suporte à produção de músicas em Braille. Microfênix, que permite que o computador seja controlado apenas através de murmúrios ou de leves movimentos do corpo. Jogavox, jogos computacionais para deficientes visuais. Prancha Fácil, sistema para Comunicação Alternativa. MecDaisy, para geração e reprodução de livros digitais para deficientes visuais. Motrix, através do qual o computador computador é controlado com a voz. Foi um dos mentores do projeto Intervox que levou os primeiros 500 cegos a usarem a internet no Brasil e do projeto Habilitar, que sob patrocínio da empresa Cisco, treinou cegos e tetraplégicos para atividades profissionais em suporte de redes.
Atualmente sua pesquisa atual é direcionada para Tecnologia Assistiva e formação docente (presencialmente e a distância) para ensino e atendimento de pessoas com deficiência através de ferramentas computacionais, com a participação milhares de professores principalmente da rede pública do Ministério da Educação. Coordena no NCE/UFRJ as atividades de desenvolvimento de tecnologia para o ensino de Matemática para deficiência Visual.
É professor permanente do Programa de Pós-graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HCTE/UFRJ), onde leciona disciplinas relacionadas aos temas de Estudos sobre Deficiências, Tecnologia Assistiva e Sociedade, e também Introdução aos Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade. No HCTE vem orientando desde 2016 diversas atividades de pesquisa que vem resultando no desenvolvimento de teses de mestrado e doutorado e artigos científicos publicados em vários congressos e periódicos. Foi também Coordenador deste programa no biênio 2019-2021, período em que realizou o processo de informatização do HCTE.