É com imenso júbilo e grande alegria, que guardo estas pequenas despretensiosas melodias, com doces recordações consideradas de capital importância para mim tão somente. Se por qualquer motivo, você prezado leitor, interessar-se por algumas destas composições, sentir-me-ei plenamente compensado. Aqui fica registra a maior e mais profunda gratidão do autor. Brasília - 1968 João Tomé Nunca vimos a linha do Equador, um meridiano ou um trópico. Beethoven era surdo e compôs algumas das mais belas músicas da humanidade. Einstein não viu a velocidade da luz, mas interpretou seus segredos e elaborou teorias a partir de tais descobertas. Enfim, não vemos a alma, a saudade e o amor, mas sabemos que são reais porque os sentimos. Ou seja, nossa inteligência decifra e nosso coração aprova todos esses mistérios. João Tomé nasceu cego. Não se entregou. Manteve firme a vontade de aprender, foi multiinstrumentista e compositor de mais de 800 músicas. Deu a Brasília um presente fantástico: pioneiro na Rádio Nacional e Escola de Música de Brasília. Morreu com 51 anos e deixou essa herança para toda humanidade. "Cego é quem tem medo de ousar" Silvestre Gorgulho (Jornalista) - Brasília - 2009