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Sistema de leitura tátil e escrita, formado pela combinação entre seis (6) pontos em relevo que resulta em 64 símbolos, com os quais podemos representar todo o alfabeto (maiúsculo e minúsculo), numerais, sinais de pontuação, códigos de matemática, química, musicografia, entre outros.
O Sistema Braille teve sua origem na França (1825) e leva o nome de seu inventor: Louis Braille (1809-52). Porém, muito se resistiu as tentativas de adoção e utilização deste sistema pelo mundo, o que contribuiu para que sua expansão ocorresse lentamente.
Nasceu em 1809 nas proximidades de Paris. Aos três anos, teve seu olho atingido por um instrumento na oficina de seu pai, enquanto brincava, perdendo totalmente a visão dois anos mais tarde. Para os estudos, recebeu ajuda de conhecidos e amigos, sendo admitido, aos dez anos, no Instituto para Jovens Cegos em Paris onde, inconformado com os métodos de estudo resolveu trabalhar para a criação de um sistema que permitisse a leitura e a escrita pelos cegos. Morreu vítima de tuberculose, aos 43 anos sem poder contemplar o sucesso de sua criação.
1825 - criação do sistema de pontos em relevo que levou o nome do seu inventor: Sistema Braille.
1828 - aplicação do sistema em notação musical.
1837 - definição da estrutura do Sistema Braille que utilizamos até hoje, contendo toda a simbologia para literatura, matemática, canto e notação científica.
1847 - adoção oficial do Sistema Braille em Paris, para a impressão de livros.
1854 - publicação em Braille do primeiro trabalho em língua estrangeira: português.
1860 - publicação do primeiro livro em Sistema Braille fora da França, na Suíça.
1860-1880 - adoção do Sistema Braille em toda a Europa, em sua forma original.
1860 - introdução do Sistema Braille na América do Norte, mas devido as relutâncias, somente em 1910 a unificação foi possível.
1870-1880 - primeiras adaptações do Braille às línguas não européias, Ásia, África e territórios de difícil acesso.
No extremo oriente a adoção do Braille passou por um cuidadoso e difícil processo de condensação a fim de exprimir os milhares de ideogramas utilizados por estes povos.
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a adotar o Sistema, em 1854. O ensino do Braille foi introduzido em nosso território por um brasileiro chamado José Álvares de Azevedo, que nasceu cego e estudou pelo método Braille na França. Porém, o patrono da educação de cegos no Brasil faleceu aos vinte anos, seis meses antes da inauguração da primeira escola de cegos fundada por ele, no Rio de Janeiro. Enfim, a introdução total do Braille foi então sendo feita através das adaptações necessárias a cada língua ou dialeto, de uma forma desordenada.
A educação do deficiente visual teve início com a criação da primeira escola destinada a educação dos cegos, em Paris, no ano de 1784, por Valentin Haüy. Nesta época, os métodos de ensino consistiam em fazer os alunos repetirem a explicação e textos ouvidos. Os poucos livros existentes permitiam a leitura suplementar, pois o sistema oficial baseava-se na reprodução das letras convencionais fortemente marcadas no papel, inviabilizando qualquer forma de escrita. Em 1825, com o surgimento do Sistema Braille, torna-se possível a comunicação escrita e lida entre os deficientes visuais, que a partir desse momento podiam expressar-se e interagir com a informação. Mesmo não tendo o reconhecimento dos seus contemporâneos, Louis Braille (França, 1809-1852) trouxe para os cegos a liberdade da escrita, cujo sistema tem substituído com total eficiência a palavra impressa em tinta ou manuscrita. Sua morte ocorrida em 1852 deixou-nos a certeza de que sua obra não havia sido em vão, pois mesmo tendo perdido a visão aos 5 anos não desistiu de lutar pelo bem-estar dos cegos, deixando um legado para toda a humanidade. No Brasil, primeiro país da América Latina a adotar o Sistema Braille, trazido por José Álvares de Azevedo, o Braille ainda resiste às tentativas de substituição pela informação via áudio, que pode facilmente atuar como recurso facilitador ao ensino do Braille, complementando o aprendizado, porém nunca como uma ferramenta para a substituição da escrita pontográfica. Ao contrário do que muitos acreditam, o Braille não é uma linguagem própria do deficiente visual. O Braille é o meio natural de leitura e escrita para os cegos, porém, acessível para toda a humanidade. Sendo assim, nosso objetivo é incluir novos desafios às práticas docentes para que os novos paradigmas superem as resistências pessoais para a aquisição de novos saberes, sobretudo contribuindo para o sucesso educativo dos deficientes visuais, bem como acolher a
A fase de alfabetização da criança cega e /ou do adulto em processo de reabilitação compreende uma etapa bastante complexa.
Em grande parte, o contato com a palavra escrita acontece tardiamente e fica prejudicado, por falta de estímulos táteis e recursos didáticos disponíveis para compensar a ausência, total ou parcial, da visão.
Nosso objetivo é divulgar recursos e disponibilizar informações úteis para a ação pedagógica e que esta demonstre-se comprometida com o educando e com seu pleno desenvolvimento, valorizando suas diferentes manifestações na tentativa de estabelecer um contato mais harmonioso com a palavra escrita, pois qualquer ato de comunicação constitui uma relação social, para a criação, construção e reconstrução da realidade.
No caso dos deficientes visuais, cujo contato com a palavra escrita fica comprometido, como podemos viabilizar essa comunicação partindo da necessidade de empregar uma linguagem acessível às suas condições? De que forma podemos garantir a sua inclusão educacional, profissional e social por meio da utilização de ferramentas que os permitem exercer, plenamente, sua atividade comunicativa e de alfabetização? diversidade num espaço destinado a todos nós.
• REGLETE E PUNÇÃO: são instrumentos que considero fundamentais para o aprendizado do Sistema Braille, incluindo os aspectos que vão desde sua funcionalidade no que se possa comparar a de um lápis e papel, até o baixo custo com relação aos demais equipamentos, o que não a torna totalmente acessível, ainda. Todo processo de alfabetização Braille precisa seguir algumas técnicas que garantam uma leitura veloz e uma escrita precisa, o que necessariamente precisará ocorrer com o uso da reglete e punção para posteriores avanços e uso de equipamentos complementares. Porém, para um bom domínio e uso eficaz desses instrumentos de escrita precisamos introduzi-los gradativamente, sem que a escrita Braille torne-se cansativa.
Reglete corresponde a uma régua dupla, que abre e fecha com apoio de dobradiças no canto esquerdo, e em cuja abertura é destinada ao papel, sendo fixado entre a régua superior e a inferior. Na régua superior, encontramos retângulos vazados, cada um compreendendo 6 pontos, na disposição de uma “cela” Braille e na inferior, podemos encontrar várias “celas” Braille todas em baixo relevo. O punção será colocado dentro de cada janela, e uma a uma pressiona-se os pontos desejados para cada letra. A escrita é feita da direita para a esquerda, sendo que o relevo será encontrado ao retirar e virar a folha, já que quando apertamos o punção na folha, o relevo será formado na face contrária e ao retira-la, a leitura processa normalmente: da esquerda para a direita.
Existem diferentes tipos de regletes e punções, variando desde modelos menores até os maiores, esses últimos geralmente acompanham uma prancha de madeira para fixar e apoiar melhor o papel. Existem de alumínio e plástico, a escolha para o que for mais indicado no momento.
Quero deixar claro que, o uso de reglete e punção no início da alfabetização é imprescindível, sendo substituído por outros recursos apenas no caso de haver limitações motoras graves que impessa o seu uso com qualidade. Recomenda-se neste caso, a utilização das máquinas de datilografia Braille.
• MÁQUINAS DE DATILOGRAFIA BRAILLE (Perkins ou tetra point): Permite a escrita Braille com maior velocidade, pois para as combinações com vários pontos, obtemos as letras pressionando várias teclas ao mesmo tempo. A escrita se forma da esquerda para a direita, não havendo necessidade de retirar o papel para a leitura e suas teclas são destinadas aos 6 pontos da “cela” Braille, dispostos 3 de cada lado e com um intervalo equivalente a tecla destinada ao espaço entre caracteres. Também possui alguns botões para regulagens específicas, bem como retrocesso e mudança de linha. A escrita mecânica é de importância indiscutível e que deve ser valorizada como complemento a escrita manual, quando esta já estiver bem desenvolvida. É recomendada para cópia de textos grandes e quando há acúmulo de atividades no período escolar, permitindo que o d.v. não fique em desvantagem quanto ao conteúdo, facilitando sua interação com a classe.
Nos dois casos o Braille pode ser produzido somente em uma das faces do papel e, para esclarecer, recomenda-se o uso de papeis com gramaturas maiores, evitando que os pontos percam a saliência e prejudique a leitura.
O Braille também pode ser conseguido através do uso da informática e de impressoras destinadas a tal produção, o que aumenta significativamente a quantidade de conteúdo impresso e diminui o volume, pois na maioria dos casos, o uso dessa tecnologia permite a impressão interponto, nas duas faces do papel, pois sabemos que o Sistema Braille não é uma metodologia de alfabetização, mas sim um código de leitura e escrita utilizado como mediador deste processo.
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